“Queremos a Taça Nacional”

Chegou dos Estados Unidos com dez anos, aos quinze diz-se integrado, quer na escola, quer no basket.

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6 DEZ 2007

Depois de algumas épocas com boas prestações, este ano deu o salto e tem sido um dos melhores cadetes neste início de temporada. “Muito treino”, é o segredo de um jogador esperançado numa época em grande do Terceira Basket.

Treina três vezes por semana na equipa de cadetes do Terceira Basket… Devido à proximidade entre os conjuntos de cadetes e juniores do clube, alguns dias da semana espera pelos colegas mais velhos e aplica-se nos treinos dos juniores. “A motivação”, diz, “vem da vontade de melhorar”. No total são seis treinos por semana, que têm dado frutos, como se viu no último embate entre o Terceira e o AngraBasket. Uma exibição de luxo, que o coloca como um dos grandes valores do escalão de cadetes e um jogador a observar no futuro, até porque “tenho melhorado a técnica individual; tenho jogado com jogadores mais velhos e isso também ajuda a melhorar fisicamente e a evoluir mais depressa e quero pelo menos chegar à CNB 1”. Aspirações legitimas, num clube que tem dado oportunidade aos mais novos… “Tenho colegas meus que já treinam e jogam nos seniores, por isso acho que é possível também lá chegar… Depois, tudo o que vier é bom”, confessa Alexandre Rocha.Começou a jogar nos Estados Unidos, onde nasceu, aos cinco anos, “numa equipa da escola”. Quando veio para a Terceira entrou logo nos minis do Lusitânia, onde fez todo o percurso nos escalões de formação. Este ano cumpre a segunda época nos cadetes do Terceira Basket e revela que “a nossa grande aspiração é ganhar a Taça Nacional. Temos boa equipa, estamos mais bem preparados em relação a anos anteriores, por isso acho que podemos chegar mais longe”. Para o conseguir sabe que ainda há alguns obstáculos a ultrapassar, mas está confiante nas capacidades da equipa. Apesar de não conhecer as equipas das outras ilhas, acredita que é possível vencer o Regional. O maior problema parece ser a competição interna… “Ainda não conheço a equipa dos Vitorinos, mas pelos resultados que fizeram parece-me que o nosso grande adversário vai ser mesmo o AngraBasket. Eles têm uma equipa parecida com a nossa; têm jogadores que jogam juntos há alguns anos, têm jogadores que marcam muitos pontos, mas acredito que podemos ganhar. Já ganhamos o primeiro jogo no Torneio de Abertura e parece-me que podemos continuar a ganhar”.“É tudo igual”Uma confiança alicerçada sobretudo no valor da equipa de cadetes do Terceira Basket. Segundo Alexandre Rocha, “a nossa equipa está bem e está a melhorar. Temos muito pessoal novo, com poucos anos de basket, mas acho que com treino nós vamos conseguir alcançar os nossos objectivos… O treinador Luís Brasil ajuda muito, é muito atento aos pormenores, e está a ajudar a equipa a evoluir”.Depois de vários anos a jogar com o emblema do Lusitânia, a mudança para o Terceira Basket apanhou todos de surpresa. Mesmo assim este é um assunto que parece não tirar o sono à nossa figura da semana… “Acho que é a mesma coisa. Temos os mesmos jogadores, os mesmos treinadores e os mesmos dirigentes. Continua tudo igual e até acho que as coisas agora estão mais organizadas… Só mudou o nome, por isso para nós é igual. Gostamos todos de jogar basket, continuamos todos juntos, ninguém saiu, por isso acho que ficamos bem no Terceira Basket”. Para o ano? “Podemos continuar. Depende daquilo que os dirigentes fizerem e é preciso saber se o clube vai continuar ou não, mas acho que não há razão para mudar. Se o Lusitânia voltar a fazer equipa, vamos ver… Depende de muitas coisas”.Uma discussão que para já não lhe interessa. Para Alexandre Rocha o mais importante é continuar a treinar, a jogar, e passar alguns dos fins-de-semana no Centro de Treino (uma actividade “muito importante para nós evoluir-mos cada vez mais)… Sempre com um olho na Selecção Açores de Cadetes… “Gostava de lá estar e ir às Festas Nacionais. Se continuar a trabalhar, acho que é possível. Não conheço muito bem as outras selecções, mas queremos sempre ganhar. Vamos trabalhar, dar o máximo e depois logo se vê”…“Apoio dos pais é importante”Desde que chegou dos Estados Unidos, Alexandre Rocha tem contado com um apoio de peso na sua vida desportiva. Faça chuva ou faça sol, independentemente da importância do jogo, da bancada vem sempre um incentivo dos pais, que não falham a um jogo que seja, quer do Alexandre, quer do irmão mais novo (André), que joga actualmente nos iniciados do Terceira Basket. Um apoio “importante”, na opinião da nossa figura da semana… “Eles ajudam bastante. Vão aos jogos todos, vêm os treinos… Acho que é importante, porque mostram muito apoio e sempre enchem um pouco das bancadas, que costumam estar meio vazias (risos)…”. Um apoio que se estende ao resto da vida de Alexandre, actualmente no 10º ano de escolaridade. “Para além do basket”, refere, “gostava de estudar na universidade, em princípio nos Estados Unidos. Tenho lá a minha família, vivi lá bastantes anos, por isso gostava de voltar e, se possível, jogar lá também”. Um sonho desportivo que vive aliado ao profissional. Se tudo correr bem podemos vir a ter um empresário de jogadores de basquetebol nos próximos anos…

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6 DEZ 2007

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