Entrar a ganhar

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6 AGO 2009

Começou da melhor forma a participação de Portugal neste Campeonato da Europa de Sub16 Masculinos. Na estreia frente à Suíça os jovens portugueses entraram da melhor forma, e tal como tinha prometido o capitão João Barbosa na Conferência de Imprensa de apresentação, os jogadores nacionais conseguiram transformar o nervosismo inicial em algo positivo, garantindo assim uma vitória, por 69-90.Apesar do nervosismo que afectou alguns jogadores, Portugal teve uma boa entrada no jogo, servindo-se de uma defesa pressionante a campo inteiro para provocar perdas de bola e más decisões ao seu adversário de hoje – no 1º período a Suíça cometeu 11 perdas de bola. Em ataque Portugal também se mostrava colectivo, concretizando pontos após bons movimentos ofensivos. No final dos 10 minutos iniciais, Portugal vencia por 13-23. O segundo quarto foi dominado pela Suíça que aproveitou para recuperar no marcador, baseando o seu jogo numa defesa zona 2-3, e aproveitando o menor acerto ofensivo português para concretizar alguns pontos em contra-ataque. Mas quando o muito público presente começou a dar sinais de vida, a equipa portuguesa voltou a entrar no caminho certo, voltando a defender bem e a conseguir pontos fáceis através de rápidas saídas em contra-ataque. O intervalo chegou com Portugal na frente por 33-40. O início da segunda parte trouxe ao de cimo a criatividade de Miguel Cardoso e a segurança de João Álvaro. Os dois jovens bases conseguiram controlar muito bem os tempos de ataque da nossa selecção, encontrando a solução certa para concretizar – Miguel Cardoso mais dinâmico e criativo, muito bem a atacar o cesto e a escolher a opção certa, fosse o lançamento ou uma assistência; João Álvaro a revelar grande maturidade e a mostrar uma eficácia impressionante, não falhando nenhum dos 7 lançamentos que fez. Este foi o período em que Portugal conseguiu dilatar a sua vantagem, acabando o 3º período a vencer por 51-68, com uma ‘bomba’ de João Álvaro desde a linha de 3 pontos do nosso meio-campo defensivo, a coincidir com a buzina. No derradeiro quarto, os Suíços não conseguiam encontrar forma de parar o ascendente português, e com muitas soluções em ataque – 5 jogadores a marcar 14 ou mais pontos – Portugal ia aumentando a sua vantagem até final do jogo. Sempre fiel à sua marca registada, a equipa portuguesa manteve a toada do colectivismo, quer em ataque quer na defesa. E esse foi um dos principais trunfos de Portugal nesta dilatada vitória por 69-90 sobre os helvéticos. Por Portugal, jogaram e marcaram: #4 João Álvaro (16 pontos), #5 Hugo Sotta (18 pontos), #6 João Barbosa (0 pontos), #7 Miguel Soares (16 pontos), #8 Júlio Silva (0 pontos), #9 Jonah Callenbach (15 pontos), #10 Miguel Cardoso (14 pontos), #11 Filipe Elias (5 pontos), #12 Ruben Silva (4 pontos), #13 Bruno Cabanas (2 pontos), #14 Pedro Costa (0 pontos) e #15 Artur Castela (0 pontos). Boa entrada de Portugal neste Campeonato da Europa, com uma vitória por 69-90 sobre a Suíça. No final do jogo procurámos ouvir o treinador Augusto Araújo para saber o que o seleccionador nacional pensou desta noite de estreia. O que achou da estreia de Portugal neste Campeonato da Europa?Muito positiva! Sabíamos da importância de entrar bem, de entrar a ganhar para podermos ter algumas hipóteses de nos apurarmos para os 8 primeiros. Para isso vamos ter de continuar como hoje, muito coesos, consistentes e solidários! Penso que essa seja a nossa marca registada! Pensa então que o colectivismo defensivo e ofensivo é a principal característica desta equipa?Acho que sim! Como eu costumo dizer aos nossos jogadores “5 dedos não valem nada, mas uma mão fechada vale muito”, e é isso que pretendemos transmitir quando estamos a jogar. Penso que isso será fundamental para conseguirmos ganhar! Acha que os jogadores controlaram bem o nervosismo?Esse era um handicap comum a todas as equipas, mas que a nós afectava ainda mais porque estamos a jogar em casa, os familiares dos atletas na bancada, os amigos, e a nossa responsabilidade era acrescida! Houve alguns jogadores a acusar nervosismo, mas com o decorrer do jogo isso foi sendo resolvido. Depois do jogo de hoje e de ter visto o desafio interior, quais as expectativas para esta Fase Inicial?Julgo que temos possibilidades, mas a irregularidade e a inconstância que os jovens apresentam nestas idades não nos permite dar grandes certezas. É por isso que contínuo a dizer que a prudência é a melhor característica que temos de ter.

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6 AGO 2009

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