Eliminatória fecha sem surpresas

Embora o desejo das quatro equipas que perdiam por 2-0 fosse o mesmo, a verdade é que nenhuma delas foi capaz de complicar a passagem dos ditos favoritos à ronda seguinte do playoff da Liga.

Competições
10 MAI 2010

As vitórias de Benfica, Ovarense, FC Porto e V. Guimarães, diante de Vagos (112-74), CAB (71-57), Académica (80-67) e Illiabum (87-71), respectivamente, colocam nas meias-finais os 4 primeiros classificados da fase regular, que desta forma confirmaram a supremacia e o favoritismo que lhes era reconhecido e apontado. Na 2ª eliminatória da competição teremos então o Benfica frente ao Vitória de Guimarães, enquanto que a Ovarense vai discutir com o FC Porto o acesso à final.

O maior desejo do treinador Alexandre Pires para este playoff era que a sua equipa fosse capaz de ser competitiva em todas as eliminatórias. Como tal, o objectivo principal dos ilhavenses era conseguir vencer os jogos disputados em casa, evitando dessa forma que os vimaranenses conseguissem uma ronda limpa. Tal foi conseguido durante a primeira parte, período durante o qual os comandados de Alexandre Pires se bateram de igual para igual com o adversário. O resultado de 46-45, favorável à turma da casa, que se registava ao intervalo, espelhava bem o equilíbrio que subsistiu nos primeiros 20 minutos da partida. O terceiro quarto, à semelhança do que sucedeu nas duas partidas anteriores, foi o período mau dos ilhavenses que, ao permitirem um parcial de 25-13, comprometiam as aspirações de tentar vencer o encontro. A perder por 11 pontos (59-70) à entrada dos últimos 10 minutos, a equipa da casa já não teve capacidade anímica para reagir, acabando por deixar o adversário afastar-se ainda mais no marcador (87-71). A luta do ressalto voltou a ser um dos problemas da formação de Ílhavo, onde o norte-americano Rod Nealy (29 pontos, 12 ressaltos), para além do bom desempenho ofensivo, voltou a ter um papel determinante. Destaque ainda para os extremos vitorianos, Jaime Silva (13 pontos, 7 ressaltos, 4 assistências e 4 roubos de bola) e Fernando Neves (13 pontos e 8 ressaltos) que funcionaram como um excelente complemento dos postes minhotos. O norte-americano Robert James (20 pontos e 9 ressaltos) foi novamente o atleta mais valorizado da formação de Ílhavo, que não utilizou na partida o compatriota Nate Daniels. O base Daniel Felix (10 pontos, 7 assistências, 6 ressaltos e 3 roubos de bola) bem tentou conduzir a equipa a um triunfo na eliminatória. Portistas impedem Académica de repetir o feito do ano anterior Nem mesmo o regresso à competição de Manuel Johnson evitou que a equipa de Coimbra fosse eliminada pelos azuis e brancos numa ronda em branco. O técnico conimbricense, Norberto Alves, voltou a apostar num cinco mais móvel, de forma a adaptar-se melhor às características do adversário, o que de certa forma se revelou acertado, já que no final do 1º período vencia pela diferença mínima (16-55). O pior estaria para vir, uma vez que até ao atingir o intervalo a turma da casa diminuiu para metade a sua produção atacante – apenas 8 pontos convertidos – ao passo que os dragões, ao marcarem 19 pontos nesse período, revelavam a mesma consistência atacante (43-34). Consumada que estava reviravolta no marcador, o intervalo chegou ficando claro que o inicio da segunda parte iria ser determinante, não só para o desfecho final do encontro, como também da própria série. Voltou a entrar melhor o FC Porto, que ao conseguir um parcial de 27-19 e sentenciou praticamente a partida, pois dispunha de uma vantagem pontual de 18 pontos (61-43) para poder gerir na parte final da partida. O técnico Moncho López voltou a gerir muitíssimo bem o plantel que tem à sua disposição – 10 jogadores utilizados – de forma a imprimir sempre um elevado ritmo de jogo e onde a pressão é uma constante. Greg Stempin (17 pontos, 5 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) foi o mais produtivo, ao passo que o seu compatriota Jeremy Hunt (12 pontos, 8 ressaltos e 7 assistências) foi, por sua vez, o mais valorizado. Como prémio de consolação fica o título de MVP da partida para Anthony Williams (24 pontos, 6 ressaltos, 3 roubos de bola, 2 assistências e 2 roubos de bola), ele que foi o melhor elemento dos conimbricenses na eliminatória, mas nem mesmo com a ajuda de Francisco Destino (16 pontos, 3 ressaltos e 3 assistências), revelação do playoff, e Manuel Johnson (17 pontos e 6 ressaltos), conseguiu evitara o adeus à prova deste ano. Benfica voltou a evidenciar grande supremacia Foi por demais evidente ao longo de toda a eliminatória a superioridade da turma encarnada, perante um Vagos, que tentou por todas as formas contrariar o domínio benfiquista. Os actuais campeões nacionais viajaram até Vagos, com a mesma determinação demonstrada nos dois primeiros encontros, sendo que o resultado do encontro, sem ter os mesmos números finais, quedou-se por mais um triunfo claro com as águias a atingirem novamente a centena de pontos (112). Os pupilos de Henrique Vieira foram sempre superiores, graças ao domínio exercido na luta do ressalto (41-25), mas fundamentalmente pela grande prestação colectiva em termos de lançamento de campo. Se de 3 pontos os encarnados não estiveram mal – 46%, 12/26 – a percentagem obtida nos lançamentos de 2 pontos acabaria por ser brilhante. Os 75% – 33 convertidos em 44 tentados – obtidos pelos benfiquistas em lançamentos de curta e média distância, revelam bem a eficácia dos encarnados ao longo de todo o encontro, e quando assim é tornasse quase impossível de vencer o adversário.De referir que Sérgio Ramos e Miguel Barroca continuaram de fora das opções de Henrique Vieira, de modo a poderem recuperar convenientemente das lesões que os apoquentam, tendo em vista a próxima eliminatória com um grau de dificuldade mais elevado.O norte-americano Will Frisby (32 pontos, 10/11 de 2 pontos e 3/3 de 3 pontos, 6 ressaltos e 2 assistências) é bem o exemplo da tremenda eficácia do Benfica neste encontro. Tal como o seu companheiro, Heshimu Evans (22 pontos, 9/12 de 2 pontos, 10 ressaltos e 6 assistências) que foi outro bom exemplo do acerto dos lisboetas. Numa partida sem grandes motivos de emoção, uma referência para o insólito acontecimento que foi a lesão do árbitro Fernando Rocha durante, que obrigou a que a segunda parte fosse jogada com apenas dois árbitros a apitar. Resultados dos quartos-de-final do playoffBenfica 8 (1.º)-Vagos (8.º), 3-0 1.º jogo – 108-58 2.º jogo – 101-78 3.º jogo – 112-74V. Guimarães (4.º)-Illiabum (5.º), 3-0 1.º jogo – 83-74 2.º jogo – 71-58 3.º jogo – 87-71FC Porto (3.º)-Académica (6.º), 3-0 1.º jogo – 89-68 2.º jogo – 78-73 3.º jogo – 80-67Ovarense (2.º)-CAB Madeira (7.º), 3-0 1.º jogo – 75-52 2.º jogo – 78-58 3.º jogo – 71-57 Meias-finais Benfica-V.Guimarães Ovarense-FC Porto

Competições
10 MAI 2010

Mais Notícias