Carlos Caetano: “Uma época ao nível da anterior”

Nesta entrevista o treinador da equipa do Barreiro sublinha a intenção de reforçar a equipa com um base, admitindo que a constituição do plantel foi afectada pela crise, pois o orçamento foi reduzido em cerca de 15 por cento.

Treinadores
24 SET 2009

Carlos Caetano fala ainda do novo formato do campeonato e do fim das jornadas cruzadas.

Quais as expectativas para a nova temporada? As nossas expectativas passam por realizar uma época ao nível da anterior, sabendo de antemão que não é fácil atingir o mesmo patamar. Se conseguirmos ficar novamente nos quatro primeiros classificados da Fase Regular estaremos preparados para discutir qualquer eliminatória do playoff (que felizmente esta época é à melhor de 5 jogos).Considera já ter o plantel encerrado ou ainda equaciona proceder a algumas modificações? Nesta altura temos o plantel praticamente definido e apenas consideramos a hipótese de acrescentar mais um jogador para a posição de base. No entanto, no decorrer da época podem ou não existir ligeiros ajustes relativamente e entradas e saídas, o que é perfeitamente normal na nossa modalidade.Os efeitos da crise económica tornaram mais complicada a missão de construir o plantel? Obviamente que sim. O orçamento da nossa equipa foi reduzido em cerca de 15%, o que de alguma forma complicou a formação do plantel. A nossa opção foi direccionar essa redução para as despesas relacionadas com a contratação dos jogadores estrangeiros. Por outro lado, a descida de divisão e/ou abandono da Proliga, de alguns clubes do Sul possibilitou a existência de mais jogadores disponíveis no mercado.O Campeonato sofreu uma alteração, com o fim das jornadas cruzadas. O medir forças com equipas teoricamente mais fortes era bom ou mau para as formações da Proliga? Claro que medir força com as equipas da LPB era motivante e positivo para as equipas da Proliga, mas nunca concordei com a diferença de estrangeiros permitida nas jornadas cruzadas, nem com o facto de serem alternadamente 2 ou 3 árbitros a dirigirem os jogos.A Proliga pode tornar-se um “viveiro” de jogadores para as equipas do escalão principal? Penso que a Proliga poderá servir para dar experiência a alguns jogadores que necessitam de jogar a um nível mais elevado, entre os quais se incluem os que transitam do escalão de sub-20. No entanto, considero que existe um nicho de jogadores, que pela sua vida pessoal e profissional serão sempre “jogadores Proliga”, não tendo a ambição ou a possibilidade de chegar à LPB. É capaz de avançar, colectiva e individualmente, com os nomes das principais revelações da época? Na minha perspectiva, as revelações da época em termos de equipas serão: o Lusitânia, que realizou muitas e boas aquisições; o Eléctrico Ponte de Sôr que reforçou fortemente o núcleo de jogadores que já possuía; e ainda o Sangalhos que continua a ter um excelente lote de jogadores portugueses e uma grande “profundidade” em termos de opções no plantel. Em relação a jogadores, sem dúvida que as revelações serão certamente os atletas que mais trabalharem nos seus clubes e maior ambição demonstrarem no treino e na competição. Espero sinceramente, que alguns desses jogadores sejam do Galitos FC – Barreiro, e que isso lhes proporcione chegarem onde ambicionam individual e colectivamente.

Treinadores
24 SET 2009

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