José Gomes: “Evitar a despromoção”

O capitão da formação maiata quer que a equipa pratique um basquetebol de qualidade, de modo a levar o máximo de pessoas possível ao pavilhão.

Atletas | Competições
7 OUT 2009

José Gomes perspectiva um campeonato equilibrado na Proliga, afiançando que quem conseguir ser regular acabará por alcançar os objectivos com maior rapidez

Quais são os objectivos para próxima época, ao nível colectivo e individual? O objectivo do Maia Basket, na minha perspectiva, é evitar a despromoção tentando jogar basquetebol de qualidade, atrair público aos nossos jogos e jovens para a modalidade. Em termos individuais, espero que esta época possa proporcionar aos atletas do Maia Basket uma melhoria nos seus atributos enquanto jogadores e seres humanos. Como vê o actual momento do basquetebol português? Vejo com muita preocupação, uma vez que me parece que o basquetebol nacional estagnou há já alguns anos, tendo vindo a piorar significativamente, conduzindo ao fim da Liga Profissional. O envelhecimento dos jogadores nos campeonatos seniores, bem como a quebra brutal na formação devido ao desinvestimento por parte dos clubes, são também motivos que me causam apreensão. A actual Selecção Nacional encontra-se quase toda faixa etária dos 29 aos 32, assim como a maioria dos jogadores nacionais na Proliga e Liga. A aposta forte na formação e lançamento dos jovens valores deverá existir ou corre-se o risco desta geração continuar a dominar durante os próximos dez anos. Espera um campeonato melhor que o do ano passado? Perspectivo um campeonato mais equilibrado, sem as jornadas cruzadas, não existindo deste modo um desnível tão grande a nível monetário e de volume de treino. Assim, como todos concorrem com as mesmas armas (número de estrangeiros), provavelmente haverá um maior equilíbrio entre as doze equipas. De salientar ainda o facto de o campeonato ser extremamente reduzido, apenas 22 jornadas, o que implicará uma maior regularidade das equipas ao longo da época, especialmente no início, por forma a não perder de vista os seus objectivos. Quem são, na sua opinião, os favoritos? Com apenas doze equipas, quatro delas estreantes nesta competição, e a saída dos crónicos candidatos Iliabum e Sampaense, parece-me, pelos reforços que se tem conhecido, que o Galitos do Barreiro, tendo mantido os jogadores nacionais e a equipa técnica, juntando dois americanos, e o Eléctrico, com os reforços assegurados, aliando o poder financeiro das equipas da Terceira e do Penafiel, que são para já as principais candidatas. A crise está a asfixiar ainda mais os clubes? Completamente. O fim da liga profissional, a ruptura de históricos como Esgueira, Oliveirense, Queluz, Atlético e outros, referindo-me apenas ao escalão sénior, são exemplos desta questão. Contudo, o facto mais preocupante encontra-se na formação. Considero que a criação de espaços convenientes para a prática da modalidade; de calendários competitivos adequados; uma orientação técnica cuidada; a divulgação da modalidade nas escolas e nos média, bem como mais torneios de street basket, permitirão revitalizar o basquetebol nacional e tentar voltar a ser a segunda modalidade em Portugal.

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7 OUT 2009

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