João Paulo Silva: «Ambicionamos este troféu»

João Paulo Silva recorda que as madeirenses venceram as duas primeiras edições da prova que de há 3 anos a esta parte homenageia o malogrado jornalista e afiança que o objectivo passa por voltar a triunfar.

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14 OUT 2009

No próximo sábado o CAB encontra o Boa Viagem, às 16.30, no Pavilhão Municipal de Vagos, na meia-final da competição.

Qualificado como melhor segundo, mas derrotado por apenas um ponto com o Vagos, recente vencedor da Supertaça. Interpreta este facto como sendo um factor de avaliação da capacidade actual da equipa? Esta competição apresenta-se como fundamental para determinarmos o nível de evolução das atletas em função do programa que estabelecemos para a época. Neste sentido, entendo que a equipa demonstrou uma progressão positiva, pois cumpriu colectivamente com os objectivos e, sobretudo, soube reagir à derrota perante o Vagos, garantindo o melhor segundo lugar e respectiva presença na final-four. A equipa não se reforçou após as perdas da Nádia e da Fátima. Isso não terá repercussões na prestação da equipa ao longo da temporada? Obviamente que a equipa perdeu duas referências importantes na construção do nosso modelo de jogo. No entanto, temos assumido, com o máximo de empenhamento prático, a dupla responsabilidade de, paralelamente à ambição de continuarmos a conquistar títulos, garantir o enquadramento de jovens atletas que possam assegurar a projecção do CAB no contexto nacional. Vamos certamente garantir uma boa qualidade competitiva ao longo da época, colmatando a menor experiência com uma atitude colectivamente combativa. Contrariamente à sua equipa, o Boa Viagem alterou tudo. Pensa que isso poderá tornar-se numa vantagem? Teoricamente poderia confirmar esse raciocínio. No entanto, todos sabemos que as equipas da Liga Feminina dependem significativamente das suas estrangeiras e, salvo algumas poucas excepções, a maioria substitui-as todos os anos. Desejamos e trabalhamos para que a nossa coesão seja determinante no resultado final, só assim poderemos tirar vantagem relativamente às alterações que aconteceram no Boa Viagem. Que expectativas tem para esta final-four e para a temporada? Diria que temos o dever de ambicionar uma nova conquista deste troféu. Vencemos as duas primeiras edições desta Taça Victor Hugo e assumimos a responsabilidade perante a dimensão que o nosso clube já atingiu. Estamos convictos do nosso valor, embora numa fase prematura da competição, e desejamos vencer a terceira edição desta Taça. Relativamente à restante época, vamos construir um modelo que, colectivamente, nos coloque juntamente com as equipas que lutam pela conquista do Campeonato da Liga. Os objectivos serão estabelecidos por cada etapa competitiva, no sentido de diluir a responsabilidade das atletas perante as exigências competitivas. Se nos focarmos demasiado no produto final, não nos resta a concentração necessária para olharmos o fundamental: o caminho para lá chegar.João Silva (Juca)

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14 OUT 2009

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