Luís Brasil: «Vivemos momentos dramáticos»

O treinador lembra que a equipa viveu uma época complicada, marcada pelas lesões e pela instabilidade interna ao nível do clube.

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26 MAI 2010

Mas mesmo assim, o grupo conseguiu superar a adversidade e apurou-se para a final do playoff da Proliga, onde vai defrontar o Penafiel, garantindo desde logo o regresso ao maior escalão do basquetebol português.

Apesar dos muitos problemas que afectaram a equipa durante a temporada conseguiram o grande objectivo a que se propuseram desde início. Chegou a temer, em algum momento da época, que não conseguissem a subida de divisão? De facto, esta época tem sido anormalmente caracterizada por problemas múltiplos que nos obrigaram a um esforço mental e físico suplementar, de forma continuada. Apenas em dois momentos até agora, em Novembro e alguns dias de Janeiro, a equipa pôde contar com os sete jogadores profissionais aptos para o treino e jogo. Também vivemos momentos dramáticos, como quando o SCL quase encerrou a sua actividade, ou o facto de raramente termos tido hipótese de treinar com dez jogadores. Por vezes, percebi claramente que alguns atleas, justificadamente, estavam em situação de instabilidade emocional, o que trazia desmotivação e incerteza quanto ao sucesso desportivo que todos inicialmente estaríamos dispostos a conquistar. Sempre tentei manter a equipa unida, coesa e pronta para dar a melhor resposta possível a tanta adversidade, nunca transmitindo desalento, antes pelo contrário, sempre coloquei a minha função ao serviço dos atletas, transmitindo positivismo. O facto de não terem vencido fora de casa nas rondas anteriores, e uma vez que o Penafiel tem vantagem do factor casa, coloca-vos à partida em desvantagem para esta final? Talvez, embora nesta altura da época nada do que aconteceu num passado mais ou menos recente seja relevante. Considero que o presente deverá ser trabalhado pelo que agora se pode alcançar, pois ambas as equipas conhecem bem os pontos fortes e fracos do adversário. Serão certamente os detalhes a marcar a diferença. Por duas vezes responderam de forma positiva a momentos de grande pressão. Acha que isso se poderá tornar numa vantagem para a vossa equipa? A nossa resposta, na generalidade, tem sido sempre positiva, o resultado é que nem sempre corresponde. Esta época, nas derrotas, a equipa nunca foi claramente batida ou até dominada. Se não considerarmos o encontro a contar para o troféu António Pratas, altura em que a equipa do Penafiel ainda não estava completa, o Lusitânia perdeu os 3 jogos que realizou frente a esta equipa. Que razões apontaria para as dificuldades sentidas sempre que defronta o Penafiel? Em primeiro lugar, o facto de o Penafiel poder utilizar um número superior de jogadores; segundo o facto de o seu jogo interior ser muito forte e de conseguirem normalmente colocar bom nível de intensidade nos jogos. Notou-se, claramente nos nossos jogos que se trata de uma equipa bem rendibilizada. Gostaria aqui de endereçar os meus parabéns a todos os atletas, treinadores e dirigentes do Penafiel, pelo que alcançaram esta época e que a final seja ganha por quem tiver o melhor desempenho nos respectivos jogos.

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26 MAI 2010

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