Nuno Ferreira: «Trabalhamos para conseguir vitórias»

Avesso ao “discurso do coitadinho”, Nuno Ferreira lamenta que a sua equipa não tenha conseguido fazer mais na Eurocup Feminina pois, garante, o Vagos não foi à prova apenas para participar.

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24 DEZ 2009

No que diz respeito ao campeonato, o treinador mostra-se satisfeito por o grupo chegar ao final do ano no topo da tabela classificativa e espera que assim continue até ao final da temporada.

Até ao momento tem sido uma época de grande sucesso. Acaba o ano totalmente satisfeito com o comportamento da equipa? Até ao momento estamos satisfeitos com o comportamento da equipa, agora achamos que na Europa poderíamos ter feito mais e melhor em alguns jogos. Conseguimos começar a época muito bem, com alguma quebra agora nestas últimas semanas, o que é perfeitamente normal para o momento em que estamos. Se a nível interno o êxito é de quase de 100%, a eliminação das provas europeias, muito embora com melhores resultados que na anterior época, provoca insatisfação no grupo de trabalho? Queríamos ter conseguido melhores resultados. Não temos o discurso de que vamos jogar para competir, somente para ganhar experiência. Quando participamos queremos ter qualidade, queremos ser competitivos e ganhar. Esse tem de ser o objectivo para quem participa nesta competições, o discurso do coitadinho não pode nem deve existir. Perder por poucos não nos pode deixar satisfeitos. Quero aproveitar esta oportunidade para dar de forma pública uma palavra de incentivo e de coragem ao Olivais e ao CAB por, tal como o Vagos, terem a ambição, a coragem e a confiança de participar nestas competições. Ninguém duvida que temos menos meios, mas acho que temos qualidade e competência para defrontarmos equipas e realidades diferentes, sempre com o objectivo de vitória em mente. Grande trabalho realizado pelos os meus colegas José Araújo e Juca. Acho também, sem nenhum tom de crítica, mas apenas como alerta, que já é tempo de quem gere e lidera o basquete em Portugal ter a noção desta realidade. Se a época anterior foi marcada pelo “quase conseguimos”, este ano já ganharam vários troféus. Acredita que ainda vão conquistar mais títulos? Trabalhamos para ter condições para conseguir vitórias e acredito que se conseguirmos manter uma mentalidade de trabalho diário forte, de ambição e jogarmos com muita dedicação, alegria e intensidade, podemos continuar a estar nos momentos de decisão e a discutir competições. Mas acho que o mais importante é semana a semana, jogo após jogo, trabalharmos bem para existirem mais condições para atingir esses objectivos. Alterou alguma coisa na forma de jogar, ou nos métodos de trabalho, que justifiquem as vitórias desta temporada? Acredito naquilo que faço e naquilo que trabalho com o meu adjunto Janeiro. A filosofia mantém-se a metodologia vai sendo aperfeiçoada pela experiência e conhecimentos que vamos adquirindo todos os dias. Agora não existem grandes mudanças ou alterações nos métodos. Algumas jogadoras são diferentes, logo as características também se alteram, mas os princípios estão lá, tentando rentabilizar o potencial de cada uma. Na competição deste ano, o que destacaria com sinal mais e com sinal menos? Com sinal mais o maior equilíbrio que existe entre mais equipas, acho que existem mais clubes com hipóteses e ganhar competições este ano. Com sinal menos a desistência de uma já com o campeonato a decorrer. Um desejo para o basquetebol feminino em 2010. Que definitivamente o nosso presidente Mário Saldanha (pessoa que muito respeito e admiro) consiga dar ao feminino um tratamento mais de acordo com a qualidade do trabalho que se desenvolve em grande parte das equipas da Liga Feminina.

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24 DEZ 2009

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