Benfica vence clássico

Competições
19 DEZ 2009

No jogo mais aguardado da sétima jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol, o Benfica venceu o eterno rival FC Porto, por 78-72, dando assim continuidade à invencibilidade no campeonato. Depois de uma primeira parte morna, o jogo atingiu os níveis de emotividade esperados, não defraudando todos aqueles que esperavam assistir a um bom espectáculo. Embora com alguns lapsos indesculpáveis, venceu a equipa que melhor soube controlar os níveis de ansiedade, demonstrando que, nesta fase, possui mais traquejo para abordar os momentos decisivos dos encontros.Foi com alguma surpresa que os dois conjuntos se apresentaram na sua máxima força, após as recuperações “milagrosas” de Sérgio Ramos e Jeremy Hunt. Também aqui se jogou durante a semana que antecedeu este clássico, com ambos os técnicos a esconderem a utilização dos jogadores supostamente indisponíveis para este encontro.Mas para os cincos iniciais, os dois técnicos foram cautelosos, optando por manter os recém-recuperados no banco de suplentes. Se no FC Porto a equipa inicial não surpreendeu, no Benfica a entrada de Diogo e, principalmente, a utilização simultânea de Frisby e Évora, fugiu um pouco ao que vem sendo hábito.Apesar do triplo de Diogo Carreira no início do encontro, os primeiros minutos do jogo foram típicos de um clássico, onde se lutou mais, saindo prejudicado o espectáculo. Mesmo assim, começou melhor a equipa da casa – apenas 2 pontos dos portistas nos primeiros 5 minutos – , recorrendo ao seu jogo interior, onde a presença das suas “torres” fez mossa, particularmente Frisby, que foi um autêntico quebra cabeças para a defesa portista. Já com Hunt a jogar na posição de segundo base, e André Bessa a comandar muito bem o ataque da equipa azul e branca (que o diga Carlos Andrade…), a vantagem dos encarnados foi decrescendo, atingindo-se o final do 1º quarto com as equipas separadas por 1 ponto (22-21), favorável à turma das águias.Para o segundo quarto, o técnico Moncho Lopez tentou surpreender experimentando uma defesa 2×3, que o extremo benfiquista João Santos,rapidamente se encarregou de ultrapassar, com 5 pontos consecutivos. Foi um mau período dos visitantes, o que obrigou Moncho Lopez a interromper a partida (6.20 minutos para jogar), de modo a impedir que a diferença (25-33) se avolumasse ainda mais. Passando a jogar melhor o bloqueio directo na bola e, sobretudo, a bater-se melhor na luta pelas posições interiores, os portistas voltariam a fechar o resultado. Mão fosse um lançamento de 2 pontos de Sérgio Ramos, no último segundo da 1ª parte, a diferença ter-se-ia mantido (41-38).Para a segunda parte, o técnico Henrique Vieira apostou ainda mais na estatura do seu cinco em campo, passando a jogar com Ben Reed na posição de base, ocupando Sérgio o lugar deixado em aberto na posição de extremo. Como resposta, os dragões optaram pelo regresso à sua defesa zona, privilegiando a ocupação das áreas mais próximas do cesto e arriscando na concessão de lançamentos exteriores aos encarnados. E se inicialmente o jogo parecia correr de feição à equipa da casa, com Sérgio a acertar “duas bombas”, o sucesso do tiro exterior foi decrescendo, potenciando o equilíbrio na marcha do marcador. No último minuto do período os ânimos aqueceram, com a marcação de uma falta anti-desportiva a Carlos Andrade. Para além de um lance-livre adicional, deu origem a um triplo na posse de bola subsequente, justificando o pequeno fosso no resultado – 6 pontos 59-53) – favorável aos encarnados.Os primeiros 5 minutos do derradeiro quarto mantiveram a tendência que se registava no final do período anterior (68-62), apenas com a curiosidade de se terem invertido os papéis na defesa, sendo agora os encarnados, nas suas alternâncias defensivas, quem mais optava pela defesa zona 2×3. A linha de lance-livre passou então a ser o principal “carrasco” da equipa azul e branca, fruto do aumento da sua agressividade defensiva e frustração ofensiva pela não concretização dos lançamentos triplos. A 2.24 minutos do final do encontro, e com o resultado em 74-66, Moncho manda avançar a sua equipa para uma pressão campo todo, na tentativa de recuperar. Ben Reed deu uma ajuda, cometendo uma falta anti-desportiva, com posse de bola. De seguida, após uma reposição na linha final, Ben cometeu um turnover que terminou com mais um triplo de Hunt, colocando o resultado em 74-72, para os visitados, a 1.17 minutos para o final do encontro. Seguiram-se dois ataques, um para cada equipa, sem sucesso, cabendo depois a Diogo Carreira ir para a linha de lance-livre, onde converteu apenas um lançamento (75-72). A precipitação ofensiva de Jeremy Hunt acabou por colocar um ponto final no encontro, quando com ainda bastante tempo de ataque forçou um lançamento de 3 pontos, na tentativa do empate. Ben Reed selou o resultado final, colocando o marcador em 78-72.As boas exibições de Will Frisby (14 pontos, 10 ressaltos, 4 assistências, 3 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento), MVP da equipa, e Sérgio Ramos (16 pontos, 10 ressaltos), mesmo sem treinar, foram decisivas para a manutenção da invencibilidade dos encarnados no campeonato.Nos dragões, a dupla de norte-americanos composta por Julien Terrel (20 pontos, 11 ressaltos, 2 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento) e Jeremy Hunt (12 pontos, 5 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 assistências) foi a que mais se destacou.

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19 DEZ 2009

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