Perseguindo o sonho europeu
Vencer a mais importante competição europeia de clubes não está ao alcance de qualquer um e quem participa na Euroliga sabe que vai ter pela frente a fina-flor do basquetebol europeu.
Atletas | Competições | Treinadores
29 OUT 2010
Apresentamos-lhe mais 8 das 24 equipas participantes, as contratações efectuadas por todas elas e as aspirações que têm para esta edição da prova.
Maccabi Tel AvivSem dúvida uma das equipas que melhor se reforçou no mercado de Verão e o objectivo não pode ser outro que não seja voltar à final-four. A equipa israelita perdeu a sua grande estrela do ano passado, Alan Anderson, mas na verdade, substituiu-a por outra de renome continental, como é o caso de Sofoklis Schortsianitis. O poste está no auge de sua carreira, perdeu peso e parece mais focado do que nunca. Longe do calor de casa, é hora de dar o passo em frente que a sua carreira precisa e de se tornar na grande referência continental, como o foi nas etapas de formação.David Blatt é outra cara nova na equipa. O americano tentará acabar com a maldição que assombra os últimos treinadores estrangeiros e fazer triunfar um procjeto com muitos nomes locais e um Chuck Eidson com mais peso no grupo. A defesa e a força de jogar em casa devem ser as senhas de identidade de uma equipa que estará a lutar até final para chegar a Barcelona.Entradas: Jeremy Pargo, Richard Hendrix, Sofoklis Schortsianitis, Lior Eliyahu e Tal Burstein.Saídas: Raviv Limonad, Andrew Wisniewski, Alan Anderson, Stephane Lasme e D’or FischerMais do que nunca, este Maccabi Tel Avivi recorreu à Liga ACB, com três das suas principais contratações a serem provenientes de Espanha. Aos retornos de Tal Burstein (Basquetebol Fuenlabrada) e Lior Eliyahu (Caja Laboral) há que somar a contratação de Richard Hendrix (CB Granada), que formará com “Big Sofo” uma dupla de muitos quilos e força na área pintada.Montepaschi SienaPara ser dominante na Europa, a equipa do Siena precisa dar o passo necessário para ganhar um título ao qual, apesar da modéstia do seu orçamento, nunca deixou de aspirar. Desta vez, o sonho parece mais distante, com a saída de três ícones nos últimos anos do clube. Terrell McIntyre saiu e rumou a Málaga, Eze para a Rússia e Sato escolheu a Grécia, deixando sem referências a equipa orientada por Pianigiani Simone.No entanto, a equipa não tardou a mover-se e fê-lo magnificamente, renovando o jogo exterior ao conseguir assinar Bo McCalebb, o melhor base da Euroliga da época passada. Esteve muito perto de assinar pelo Partizan mas acabou por optar pelo clube italiano e agora, com um pouco mais ajuda, tudo pode acontecer. Também estará o jovem Milovan Rakovic, além disso, a falta de referências históricas em Montepaschi levou o clube a recuperar Rimantas Kaukenas. O atirador lituano quer esquecer o seu ano de branco e reviver os seus anos de grande marcador. A evolução de Zisis após o Mundial e a capacidade defensiva de Stonerook são as outras garantias para continuar a aspirar a grandes metas.Entradas: Bo Mcalebb, Malik Hairston, Rimantas Kaukenas, Andrea Michelori e David Moss.Saídas: Henry Domercant, Terrell McIntyre, Eze Benjamin, Romain Sato e Uros Slokar.Se o objectivo da Europa se mantém, convém não esquecer que o Montepaschi Siena construiu, em poucos anos, uma ditadura desportiva em Itália. A equipa é jovem (na década de noventa competia na A2), mas nos últimos anos, conquistou quatro títulos da Liga e dois da Copa da Itália.Efes PilsenAté à data ainda não encontrou a fórmula para regressar à final-four. O clube tem apostado nas últimas temporadas em avultados investimentos económicos, mas todos terminaram em frustrações, sendo o do último ano o mais importante. Talvez com a melhor equipa da sua história recente, viu-se arredada muito cedo da Europa e cedeu o campeonato às mãos do Fenerbahce. Agora, foi destituído o treinador Ergin Ataman (um técnico que nunca soube como lidar com a rotação de tantos jogadores poderosos que tinha à sua disposição), substituído por Velimir Perasovic, que deve reestruturar uma equipa que tem experiência, qualidade e agora a mentalidade vencedora, para dar o salto de qualidade que não foi capaz de dar na época passada.Perasovic terá como base o talento de dois jogadores que conhece bem: Igor Rakocevic e Bostjan