Lusitânia campeão da Proliga

Ao vencer este sábado, em Penafiel, o CBP/ Sentir Penafiel, por 81-76, o Lusitânia dos Açores sagrou-se campeão da Proliga.

Competições
12 JUN 2010

Os insulares, uma vez mais, decidiram a eliminatória a seu favor no jogo da negra, conseguindo o tão almejado título como recompensa de todas as dificuldades vividas pelo clube e atletas. Não foi a forma mais feliz de Valentyn Melnychuk se despedir como treinador de campo, mas até nesta indesejada situação, foi fácil perceber que é um senhor na modalidade.

Começou melhor a partida a equipa de Penafiel. Mais agressiva, de certa forma autoritária, fazendo valer a vantagem do factor casa. Apostando numa pressão constante ao portador da bola (Daniel Monteiro), os comandados de Valentyn Melnychuk conseguiam provocar algum desnorte na equipa adversária, bem aproveitado para realizar fáceis contra-ataques. A resposta insular veio através de uma alteração defensiva, quando o técnico Luís Brasil deu ordem aos seus pupilos, a meio do 1º período, para defenderem uma zona 1x2x2, opção que manteria até final do encontro. Apesar de nem sempre bem defendida, a verdade é que a solução encontrada deu os seus frutos, permitindo aos reduzir a diferença no final do 1º quarto, tendo chegado mesmo à frente do marcador no termo da primeira parte (35-34). A etapa complementar principiou com os penafidelenses a atacarem a defesa zona da forma mais fácil e eficaz que pode fazer. A utilização do contra-ataque e transições ofensivas rápidas não permitiam que os insulares montassem a sua defesa, o que provocava o desnorte na equipa da ilha Terceira. Foi o pior período dos açorianos, que tiveram na inspiração individual de Augusto Sobrinho e Mohamed Camara a resposta para ultrapassar a má fase colectiva. Os 3 pontos de vantagem que o Lusitânia dispunha à entrada do derradeiro quarto (51-48) indicavam que tudo iria ser decidido nos últimos 10 minutos do encontro. A 4ª falta de Sidney Holmes, que o fez ir para o banco, e os problemas físicos de Mário Gonçalves tornaram ainda mais visíveis as dificuldades dos nortenhos em conseguirem contrariar a defesa contrária. Pouco agressivos a atacar o interior da zona, e com o lançamento exterior a não estar particularmente feliz, os penafidelenses acabam por ser vítimas do venenoso contra-ataque insular, onde Sobrinho foi o expoente máximo, tornando-se quase sempre imparável em situações de campo aberto. Quando a 4 minutos do final da partida, Augusto converteu um lançamento triplo que dava a vantagem de 10 pontos aos açorianos, percebeu-se que a vitória começava a cair para o lado dos visitantes. Os últimos minutos foram bem geridos pelo base Daniel Monteiro, que assumiu sempre o comando do jogo, mesmo quando Kravtsov com dois triplos consecutivos fez baixar a diferença até aos 6 pontos. Nos vencedores, destaque para a dupla composta por Augusto Sobrinho (32 pontos, 6 ressaltos, 6 assistências, 3 roubos de bola e 9 faltas provocadas) e Mohamed Camara (16 pontos, 12 ressaltos e 3 roubos de bola) a fazer claramente a diferença pela sua qualidade individual para decidir no ataque. O norte-americano James Grabowski (25 pontos, 10 ressaltos, 4 assistências e 3 roubos de bola) bem tentou conquistar o título, mas faltou o jogo exterior e a liderança ofensiva para ultrapassar a zona insular. Naquele que terá sido o último jogo orientado pelo conhecido técnico Valentyn Melnychuk, embora sem ter sido no cenário perfeito que ele tanto desejaria, valeu a homenagem prestada ao prestigiado treinador, com equipa, adversários, Federação Portuguesa de Basquetebol e mais tarde antigos atletas internacionais, todos em conjunto a fazerem questão de se despedir de um dos mais prestigiados e acarinhados treinadores que passaram por Portugal.

Competições
12 JUN 2010

Mais Notícias