Rui Fonseca: «Tínhamos mais responsabilidade»

O Vasco da Gama revalidou o título nacional de sub-18 masculinos num duro embate, frente à Sanjoanense.

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30 MAI 2010

O treinador da equipa recorda que o grupo sentia a pressão de ter de defender o troféu na temporada passada mas, assegura, por outro lado também sempre sabia que as pessoas tinham confiança nos jogadores.

Foi fácil para si como treinador e líder do grupo manter a ambição, transmitindo sempre o desejo de voltar a ser campeão? Não foi nada fácil, só foi possível porque trabalhámos muito durante a época e tínhamos mais responsabilidades porque estávamos a defender o título nacional. Senti muito durante o campeonato nacional e ainda mais na final-4 que as pessoas que adoram o Vasco estavam com muita confiança neste grupo. A apreciação que fazem da sua equipa, é que se trata de um grupo com algum talento individual mas um exemplo na entrega e na atitude. Na sua opinião o trabalho supera as qualidades inatas num jogador de basquetebol? Não concordo muito, porque os meus atletas têm muito individual, só que trabalham muito em grupo e isso disfarça o valor deles ao nível individual. Mas só com um grupo de atletas assim é que conseguimos fazer história no clube e ser bicampeões nacionais. Um atleta só cresce com muito trabalho e eu sou muito duro com eles nesse ponto (só com dedicação, atitude e muito empenho se consegue chegar lá). Com estes dois sucessos consecutivos acha possível a curto prazo ter uma equipa sénior do Vasco da Gama nos escalões superiores da modalidade? Nesses escalões não sei se vai ser muito fácil porque os dias de hoje financeiramente não estão nada bons para os clubes. Mas sempre os mentalizei que para o facto de terem de trabalhar para chegarem todos aos seniores do clube, o que já era um feito muito bom. O que gostaria de ver alterado ou melhorado na formação e no seu clube para que o sucesso pudesse ser cada vez maior? A nível da formação acho que se está a trabalhar bem com os nossos jovens; este ano assisti a muitos jogos a nível nacional de vários escalões e vi a grandes encontros com qualidade. No meu clube gostava de ter outras condições para estes magníficos atletas que são os únicos a nível do país a trabalhar sem terem um pavilhão. Miguel Toreia foi um dos “heróis” do Vasco da Gama nesta final 4 e o atleta elogia toda o desempenho de toda a equipa, desde os jogadores aos treinadores.Qual a sensação de serem os melhores do país?A sensação é boa e ainda custa acreditar porque, além de termos sido campeões nacionais, o nosso grupo é fantástico. E também com os treinadores que temos que fizeram de nós os melhores do país.Em algum momento da final 4 sentiram ou chegaram a pensar que não seriam campeões?Sim, no momento em que estávamos a nove pontos na partida frente a Sanjoanense. Achei que ainda era possível serem eles a fazerem a festa em vez de nós.Qual foi o adversário mais complicado que defrontaram nesta fase final?O mais complicado foi a Sanjoanense porque ao longo da época sempre nos criou problemas. Têm uma boa equipa e foi claramente o adversário mais complicado.O que significa ser um jogador vascaíno? Um jogador vascaíno olha o Vasco como uma ” família ” e sabe que pode contar com tudo e com todos. Um jogador vascaíno é também um jogador que tem orgulho na camisola que veste e faz tudo pelo clube. Tudo aquilo que mostrámos no passado fim-de-semana na final 4 foi a prova de como se é vascaíno e como também se joga à Vasco.

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30 MAI 2010

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