Está no bom caminho e recomenda-se
Fazer um breve balanço do 11º Jamboree é algo que fazemos com o maior prazer, mas não é tarefa fácil, face à qualidade deste evento.
Associações | FPB
19 ABR 2007
Quando alguém mais tarde, quiser escrever a história do CNMB, depois da sua reactivação pela FPB em Março de 2000, terá de imperiosamente referenciar o papel da ABIT. Esta Associação, foi a primeira a candidatar-se à organização de um Jamboree, o 2º realizado em 2002 e foi a primeira a receber de novo este evento, o 11º, recentemente realizado em Angra do Heroísmo.
Hoje não vamos abordar os impecáveis aspectos organizativos, o ambiente de entusiasmo vivido, o empenho de tanta gente e entidades, para que tudo corresse pelo melhor. Hoje vamos falar na perspectiva de técnico, de quem quer ensinar os fundamentos e o jogo. O facto de guardarmos a documentação dos sucessivos jamborees, que fomos fazendo permite-nos fazer uma comparação. sobre o que fizemos há cinco anos e o que conseguimos exigir aos participantes este ano.Há cinco anos o nível do grupo, apesar de para a época ser muito forte, muitos dos jovens que estiveram no jamboree de 2002, fazem hoje parte das selecções nacionais e regionais, o sucesso do ponto de vista técnico foi a consolidação do lançamento na passada, do lado direito e do lado esquerdo. Este ano, embora tenhamos indícios que assim seja, não temos dados objectivos para podermos afirmar com segurança, que os clubes estão a trabalhar muito melhor, o grupo era globalmente muito mais forte. Este facto, que também se poderá dever a uma escolha mais criteriosa por parte das Associações, permitiu-nos criar situações, que nunca tivemos oportunidade de trabalhar nos jamborees anteriores. Este ano a tónica dominante dos treinos foi o ensino das transições, na perspectiva de que, ensinar a jogar, é ensinar a tomar decisões. Conseguimos fazer e repetir uma sequência de exercícios, em que eram os praticantes tomavam as decisões sobre 1 x 0, (que corredor ocupar), 2 x 0 e 3 x 0, (que corredores ocupar), para finalizarmos os exercícios com situações e 2 x 1 e 3 x 2. Para haver uma ligação entre o que treinávamos e o jogo, este também foi o jamboree, que mais jogos realizamos. Todas as equipas, seis (Castelinho, Fresky, Ilha Branca, Mimosa, Milhafre e Unicol) jogaram 3 vezes umas com as outras, num total de 15 jogos para cada equipa. Como os jogos foram sempre de 3 x 3 ou 4 x 4, campo inteiro, foi fácil ver a evolução e o transfer do treino para a situação de jogo. Neste capítulo há que realçar a capacidade de trabalho em equipa dos monitores, que basicamente iam trocando de funções para que todos tivessem de intervir no processo de ensino/aprendizagem. Um apontamento sobre os 24 terceirenses, estes eram um grupo globalmente, bem mais forte do que o grupo de há cinco anos, o que denota uma melhoria clara no trabalho realizado. Esse progresso foi no nosso entender mais evidente nas raparigas, do que nos rapazes. O grupo de rapazes de há cinco anos era forte, mas mais heterogéneo. Por tudo o que acabamos de dizer podemos afirmar, que o minibásquete na Ilha Terceira está no bom caminho e recomenda-se.Para finalizar não podemos deixar de repetir a síntese que aprendemos com o Sérgio Rosmaninho, monitor que realizou os 11 jamborees. Como já afirmámos na reportagem da RTP Açores, pelo que ficou exposto, apesar de ensinarmos a jogar, o minibásquete é para aprender a gostar de jogar basquete, resolvida esta etapa ensinemos a jogar, com a evolução e sem queimarmos etapas, os jovens terão muito tempo de mostrarem o que valem. A. San Payo AraújoDT/CNMB