Nachbar , que serão os pilares de uma equipa que ganha carácter com a presença de jogadores nacionais como Sinan Guler e Cenk Akyol. No interior, renovação total, com a chegada dos potentes Miroslav Raduljica e Lawrence Roberts. Talvez menos nomes e talento, mas mais organizados.Entradas: Andrew Wisniewski, Lawrence Roberts e Miroslav Raduljica, Cenk Akyol, Sinan Guler e Erwin DudleySaídas: Daniel Santiago, Mario Kasun, Charles Smith, Preston Shumpert, Kaya Peker, Bojan Popovic e Ermal KuqoA segunda oportunidade de Cenk Akyol. Foi uma grande promessa do basquetebol turco, mas a sua passagem a profissional foi uma decepção. Depois de épocas menos conseguidas na Europa, conseguiu o ano passado na Benetton encontrar o equilíbrio desportivo necessário e agora retorna com novas esperanças.Armani Jeans MilanoNum mercado dominado pelos grandes clubes europeus, a equipa de Milão foi uma das que melhor se moveu este verão e conseguiu formar um plantel com capacidade para provocar vários sustos aos que aspiram o top16. Conseguiram “roubar” ao Lottomatica Roma Ibrahim Jaaber, base norte-americano com passaporte búlgaro, que há dois anos atrás uma Euroliga fantástica e este ano deve fazer um dueto igualmente fantástico com Morris Finley. O americano é tão imprevisível quanto a equipa, mas nos jogos em casa provavelmente irá agigantar-se.No perímetro, o arsenal de marcadores de pontos é nivelado com o das principais equipas, e é no jogo interior que a equipa tem sentido sempre problemas. Petravicius foi uma decepção na última temporada e Mason Rocca é um perfil muito baixo para aspirar a grandes coisas, por isso todas as opções passam pelo seja capaz de fazer Oleksey Pecherov. O pivot ucraniano chega da NBA ansioso por demonstrar que tem talentoso ofensivo e, se render, será a peça que faltava para a equipa de Milão poder ser uma alternativa de poder.Entradas: Oleksiy Pecherov, Nicolo Melli, Gabriele Ganeto, Ibrahim Jaaber, David Hawkins e Mike NardiSaídas: Massimo Bulleri, Mike Hall, Luca Ianes e Jeffrey ViggianoDepois de uma vida em Itália, David Hawkins volta a mudar de equipa. Desde que desembarcou em Rieti, em 2004-05, jogou apenas em equipas transalpinas – Roma (2005-08), Milan (2008-09) e Siena (2009-10).Virtus RomaNo ano passado, a temporada não correspondeu às expectativas e foi necessária uma reformulação do projecto em busca da regularidade que tem faltado. Cinco anos na Euroliga dão-lhe uma base sólida, como instituição, e agora pode ser a hora de voltar ao Top16. Para isso contam com Darius Washington, um eléctrico jogador que se sobressaiu na Eurocup como um grande marcador pontos, mais do que base organizador.No interior, Ali Traore é um reforço de luxo para os romanos. O francês é um dos poucos cincos clássicos que actuam na Europa. Sabe jogar, como poucos, de costas para o cesto e assegura alguns ressaltos e intimidação. Angelo Gigli e Charles Smith são os outros pilares de uma equipa à procura de se reencontrar depois da decepção sofrida.Entradas: Darius Washington, Nihad Dedovic, Joshua Heytvelt, Ali Traore, Charles Smith e Vladimir Dasic.Saídas: Ibrahim Jaaber, Andre Hutson, Kennedy Winston e Ricky MinardDe destacar a passagem de Bojan Tanjevic dos campos para os escritórios. Após de ter conduzido a Turquia a vice-campeã do mundo, o treinador bósnio assumiu o cargo de director do clube da capital italiana.Partizan BelgradoDepois de ter atingido a final-four da competição, a equipa do Partizan não pode ser aspirante ao título, isto porque já não existe como tal. Com toda a temporada de verão, os grandes clubes europeus levaram o que de melhor havia em casa … e desta vez não se contentaram com os jogadores. A saída de Vujosevic deixa a equipa órfã. Depois de muitos anos ficaram sem o seu líder e será difícil de o substituir, especialmente se considerarmos que a espinha dorsal da equipa foi desfeita e que no comando técnico está agora o jovem Vlada Jovanovic, de apenas 37 anos.Não estão McCalebb, Rasic e Maric … nem Roberts nem Vranes. Demasiado para qualquer equipa, mas não para o Partizan. Uma formação que se reinventa a cada ano e desta vez não será diferente. Do chapéu são retirados jogadores desconhecidos que descobrem o mercado ou formam talentos para exportar. Desta vez, o desconhecido é Oliver Lafayette, um