Ser sexto homem
Será unânime concordar-se que quanto maior for a qualidade e a profundidade de um plantel, mais elevadas serão as probabilidades de a equipa obter sucesso, desde que a rotatividade e o tempo de utilização dado aos atletas os mantenha motivados para estarem sempre prontos a dar o seu contributo à equipa.
Atletas | Competições
17 MAR 2009
Como só 5 podem iniciar um jogo, saber estar e ajudar quando o atleta vem do banco é algo determinante para o sucesso de um grupo de trabalho. O benfiquista João Santos tem interpretado exemplarmente a sua função de sexto homem (1º jogador a entrar em campo saindo do banco) na equipa encarnada. O atleta nega que alguma vez na sua carreira tenha tido a necessidade de integrar o 5 para jogar bem e acrescenta, inclusive, que começar de fora até tem as suas vantagens.
Regressou esta época ao campeonato português, vindo da competitiva Liga Espanhola, para ajudar o Benfica a sagrar-se campeão nacional. Apesar da sua inquestionável valia, João não é uma das habituais opções do técnico Henrique Viera para iniciar os encontros. “Quando vim para Portugal a equipa do Benfica já estava formada. Na minha carreira nunca tive a necessidade de jogar no 5 para jogar melhor ou estar mais motivado.”Ter a “responsabilidade” de entrar em campo e revelar-se imediatamente uma mais-valia para a equipa, acrescentando algo ao jogo, é um papel de difícil interpretação.”Vindo do banco dá para avaliar a forma como os adversários estão a jogar, quais são os pontos que se pode explorar.”Daí a importância de uma postura correcta quando se está sentado no banco, nunca se abstraindo de tudo o que está a passar-se dentro das quatro linhas. “O facto de não iniciar a partida permite ter uma leitura mais correcta daquilo que se tem de fazer quando se é chamado a participar no jogo. E em muitos casos acaba por ser algo diferente daquilo que se preparou durante a semana. Há que ter esta capacidade de adaptabilidade para se ser capaz de fazer a diferença durante o encontro.”