V. Guimarães vence António Pratas

Competições
1 NOV 2009

A ausência de João Santos (rotura no glúteo) não serve para explicar a má exibição encarnada, principalmente na primeira parte, diante um Vitória de Guimarães que demonstrou sempre querer mais o triunfo, facto bem patente na forma como defendeu e disputou cada bola durante todo o encontro. Acordou tarde demais o Benfica, já que dar de avanço 20 pontos em 20 minutos normalmente acaba mal.Surpreendeu o treinador Henrique Vieira ao colocar de início o base Miguel Barroca, enquanto do lado oposto o técnico Fernando Sá começou a partida com o seu cinco base habitual. Tentando principiar o encontro com uma grande agressividade defensiva, o conjunto vimaranense cedo atingiu as 5 faltas. Com o resultado em 13-5 favorável aos encarnados, um desconto de tempo pedido por Fernando Sá acordou a equipa vitoriana que, com três triplos quase consecutivos, voltou a encostar o resultado (16-17). No último minuto do quarto, o aumento da pressão defensiva por parte dos vimaranenses deu os seus resultados, fruto de duas bolas recuperadas e transformadas em pontos, que colocaram a equipa de Fernando Sá na frente do marcador (22-18), no final do primeiro período.Já com Dewitz e Eky em campo, e com a troca de bases – Minhava por Carreira –, o Benfica não alterou a forma como tinha terminado o quarto anterior, permitindo que o adversário se afastasse no marcador e conseguindo a sua maior vantagem, de 16 pontos (36-20), com 5 minutos para jogar. Tempo para Henrique Vieira parar a cavalgada vimaranense com um pedido de desconto de tempo, depois de ver a sua equipa apenas marcar 2 pontos nos primeiros 5 minutos do período.Fazer reentrar a dupla interior com que iniciou a partida (Elvis e Frisby) foi a solução encontrada pelo técnico encarnado para voltar à marcação de pontos, através de 3 pontos consecutivos do norte-americano Will Frisby (um cesto de campo e 1 lance-livre). Mas o desnorte já se tinha apoderado das águias, bem patente na reacção intempestiva que Ben Reed teve (atirou a bola contra o seu adversário já com o jogo parado), que lhe custou uma falta técnica.A apatia benfiquista contrastava com a forma aguerrida como o V. Guimarães defendia, forçando o Benfica a cometer turnovers na fase de transição ofensiva. E quando conseguia chegar ao ataque, os lançamentos eram sempre forçados, nunca sendo capaz de encontrar as melhores soluções ofensivas, muito por culpa da frustração colectiva que se tinha apoderado da equipa. Foi sem surpresa que o V. Guimarães atingiu o intervalo na frente do marcador, com a confortável vantagem de 20 pontos (45-25). Para segunda parte ambos os técnicos apostaram nos seus cincos iniciais habituais, com Minhava, no Benfica, no lugar de Miguel Barroca, que tinha começado o encontro. As faltas começaram a tornar-se num problema para o técnico Fernando Sá que, com apenas 3 minutos jogados no período, viu o seu trio de norte-americanos atingir a 3ª falta. Nem as alterações transmitidas pelo técnico encarnado durante o período de descanso, alterando o seu sistema defensivo (passou a defender zona), surtiu os efeitos desejados. Já sem Frisby em campo, que atingiu a 4ª falta, e aproveitando a vantagem interior face aos três jogadores mais pequenos que Fernando Sá colocou no encontro (Silva, Neves e Ricardo Pinto), o Benfica aproximou-se no marcador muito por culpa do inconformismo do seu capitão António Tavares, que através das suas acções individuais, carregou no ressalto ofensivo, terminando o quarto a perder pela diferença de 7 pontos (56-49).O derradeiro quarto principiou-se com mais dois pontos dos encarnados e só um triplo de Tommie Eddie trouxe alguma tranquilidade à equipa vimaranense (61-52). Cenário que se repetiria logo a seguir com um triplo de Mims, a refrear novamente o ascendente benfiquista (64-53). E seria mais um triplo, desta vez de Pedro Tavares (67-53), a 6 minutos do final do encontro, que alteraria o estado de espírito das duas equipas, com o Vitória a regressar à mó de cima.Na parte final a equipa encarnada fez o que lhe competia, estendendo a sua defesa ao campo inteiro, o que lhe valeu algumas recuperações de bola. Com 2.05 para terminar a partida, e após mais uma perda de bola da equipa vitoriana, o Benfica teve a hipótese de baixar a diferença, que na altura se cifrava em apenas 7 pontos (62-69). Após a conversão de apenas um lance-livre (63-69) por parte de Frisby, uma penetração com a mão esquerda de Jaime Silva, fazia aumentar de novo a diferença, que se tornaria novamente perigosa (66-71), quando o mesmo atleta, deixou roubarem-lhe uma bola no seu drible, que terminou em contra-ataque fácil da equipa benfiquista. Foi o máximo que o Benfica conseguiu, já que o triplo de Dewitz (69-74) chegou numa altura em que era impossível evitar a derrota. O Vitória de Guimarães acabou por vencer esta final do Troféu António Pratas, por 76-69, conquistando, assim, o primeiro título da época.Na equipa vencedora destaque para a dupla interior composta por Rod Nealy (18 pontos, 9 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola) e Tommie Eddie (14 pontos,10 ressaltos, 2 assistências e roubos de bola), alternando na perfeição como tiro exterior de Fernando Neves (15 pontos, 4 roubos de bola, 3 ressaltos e 1 assistência).Nos encarnados, referência para bom regresso de Elvis Évora (14 pontos e 5 ressaltos), Sérgio Ramos (9 pontos, 9 ressaltos e 7 faltas provocadas) que esteve no entanto desastrado no lançamentos de 3 pontos (0 em 6) e para António Tavares (7 pontos e 4 roubos de bola), que conseguiu abanar a equipa quando esta mais precisou.

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1 NOV 2009

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