Nuno Marçal: «Uma época digna desta camisola»

O influente jogador dos dragões – está a recuperar de uma lesão na mão esquerda – explica nesta entrevista que a equipa passou por um período de adaptação, mas que tem condições para formar “um grande conjunto”.

Atletas | Competições
12 NOV 2009

O antigo internacional garante que o plantel portista “transborda qualidade”. E acrescenta que o FC Porto vai “emendar” a derrota com o V. Guimarães no Troféu António Pratas já na 2.ª jornada da Liga…

Que tipo de lesão que teve e qual o tempo de recuperação previsto para voltar a competir? Sofri uma pequena fractura do dedo indicador da mão esquerda. O diagnóstico aponta para um tempo de paragem de cerca de 3 semanas. Nota-se que há uma clara aposta por parte do clube em regressar aos êxitos esta temporada. Novo treinador, muitas aquisições, troca de estrangeiros, tudo no sentido de melhorar as condições para potenciar o sucesso. Concorda que todas estas alterações poderão ser a explicação para o facto de a equipa ainda não se exibir ao nível esperado? É normal em qualquer equipa que exista um período de adaptação ao novo treinador, aos seus métodos, assim como à chegada de novos elementos no plantel. O mais importante é que a equipa tem todos os ingredientes necessários à construção de um grande conjunto. Um excelente treinador, um plantel que transborda qualidade e muita vontade de trabalhar. O fundamental é que o grupo esteja pronto para o início do campeonato. E isso vai acontecer. A questão do base teve, ou tem, alguma influência no rendimento da equipa? Um base é sempre uma peça fundamental em qualquer equipa. É o seu cérebro. E nós temos a felicidade de ter no nosso plantel o João Figueiredo que é, sem dúvida, o melhor base do campeonato. É indiscutível que o plantel do FC Porto será aquele que mais opções tem. Pelo perfil dos seus companheiros, a maioria já os conhece bem, julga que, em momento algum, essa abundância de soluções poder-se-á tornar num problema para a equipa? Soluções a mais será sempre melhor que o inverso. O campeonato é uma “corrida de fundo” e não um sprint. Como tal, é imperativo que um plantel possa sempre ter ao seu dispor um leque de soluções que lhe permitam gerir todo este percurso. Ter variadas alternativas para as diferentes posições, não só é importante para a construção de uma equipa forte, como também torna os jogadores mais competitivos. Quais são as mudanças mais significativas relativamente à época passada? A época passada ficou marcada pela frustração de não alcançarmos os objectivos que tínhamos traçado, embora condicionados por uma hecatombe de lesões que impediram que pudéssemos contar com todos os elementos durante várias partes da época. Esta temporada trouxe algumas mudanças a vários níveis e é desejo de toda a equipa que possamos fazer uma temporada digna da camisola que representamos. Considera que até ao momento tiveram apenas um acidente de percurso – derrota com o V. Guimarães – ou pelo contrário, a equipa ainda não se encontrou? O nosso objectivo é vencer todos os jogos e, como tal, poder-se-ia considerar como um acidente de percurso a derrota em Guimarães. No entanto, é, não só importante, como justo, fazer referência ao excelente momento do Vitória de Guimarães, que com todo o mérito conquistou o Troféu António Pratas. Iremos ter na 2ª jornada, oportunidade de emendar essa derrota, quando nos voltarmos a defrontar. Estão preparados para enfrentar e conviver com a pressão de uma temporada onde são claramente candidatos ao título? Ser candidato ao título, ou a qualquer outra competição em Portugal, é um hábito neste clube. Quem faz parte dele já vem preparado para tal. Quem não estiver, aprende. A pré-temporada já lá vai. Que leitura faz daquilo que poderá vir a ser o campeonato este ano? Espero que este ano o campeonato seja competitivo e que possamos assistir a excelentes jogos de basquetebol, podendo, desse modo, contribuir para o fomento da modalidade em Portugal.

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12 NOV 2009

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