Projectos mais sólidos

Da Praia da Vitória chegam equipas competitivas. Em Angra do Heroísmo os alicerces estão ainda mais fortes e Boa Viagem e TAC prometem lutar por vitórias.

Associações
15 OUT 2009

No Corpo Santo, Marcos Couto tem “um projecto mais vivo”. Cesário Relvas garante um TAC “em que as pessoas acreditam”.

Este ano a pré-época foi agradável para o Departamento de Basquetebol do TAC. No clube respira-se saúde neste início de trabalho. Cesário Relvas, responsável máximo da estrutura e coordenador técnico de Departamento, adianta que, “as nossas primeiras inscrições este ano foram tudo de pessoas que vieram procurar o TAC. Nós ainda não batemos à porta de ninguém. Quer no escalão de Minis quer nas Iniciadas houve miúdas que ouviram falar do TAC e vieram procurar-nos… Sei que isso não acontece por causa dos resultados, por isso fico ainda mais satisfeito. Acaba por ser importante porque as pessoas já vêem o trabalho de seis anos e olham para o clube como algo em que acreditam”.Uma feliz surpresa que garante uma base de trabalho com 22/24 atletas no Minibasquete. Paula Kneppeck, Márcia Melo e Daniela Silva, orientam o escalão, que contará com duas equipas. A ideia principal a transmitir “é que estamos aqui para nos divertir e se vier mais alguma coisa agradecemos… Mas parece-me que o importante é cativar miúdos para continuarem connosco”, refere Cesário Relvas.Um principio semelhante orienta o escalão de Juniores, que este ano é treinado por Rui Farto. Motivar continuamente é o trabalho a fazer, numa competição que este ano conta apenas com dois clubes: TAC e Boa Viagem. Mais competitiva promete ser a luta no escalão de Iniciadas. Carla Toste e Zita Cota são responsáveis por uma equipa que este ano começa uma nova fase de vida… “Temos catorze atletas, mas entre elas há gente muito nova. Uma parte da equipa ainda podia estar no Minibasquete, mas achamos que pelas aptidões físicas (são miúdas grandes) deveriam estar nas Iniciadas… É um início de um ciclo que está aqui”, confessa o coordenado técnico.As Cadetes formam a melhor equipa do TAC. Um grupo que já tem três anos de trabalho, já conseguiu títulos e que segundo o treinador, o próprio ‘Nani’, “pode conseguir vitórias… Se acontecer muito bem, senão estamos cá para continuar a trabalhar”.O obstáculo mais difícil “continua a ser arranjar treinadores”. Porque, como refere o coordenador, “no TAC ninguém ganha nada ao contrário do que se passa noutros clubes… O investimento que fazemos foi em novos equipamentos, novas bolas de forma a dar às jogadoras as melhores condições possíveis… Depois temos a carrinha para pagar e tentar gerir tudo isto de forma a não dar prejuízo nem lucro e tentar elevar a qualidade do Departamento… E penso que estamos a conseguir”. “Projecto mais vivo”No Boa Viagem também há razões para estar confiante. Marcos Couto continua a coordenar o projecto de formação do clube, este ano com disponibilidade a tempo inteiro. Uma situação que lhe permite estar “mais desperto para o trabalho” e que reforça a estrutura em termos de qualidade do trabalho, adianta o técnico.“Cada vez mais somos todos parte de uma estrutura com objectivos prolongados no tempo até à equipa sénior e não apenas treinadores de um escalão dentro do clube. Existe um objectivo superior e o grupo de trabalho entendeu isso”.O quadro técnico é formado por Cláudia Silva, nos Minis A, “que fez o curso de Nível 1 este ano”. Nos Minis B estará Sónia Capaz, “e temos uma atleta, a Mónica Tavares, que vai trabalhar com os dois grupos”. Nas Iniciadas está André Ramos, “que volta este ano e que vem com uma vontade grande. Nas Cadetes o Jorge Cabacinho e a Marisa, e nas Juniores o António Pimentel”.Um grupo “com directrizes mais definidas e em que a forma de acompanhamento do trabalho será diferente. O projecto está bem pensado e está a ser bem desenvolvido. É complicado operacionalizar, mas este ano estamos mais próximo do modelo que queremos aplicar”, garante Marcos Couto. O objectivo final é formar um plantel sénior onde encaixem seis ou sete jogadoras provenientes da formação. “Que tenham qualidade”, diz o técnico. Daí a maior exigência… “É preciso ter a camisa suada no final do treino”, avisa.Os frutos começam a aparecer, com a subida de Ana Rocha à equipa sénior, onde está já Maria Rita Ávila e estarão, ao longo da época, Maura Brum e Venusa Tavares. A equipa B é outro patamar que promete ajudar à transição. Tudo sustentado pelo Minibasquete, que segundo Marcos Couto enfrenta alguns problemas… “Penso que a modalidade vive uma das piores fases dos últimos anos. Não me lembro de uma fase tão má e as responsabilidades têm de ser partilhadas por todos. Não cativamos miúdos, não mobilizamos, não somos visíveis e isso reflecte-se no recrutamento”.No Corpo Santo existem para já duas equipas de Minis, mas a esperança é “alargar este grupo”. Nos restantes escalões (Iniciadas, Cadetes e Juniores) os plantéis estão bem preenchidos e asseguram qualidade. Os objectivos voltam a passar pela conquista de títulos… “Espero melhorar drasticamente aquilo que foi a prestação das nossas equipas na época passada… Em termos técnicos e competitivos, quer nas provas de ilha quer nos Regionais”, conclui o coordenador técnico do clube.

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15 OUT 2009

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