Começar bem para acabar mal

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8 AGO 2009

Pelo que ambas as equipas vinham demonstrando neste Campeonato da Europa, e depois do começo de jogo em que Portugal foi claramente melhor, não seria de prever que o desfecho do jogo fosse uma vitória para os romenos, por 67-58. Mas foi exactamente isso que aconteceu no jogo em Paços de Brandão, no Pavilhão do GRIB.Para este jogo Augusto Araújo trouxe uma novidade, com a entrada de Jonah Callenbach no 5 inicial, na vez de Miguel Soares, e Portugal até começou muito bem o jogo, conseguindo criar muitas dificuldades aos romenos através de constantes penetrações em drible para o cesto, resultando em vários cestos marcados. Dessas penetrações acabaram por surgir alguns lançamentos de 3 pontos – um deles de Júlio Silva, jogador ‘da casa’ que na primeira vez que tocou na bola marcou um lançamento para lá da linha de 3 pontos, e na jogada imediatamente a seguir consegue provocar uma falta atacante a um jogador da Roménia. Para tentar parar os portuguesas, a Roménia mudou a sua defesa para uma zona 1-2-2, mas Portugal marcou logo um triplo e a defesa foi novamente alterada, desta vez para 2-3. O primeiro período foi o melhor de Portugal, acabando os primeiros dez minutos na frente por 26-14. No segundo período a Roménia continuou com a sua defesa zona 2-3 a meio campo, e Portugal sentiu algumas dificuldades ofensivas concretizando apenas 6 pontos neste período. Assim, a Roménia começou a reduzir a sua desvantagem para apenas 5 pontos, fazendo um parcial de 7-2 em 4 minutos. Os interiores da Roménia causavam muitos problemas defensivos aos jogadores nacionais, mas ainda assim ia-se destacando a prestação de Filipe Elias, que por esta altura já contabilizava 8 ressaltos. Neste período começavam também a ser evidentes as dificuldades de Miguel Cardoso em defender o jogador com bola. Contudo este é um jogador com grande capacidade ofensiva e que consegue por a bola nos jogadores certos, como mostram as 6 assistências com que acabou o jogo.Foram 10 minutos de um basquetebol de fraca qualidade, com muitas perdas de bola e que tiraram qualidade ao jogo. Ao intervalo chegou-se com Portugal na frente por 27-32. A segunda parte começou mal para os portugueses, já que a Roménia fez um parcial de 13-2 aproveitando alguma passividade que se ia apoderando dos jogadores nacionais. Mais uma vez o destaque ia para o jovem Filipe Elias (acabou o jogo com duplo-duplo, 13 pontos e 15 ressaltos) que bem na luta das tabelas conseguia somar alguns pontos após ressaltos ofensivos. Só quando os jogadores portugueses voltaram a conseguir atacar o cesto através de penetrações em drible é que voltámos a marcar alguns pontos, conseguindo regressar à liderança no marcador, e acabando o terceiro quarto a ganhar por 47-51. Os últimos dez minutos começaram da mesma maneira, ou seja, com um mau desempenho dos jogadores portugueses, que permitiram que a Roménia fizesse um parcial de 6-0 nos primeiros 2 minutos do quarto período. Aliás, este foi um período penoso para Portugal, já que estivemos 7:15 minutos sem marcar qualquer lançamento de campo – o nosso ataque parecia hoje pouco fluído e algo previsível, ao contrário dos jogos anteriores. Por Portugal jogaram e marcaram: #4 João Álvaro (5 pontos), #5 Hugo Sotta (6 pontos), #6 João Barbosa (3 pontos), #7 Miguel Soares (4 pontos), #8 Júlio Silva (3 pontos), #9 Jonah Callenbach (12 pontos), #10 Miguel Cardoso (8 pontos), #11 Filipe Elias (13 pontos), #12 Ruben Silva (2 pontos), #13 Bruno Cabanas (0 pontos), #14 Pedro Costa (0 pontos), #15 Artur Castela (2 pontos).No final do jogo, fomos falar com Júlio Silva, jovem jogador do GRIB que frente à Roménia jogou no seu pavilhão. Depois de um começo de jogo tão bom, no que pensas que falhámos no resto do jogo?Sempre quisemos ganhar o jogo, e essa sempre foi a nossa vontade mal acabou o jogo de ontem. Mas apesar dessa nossa vontade, não conseguimos dar tudo o que tínhamos na defesa. Apesar de sermos melhores tecnicamente acho que eles foram mais inteligentes que nós. Claro que sinto uma grande tristeza por termos perdido, mas temos de tentar melhorar para vencer o próximo. Jogar um Europeu neste pavilhão tem significado especial para ti e para a tua família, que tem tanta ligação ao GRIB?Acho que foi uma feliz coincidência, e é muito bom poder jogar aqui. Adoro jogar no meu pavilhão, e adoro representar o meu país, por isso posso dizer que é uma dupla honra conseguir conciliar as duas! E para o próximo jogo, o que se pode esperar?Vamos ganhar! É imperativo ganharmos e vamos fazê-lo! Não queríamos estar nesta situação de depender de terceiros, mas enquanto for possível vamos acreditar e fazer tudo para conseguirmos o nosso objectivo de tentar apurar nos 8 primeiros. A qualificação ainda é possível, mas agora Portugal está dependente de terceiros para o conseguir.

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8 AGO 2009

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