Carlos Andrade: «Não há equipa que trabalhe mais do que nós»

Atletas | Competições
5 FEV 2010

No regresso à Liga, o internacional português diz que aos Dragões não resta outra saída que não seja dar continuidade à demonstração de superioridade. A começar por Ílhavo, onde os aguarda uma equipa transfigurada por novos jogadores. Na abordagem ao jogo com o Illiabum, Andrade reconhece o favoritismo, que pretende confirmar, sem sofrimento, a partir das 16h00 de sábado.Pontos, triplos, lances livres, assistências e roubos de bola. Ninguém somou tantos como Carlos Andrade na Taça Hugo dos Santos, competição da qual o extremo portista emergiu como a principal figura, já depois de se ter distinguido como o MVP frente ao Benfica, no final de um jogo em que, aos seus olhos, o aro se transformou numa imensa piscina. O desempenho e o desfecho da Luz, à sétima jornada da Liga, não lhe agradou de todo. Preparou, desde então, o reencontro, que marcou antecipadamente no calendário. Fez progressos físicos e considerou-se em forma, dados que a exibição se incumbiria de confirmar. Frente ao Benfica, Carlos Andrade conseguiu o seu melhor registo desde o regresso ao FC Porto Ferpinta (28 pontos, 7 ressaltos, 8 assistências), que depressa associa ao desempenho colectivo. Afinal, argumenta, «não há equipa em Portugal que trabalhe mais do que nós». Com três exibições extremamente equilibradas, o extremo portista terminou a competição com 63 pontos, 9 triplos, 14 lances livres, 15 assistências e 12 roubos de bola, mas do que mais se orgulha é da capacidade que lhe reconhecem de transmitir uma espécie de energia positiva à equipa. «Para mim, é mais importante do que qualquer distinção ou troféu individual», alega. Taça de confiança«Interpreto este primeiro título como uma recompensa pelo trabalho que temos realizado desde o início da época. Merecemos. Não há equipa em Portugal que trabalhe mais do que nós. Esta conquista é um motivo para confiarmos em nós. Demonstrámos claramente que fomos superiores a todos os adversários, a todas as equipas que se apresentaram em competição.» Dor superada«O meu bom momento também é resultado do trabalho extra que tenho desenvolvido nos treinos. Trabalhei arduamente com a ajuda do preparador-físico Luís Geirinhas para chegar bem a este momento. Passei por ocasiões menos boas, com algumas dores, mas consegui recuperar para fazer o que mais gosto, que é jogar basquetebol.» Recuperar nos momentos decisivos«O primeiro jogo, frente ao Guimarães, foi muito duro, muito táctico. A equipa fez muitos turnovers, comigo incluído, mas consegui recuperar para estar bem nos momentos decisivos. Contra o Benfica, a motivação foi extra, por se tratar de um clássico e porque o jogo da Luz, a contar para a Liga, não me tinha corrido tão bem quanto eu gostaria.» Aro ou piscina?«Marquei e defini o fim-de-semana como datas para me encontrar em forma e foi o que aconteceu. As coisas saíram-me bem, em especial contra o Benfica. Lembro-me que fiz duas assistências, seguidas de um roubo de bola e, logo depois, um triplo… A partir desse momento, um jogador sente-se mais confiante e o aro transforma-se numa piscina». Contágio positivo«Reconhecerem que sou capaz de motivar e contagiar os meus companheiros de equipa é o melhor elogio que me podem fazer. Mais do que darem-me os parabéns pelos pontos, assistências ou roubos de bola somados. No dia em que deixar de jogar, espero que as pessoas se lembrem de mim sobretudo como uma boa pessoa, que considero ser mais importante do que qualquer troféu e qualquer título de MVP que já ganhei ou que possa vir a conquistar. Na verdade, só tento transmitir aos meus colegas a confiança que eu tenho neles e que eles precisam de ter em mim. Só havendo confiança é que podemos alcançar títulos e foi claramente o que se passou no Algarve.» Demonstrar superioridade«Pode ser um jogo muito difícil. A equipa do Illiabum não é o mesmo conjunto com o qual jogámos na primeira volta. Mudaram alguns jogadores e é uma formação que mostra claras melhorias. Sabemos que somos favoritos, mas não queremos ser surpreendidos. Temos consciência do trabalho que há a fazer e a melhorar. Agora, compete-nos continuar a demonstrar o por quê de termos sido superiores às equipas que defrontámos na Taça Hugo dos Santos.»

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