Norberto Alves: «Não existem segredos milagrosos»

O treinador dos “estudantes” mostra-se orgulhoso do feito alcançado pelos seus jogadores na última jornada da competição, mas avisa que este triunfo tem de ser seguido de mais vitórias, caso contrário, alerta, não terá servido de nada.

Não poderia desejar melhor forma para terminar o ano desportivamente… Sem dúvida. Os jogadores estão de parabéns pelo trabalho realizado. Esta época começámos muito tarde a treinar o que, face à nossa forma de jogar, fez com que a equipa no início do campeonato não estivesse ao nível desejado.Os ajustes no plantel produziram os efeitos que idealizou para o grupo de trabalho? Contribuíram para esta vitória? Após algumas jornadas sentíamos que necessitávamos melhorar ao nível da posição de segundo base. Foi por isso que o Will Holland veio – treinava com a equipa do Penafiel e estava disponível. Ele não é uma estrela mas encaixa muito bem na nossa forma colectiva de jogar, contribuindo para sermos mais fortes. Só fizemos esse ajuste. O Will contribuiu para esta vitória mas o mais importante é sempre a equipa.Quais foram os segredos utilizados, para terem sido a primeira equipa a derrotar o FC Porto? Nestas coisas não existem segredos milagrosos. Elaborámos um plano de jogo, treinámos e cumprimos esse plano de uma forma concentrada e colectiva. Fazemos sempre isso e este jogo não foi diferente. Às vezes ganhamos outras não. Mas sei que os jogadores acreditam muito no seu trabalho e uns nos outros. Agora, o mais importante é continuar aganhar senão esta vitória não servirá de nada. Mas que fique claro: não encarámos este jogo de uma forma diferente dos outros.O terceiro lugar, por aquilo que já observou das outras equipas, é uma posição possível de manter até ao inicio do playoff? Vai ser muito difícil manter o terceiro lugar. Algumas equipas têm mais potencial do que nós e a nossa segunda volta vai ser muito complicada. Queremos atingir os nossos objectivos: assegurar a manutenção e, se possível, ir ao playoff. As duas derrotas em casa, no início do campeonato, com o Ginásio e o Illiabum, poderão no futuro condicionar muito esses objectivos. Mas vamos ver. Confio muito nos jogadores, no seu carácter e na grande coesão da equipa. Essas são as nossas armas e nós vamos usá-las.Que prenda de Natal gostaria de ter para a sua equipa? Não quero pedir nada de especial. Somos uma equipa unida que mereceu este Natal. Temos de continuar unidos – é só isso que eu desejo. Estas quatro vitórias consecutivas foram já uma boa prenda ao esforço e dedicação de todos – jogadores, Comissão Administrativa, que não deixou morrer o basquetebol depois de um Verão complicado, aos colaboradores mais directos – Jacinto Silva e Manuel Jonshon em termos técnicos e ao trabalho espectacular do Carlos Gonçalves, Pedro Dias, Luís Rodrigues, Décio Temporário e José Sousa.Uma palavra de agradecimento, também, para todos os que na secção de basquetebol da AAC colaboram desinteressadamente para que tantos jovens pratiquem desporto. A Académica somos todos nós.Desejo a todos os adeptos da Académica um bom Natal e o muito obrigado pelo vosso enorme apoio em nome da nossa equipa.Às outras pessoas que também vão ver os nossos jogos mas que não nos apoiam, manifesto, reconhecido pela vossa superior importância para o basquetebol, os meus sentimentos de júbilo face à vossa participação na modalidade. Desejo-vos, igualmente, felicidades e um feliz ano.