Nuno Marçal:“Já havia pressão”

Depois da vitória em Ovar, frente à Ovarense Dolce Vita, o FC Porto Ferpinta terá dado um passo importante no sentido de afastar a pressão que se começava a sentir em redor do grupo.

Atletas | Competições
11 NOV 2008

O regresso de Nuno Marçal às grandes exibições foi decisivo no triunfo, que o jogador fez questão de dedicar ao treinador Júlio Matos. Não dando grande importância à prestação individual, o internacional português preferiu realçar o significado que a vitória teve para o grupo de trabalho. A imagem que o conjunto deixou na partida é, na opinião do extremo, aquela que mais se assemelha ao real valor do plantel e a que mais condiz com aquilo que a equipa terá de demonstrar em campo, se quiser aspirar à vitória em todas as competições em que participa.

A inspiração individual do capitão portista coincidiu com uma excelente vitória dos azuis e brancos no recinto do até então líder da Liga Portuguesa de Basquetebol. Debelada que está a lesão e procurando ainda a sua forma ideal, o extremo portista assume a importância do timing que este sucesso frente à Ovarense Dolce Vita representou, bem como as repercussões positivas que originou no seio do grupo de trabalho. “Era importante ganhar nesta altura, mesmo não tendo todos os atletas disponíveis ou nas melhores condições físicas. A pressão já se começava a sentir em redor da equipa”, explicou Marçal.A onda de lesões que ensombrou o início de época dos dragões, “nunca permitiu que o plantel se apresentasse completo” e contribuiu negativamente para alguns resultados averbados na prova.Em alguns momentos a obrigação de ganhar levou a que tivessem sido feitos “alguns comentários injustos na imprensa”, muito por força dos quais Nuno Marçal faz agora questão de “dedicar a vitória ao técnico Júlio Matos, em começo de carreira, que sempre acreditou e apoiou o grupo nos momentos difíceis.”Com presença de Nuno Marçal em campo, a produção ofensiva dos portistas sobe indiscutivelmente. Se juntarmos à sua capacidade de concretizar cestos o espírito destemido nas horas de decisão, é natural que o jogo ofensivo dos dragões se transfigure um pouco com a utilização do extremo. ”Não vou negar que alguns dos ataques são construídos a pensar em mim. É natural que pela minha experiência, pela juventude dos norte-americanos e o mau momento de forma de alguns jogadores influentes, as decisões passem mais por mim. Mas não é nada que seja novidade”, argumentou, com confiança, o jogador. A qualidade exibicional da última partida ficou longe de ser a perfeita, mas também é verdade que deixou boas indicações para futuro.”Demos uma mostra diferente daquilo que somos e provamos que temos condições para lutar pela vitória em todas as competições. Mas reconheço que não somos os únicos favoritos.”

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11 NOV 2008

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