«Em casa temos um 7º jogador»

A partida frente ao Penafiel pode dar à equipa do Lusitânia o título da Proliga o que, segundo Augusto Sobrinho, seria o corolário perfeito para uma época que foi recheada de contrariedades.

Atletas | Competições
3 JUN 2010

Os açorianos têm jogado apenas com seis jogadores, mas em casa o público tem dado uma ajuda importante do ponto de vista motivacional. O extremo espera que esse contributo continue bem presente neste importante encontro…

Desde que começou o playoff a equipa do Lusitânia ainda não perdeu qualquer jogo em casa. A manter esse registo, e depois do triunfo em Penafiel, numa série disputada à melhor de 5 jogos, o próximo jogo faria dela campeã da Proliga. “É verdade, desde que começou o playoff ainda não perdemos uma única vez em casa e isso deve-se ao enorme apoio da massa associativa que temos, que não tem parado de crescer ao longo do playoff. A verdade é que cada fim-de-semana que passa contamos com mais gente no pavilhão a apoiar-nos, criando assim um ambiente fantástico e ajudando muito a nossa equipa no que toca ao aspecto psicológico e motivacional…”, conta-nos Augusto Sobrinho. E o jogador explica porquê. “Visto que só somos 6 atletas, o público tem-se tornado um “7º jogador”, muito forte no factor casa. Quero desde já aproveitar a oportunidade e agradecer a todos os dirigentes, adeptos, fãs e simpatizantes do clube pela força que nos têm dado. Sem dúvida que este fim-de-semana, o factor casa nos vai ajudar imenso!” No primeiro jogo da final os insulares quebraram dois registos negativos de uma assentada – conseguiram derrotar o Penafiel e lograram vencer pela primeira vez neste playoff na condição de visitantes. Ganhar o primeiro jogo da ronda não fez relaxar o grupo para o duelo do dia seguinte, mas os problemas sentidos por Augusto e seus companheiros tiveram outro tipo de causas.”A vitória no 1º jogo contra o Penafiel, em casa deles, veio moralizar-nos imenso e o balanço que tirámos deste fim-de-semana é muito positivo. Estamos todos muito orgulhosos e contentes com o resultado alcançado. No jogo 2, a má prestação da equipa não teve a ver com o relaxamento, mas sim com o cansaço físico e psicológico, visto que somos apenas 6 jogadores e estivemos limitadíssimos a nível de rotação da equipa. Já o Penafiel não teve esse problema e soube usar bem as rotações da equipa, quer no 1º, quer no 2º jogo”, constata. O cansaço poderá vir a ser um aspecto decisivo no desfecho desta final. O treinador Valentyn Melnychuk afirmava numa entrevista ao nosso site de lançamento da final que jogar com 6 jogadores também era uma vantagem, visto que o entrosamento e o conhecimento mútuo entre eles são enormes dentro de campo. Mas convém não esquecer que esta equipa fez toda a fase regular com este número de atletas (viagens acrescidas) e que ainda foi sido obrigada a jogar 5 jogos nas duas rondas anteriores. “Sem dúvida que o cansaço influencia sempre na ‘performance’ do atleta… Mas esta equipa é muito forte psicologicamente e vamos tentar ultrapassar o cansaço físico a todo o custo com a força mental.Como referi anteriormente, vamos ter duas ajudas ‘extra’ no próximo fim-de-semana: a motivação de jogar em casa e o apoio incondicional do público.” Para trás ficou a grave lesão e a época serviu fundamentalmente para que Sobrinho pudesse voltar a competir com regularidade. Entusiasmado pela possibilidade de voltar a actuar na Liga, o jovem atleta mostra-se feliz por ter correspondido às expectativas daqueles que apostaram e acreditaram nele. “Estou muito feliz e orgulhoso pela minha equipa e por tudo o que conseguimos obter esta época. Foi um grande feito termos conseguido subir à Liga e termos chegado às finais do playoff, depois de tudo o que passámos e depois de todos os problemas que enfrentámos durante o ano e ainda por cima, apenas só com 7 jogadores. Isto sem esquecer que o Frederico Tavares também nos ajudou muito durante a época regular!” E prosseguiu: “Pessoalmente, quando assinei pelo Lusitânia, propus-me a mim próprio logo de imediato a esse objectivo… Vou jogar esta época na Proliga, tendo em vista subir à Liga próximo ano, pois quero é dar cartas e mostrar o meu basket no próximo ano na Liga pelo Lusitânia. E quando eu ponho um objectivo na minha cabeça, dou o máximo até conseguir realizá-lo. Para além do mais, foi um objectivo muito querido e ambicionado, quer pelos atletas quer pelos dirigentes e comissários do Lusitânia e, quando é assim, ‘com toda a gente a remar para o mesmo lado, o barco só tem é que navegar’”.Em forma de balanço, a aposta feita por Augusto na Proliga e na formação da ilha Terceira acabou por revelar-se uma aposta acertada, visto que todos os objectivos que foram estabelecidos pelo atleta no começo da temporada foram atingidos, sem excepção. “Sofri um pequeno percalço no início da época, pois não estava à espera de me lesionar no joelho, mas consegui ultrapassar bem esse pequeno obstáculo, tendo um apoio formidável dos dirigentes e dos comissários, que acreditaram sempre em mim e no meu valor. E depois de um trabalho magnífico realizado com o fisioterapeuta da equipa (Manuel Pires), regressei finalmente e todo o resto da época foi tal e qual como idealizei. Por isso, o meu balanço final só pode ser extremamente positivo, porque ultrapassei a lesão a 100%; percebi que aqui as pessoas acreditam muito em mim e no meu valor; conseguimos subir à 1ª Liga; estamos a disputar a final do playoff (com a possibilidade de sermos Campeões Nacionais) e estou numa equipa onde me sinto muito bem. Tenho um treinador que confia em mim e um grupo de colegas de equipa e amigos fantásticos, que formam este grupo do Lusitânia forte e coeso. A todos eles um muito Obrigado!!”

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3 JUN 2010

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