Rivalidade aquece a época

O Lusitânia volta à competição, mas enfrenta adversários de peso no sector masculino.

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15 OUT 2009

Numa época em que os escalões estão mais preenchidos, Angra Basket e Terceira Basket lançam também a candidatura à vitória nas principais provas locais e regionais.

O Angra basket volta a fazer o pleno nos diversos escalões do sector masculino. Seis equipas, dos Minis A aos Sub-22 voltam aos treinos com mais ou menos dificuldades. Os espaços de treino “continuam a ser um problema”. A fuga de atletas foi mais um imprevisto, refere o coordenador da formação, João Ávila.“Ao longo dos anos o clube tem investido na prospecção de atletas e tem alcançado resultados, mas devido a uma situação que achamos pouco abonatória para as pessoas em causa, ficamos sem alguns miúdos no escalão de minibasquete e também nos Iniciados. Por isso, de certa forma voltamos à estaca zero, mas estamos a trabalhar para retomar a normalidade”.Normalidade, que após alguns anos de trabalho, significa vitórias nas provas da ABIT. “O ano passado sabíamos que os Cadetes seriam a nossa equipa mais forte e isso confirmou-se com as vitórias. No escalão de Sub-18 tínhamos algumas lacunas, que foram melhorando ao longo do ano… Esta época, os miúdos com menos experiência já têm mais um ano de basket e penso que podemos lutar pelas vitórias também neste escalão”. Uma ambição do técnico reforçada pela divisão de atletas entre Lusitânia e Terceira Basket, que atingiu colateralmente o Angra. “Nos Cadetes podemos fazer de novo uma grande época, mas creio que também aqui a competição será grande”, conclui João Ávila.Á frente das diversas equipa estarão Rui Fonseca, nos Sub-22 e Juniores B; Pedro Loth, nos Cadetes e Luís Veríssimo nos Iniciados. Nos Minis entra Sandra Machado, nos Sub-12, e reentra Alexandre Costa nos Sub-10 e Sub-8. Tudo nos mesmos moldes da última época, há excepção da equipa de seniores B. “Este ano optamos por fazer algo diferente. De há alguns anos para cá temos tido uma afluência bastante grande no escalão de Juniores, porque reunimos a equipa B com os Juniores B. Chegávamos a ter 15/16 atletas a treinar ao mesmo tempo, algumas vezes a trabalhar em meio-campo. Este ano resolvemos subir alguns dos miúdos para a equipa da Proliga, ficando nos Sub-18 os que realmente pertencem a esta equipa… Ao longo da época vamos fazer alguns reajustes, mas para já as coisas arrancam desta forma”.Mudanças no sentido de reforçar a política de integração de jovens locais na equipa sénior… “Acho que no nosso clube este fosso não é tão grande… Para isso tem sido essencial a participação da equipa B na Série Açores. Os juniores têm tido um bom espaço para rodar e isso tem servido para aumentar o nível dos nossos jovens… Este ano com ambições reforçadas de vitória nesta competição”.Novo modelono TerceiraCom todos os escalões de formação, aparece também o TerceiraBasket. Depois dos títulos conquistados nos Juniores B e Iniciados, João Alves, novo coordenador da formação do clube, aposta num modelo de progresso na continuidade… “O projecto ainda está numa fase muito precoce e para começar vamos dar continuidade ao trabalho que já foi feito. Não pode haver uma ruptura. Nos últimos anos o clube fez um trabalho de qualidade elevada, por isso temos de saber aproveitar isso. A partir daí, vou tentar dar o meu cunho pessoal e fazer tudo para acrescentar mais qualquer coisa”.No comando dos diversos escalões estão Laura Lemos (Minis A), Duarte Veríssimo (Minis B), João Paulo Ávila (Iniciados), João Alves (Cadetes) e Nuno Barroso (Juniores B). Uma equipa certificada, com objectivos definidos, segundo o coordenador. “A ideia base do projecto é pensar na formação de atletas a longo prazo. Nós queremos ter jogadores que enquadrem as equipas júnior e sénior, que sejam jogadores de qualidade. Com qualidade suficiente para jogar num nível como aquele que o clube ocupa presentemente. Ao mesmo tempo respeitar outras etapas de desenvolvimento biológico, psicológico, etc…”.Tal como noutros clubes, “as primeiras dificuldades são a nível humano. Há poucos atletas a praticar basquetebol. A oferta é grande, há muitas solicitações e por vezes é difícil ter o nível de competição ideal. Mesmo dentro da própria equipa”. Ao nível de treinadores “as coisas estão melhores e há mais gente formada. Mas em termos de estruturas ainda falta trabalhar um pouco. O desenvolvimento de alguns aspectos não foi acompanhado pelo crescimento de espaços de treino e isso também se reflecte no trabalho. Ainda há treinos a decorrer em meio-campo e se queremos de facto desenvolver a modalidade isso tem de ser corrigido”, defende João Alves.Apesar das condicionantes, o Terceira Basket promete “equipas competitivas”. O equilíbrio de forças é conhecido e a esperança é “ganhar algumas provas”. A equipa é candidata em todos os escalões, mesmo sabendo que “os objectivos da formação não podem ser medidos em número de títulos. Temos de pensar um pouco mais à frente, daí que os títulos não sejam um objectivo só por si… Temos de pensar sobretudo na formação dos atletas”, refere o coordenador.

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15 OUT 2009

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