Benfica a todo o gás

O Benfica já iniciou os trabalhos referentes à nova época basquetebolista e com algumas caras novas que vêm acrescentar qualidade, bem como outras soluções ao técnico encarnado Henrique Vieira.

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6 SET 2010

Finalmente o antigo atleta benfiquista, agora treinador, vê satisfeito um antigo desejo seu de regressar às competições europeias, isto sem descurar a intenção de continuar a dominar internamente.

Como é normal em todas as equipas, o final de época significa o momento para se fazerem ajustes no plantel, sempre com o objectivo de melhorar o grupo de trabalho. As saídas de João Santos, Miguel Barroca, Will Frisby e o empréstimo de Cristóvão Cordeiro foram compensadas com as entradas de outros atletas, a maioria deles com passagens pela nossa Liga. “Os quatro jogadores vêm, com certeza, reforçar a nossa equipa. É evidente que mudámos alguns aspectos do jogo em função das aquisições que temos conseguido. Três deles são nossos conhecidos, já jogaram na nossa Liga, têm um grande carácter e muito talento”, justificou o técnico encarnado.O único desconhecido acaba por ser o poste norte-americano Greg Jenkins, um atleta que na época passada actuou na Alemanha e “foi um dos melhores postes daquela Liga.” A valer pelas informações colhidas junto do antigo jogador dos encarnados Seth Doliboa, que na época passada foi colega de Jenkins, o novo reforço dos actuais campeões nacionais vai fazer mossa no nosso campeonato. Razão pela qual Henrique espera tirar vantagem na competição interna. “ É muito forte, por isso vai, juntamente com o Elvis Évora, criar muitas dificuldades aos adversários.”A transferência mais sonante deste verão acabou por ser a de João Santos, que se mudou para o rival FC Porto. A perda do influente extremo foi ponderada e de forma indirecta foi compensada pelos novos reforços. Se na troca directa com o também extremo/poste Rodrigo Mascarenhas os encarnados ficam a perder na capacidade de tiro exterior, ganham “um jogador muito forte no espírito de grupo, um lutador, um grande ressaltador, e pelo menos na área defensiva vamos ficar bem mais fortes”, – na opinião de Henrique Vieira.A versatilidade de Rodrigo poderá ser um importante trunfo para Henrique Vieira que, à semelhança de Heshimu e Sérgio, pode desempenhar várias posições em campo, interiores e exteriores. Esse facto poderá compensar alguma perda de mobilidade dos encarnados nas posições interiores, já que permite várias combinações possíveis dentro de campo. A sua menor apetência para lançar poderá ser compensada com os regressos de Sérgio Ramos – o atirador mais consistente da Liga – e Ben Reed à sua posição mais natural de extremo.Quem também poderá dar uma ajuda nos tiros de fora é Francisco Jordão. Um jogador que se enquadra perfeitamente no desejo, cada vez mais habitual, de todos os treinadores gostarem de ter nas suas equipas um atleta quatro que atire de fora. “É um velho conhecido meu, já foi meu jogador, é um atleta de grande carácter e um grande benfiquista, que fez a sua formação aqui no Benfica. Por isso, conhecemo-lo bem.”Falta falar do terceiro estrangeiro, já bem conhecido dos adeptos da modalidade. O pequeno base Cordell Henry é uma aposta de Henrique Vieira que com esta contratação garante desde logo duas coisas. “O Cordell é um daqueles jogadores que eu espero que traga mais pessoas ao pavilhão. É muito espontâneo, joga na posição de base e vai dar-nos muita velocidade, portanto, estou muito satisfeito.”É realmente um jogador imprevisível, com uma grande capacidade individual e que cria os seus próprios tiros, mas nem sempre é consistente. É mais uma solução que o técnico encarnado tem à sua disposição na posição de base, a juntar a Miguel Minhava, que fez uma fase de apuramento ao serviço da selecção de grande qualidade, e Diogo Carreira mais na linha do norte-americano, mas que tem vindo a evoluir em maturidade e controlo do ritmo de jogo.

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6 SET 2010

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