Benfica bicampeão

O Sport Lisboa e Benfica sagrou-se bicampeão nacional ao derrotar o FC Porto, no quinto jogo da série final do playoff (4-1) da Liga Portuguesa de Basquetebol o FC Porto, por 85-74.

Competições
10 JUN 2010

Parabéns ao Benfica que ao longo de toda a temporada provou ser a equipa mais forte nesta competição, que acabou por vencer de forma brilhante. Para os vencidos, uma palavra de incentivo pela fantástica época que tiveram e pela maneira como se bateram nesta final. De destacar a presença do muito público que esgotou a lotação do pavilhão Império Bonança, o que só prova que continuam a existir muitos adeptos da modalidade assim hajam bons espectáculos

Após o desaire no último encontro de domingo passado, o conjunto encarnado não desperdiçou a primeira oportunidade de que dispôs para, perante o seu público, fechar a série e consequentemente renovar o título de campeão nacional. A forma determinada como os comandados de Henrique Vieira iniciaram a partida (10-3), com Heshimu Evans e Will Frisby demolidores nas áreas próximas do cesto, tornou clara uma forma bem distinta de abordar o jogo relativamente à última partida entre as duas equipas. Depois de um 1º período dominado pelos encarnados (28-18), a equipa não abrandou o ritmo, tendo chegado a dispor de uma vantagem de 15 pontos (39-25), quando faltava apenas jogar 2 minutos da 1ª parte. Face à quase inexistência de jogo exterior portista, sendo Hunt o maior exemplo disso, valeu ao técnico Moncho López poder recorrer como solução ofensiva a procura do 1×1 dos seus jogadores mais altos – Terrel e Stempin combinaram 22 pontos no final do 1º tempo -. Os dois jogadores interiores dos visitantes passariam a dispor de vantagem de peso nessas áreas quando o treinador Henrique Vieira procedeu à rotação dessas posições. Com um parcial de 7-0 os dragões reaproximaram-se no resultado, tendo recolhido aos balneários com o jogo ainda em aberto (32-39). Numa partida em que a pressão era muita, estar na frente do marcador é sempre um factor importante. E esse terá sido, muito provavelmente, um dos aspectos da 2ª parte que valeu o triunfo ao conjunto lisboeta. Apesar de se terem aproximado por diversas vezes no marcador, a verdade é que os azuis e brancos nunca conseguiram passar para a frente no resultado. O inicio da etapa complementar foi o melhor momento dos azuis e brancos, período durante o qual tornaram evidentes algumas debilidades dos encarnados em parar as penetrações em drible e na recuperação defensiva, de modo a evitarem sofrer cestos em contra-ataque (43-40). Sem nunca se desunir como equipa, os campeões nacionais demonstraram nessa fase uma grande capacidade de sofrimento, ultrapassando as dificuldades em fazer pontos através de um magnífico trabalho na tabela ofensiva. A conquista de sucessivos ressaltos ofensivos, permitia segundos lançamentos fáceis que valiam cestos, ao mesmo tempo que quebrava animicamente um conjunto que procurava passar para a mó de cima (56-50). O derradeiro quarto prometia muita emoção, que bem cedo cresceu quando foi averbada a 4ª falta a Heshimu Evans – até então tinha sido um dos principais motores da equipa benfiquista. Sempre bem apoiado pelo público, que esgotou o pavilhão Império Bonança, o Benfica foi ganhando ascendente no jogo pela forma como conseguia ser consistente em termos ofensivos. A desqualificação de Julian Terrel a 5.15 minutos do termo do encontro veio complicar ainda mais a tarefa dos azuis e brancos, que procuravam a todo o custo a reviravolta no marcador. Quando sensivelmente a meio do período o Benfica fez o 70-56, foi perceptível no pavilhão que os adeptos encarnados começaram a sentir o título próximo. Um triplo feliz de Andrade a 1 minuto do final, reduziu a diferença para 6 pontos (71-77), mas foi o melhor que os forasteiros conseguiriam até final. O regresso às boas exibições de Heshimu Evans (23 pontos, 9 ressaltos e 2 assistências), MVP do encontro, fez aumentar agressividade ofensiva dos encarnados, a capacidade de jogar em transacções rápidas, para além de ganhar uma referência na luta do ressalto. O seu compatriota Will Frisby (16 pontos e 6 ressaltos) foi mais intermitente na sua prestação, o mesmo não sucedendo com Ben Reed (12 pontos, 11 ressaltos e 5 assistências), que acabaria por ser valioso em várias áreas do jogo. Uma nota para o contributo dos suplentes, onde Carreira e Tavares foram fundamentais, ambos com 10 pontos. Aos dragões faltaram os atiradores para acompanhar o fantástico desempenho da dupla formada por Terrel (22 pontos e 8 ressaltos) e Stempin (19 pontos e 5 ressaltos). Nem da linha de lance-livre os azuis e brancos estiveram acertados (15/26), facto que em fases cruciais de recuperação pontual em nada ajudaria a formação de Moncho López.

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10 JUN 2010

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