Benfica supera dragão

O Benfica venceu este domingo a 2ª edição da Taça Hugo dos Santos ao derrotar o FC Porto, por 76-75, na última jornada da prova, disputada no Sabugal.

Competições
16 JAN 2011

O encontro, decidido nos instantes finais, foi deveras emocionante e os muitos espectadores que estiveram nas bancadas do pavilhão tiveram a oportunidade de assistir a um belíssimo espectáculo.

Tratava-se de uma final com uma Taça em disputa, daí ser natural a forma como o jogo começou, com muitos nervos à flor da pele, contacto físico e acima de tudo grande dose de ansiedade. O Benfica foi a primeira equipa a serenar e rapidamente chegou ao 6-1, embora não tenha mantido por muito tempo o comando do marcador mercê de um parcial de 8-0 favorável aos portistas (9-8).Os comandados de Moncho López privilegiavam as transições rápidas e, quando se encontravam em ataque organizado, tentavam sempre buscar primeiro o jogo interior para na continuidade libertar os atiradores. E foi da linha de três pontos que os dragões marcaram a diferença na parte final do 1º período, terminando na frente com 7 pontos de vantagem (25-18).No segundo quarto os portistas tudo fizeram de entrada para dilatar a vantagem, período durante o qual os encarnados demonstraram capacidade de sofrimento para se manterem na discussão do jogo.A partir do momento em que o Benfica passou a controlar a sua tabela defensiva e começou a jogar em ataque utilizando as penetrações em drible, os problemas causados à defesa portista aumentaram substancialmente (faltas provocadas), reflectindo-se naturalmente no aproximar do resultado.O norte-americano Sean Ogirri deu sempre um toque de classe ao ataque azul e branco, não tanto pelos triplos que marcou, mas pela forma como liderou e criou jogo para os seus companheiros. Mesmo no final do primeiro tempo um lançamento de Eky Viana debaixo do cesto estabelecia o resultado da primeira parte favorável ao Benfica (42-41). Na etapa complementar Carlos Andrade contagiou a equipa nortenha com a sua atitude positiva, liderando-a de novo ao comando do marcador. Duas faltas consecutivas de Sérgio Ramos (4ª falta) atiravam o capitão encarnado para o banco, isso quando faltavam 7:17 minutos para o termo do período.A meio do período Moncho López quis mexer com o jogo introduzindo a defesa zona, que em determinados momentos se estendia campo todo, na tentativa de criar algum desconforto ao ataque encarnado. O Benfica foi resolvendo as dificuldades, só não conseguiu parar a mão quente de Ogirri que na parte final do período que, com dois triplos consecutivos, fazia subir a vantagem azul e branca para 8 pontos (60-52). No inicio do 4º período regressaram as dificuldades benfiquistas em controlar a sua tabela defensiva, que mais do que proporcionar novas posses de bola causava alguma frustração na equipa encarnada. Na defesa, Moncho López voltava apostar na zona 2×3 como forma de parar o ataque encarnado, já em ataque Sean Ogirri ia dando espectáculo resolvendo a maioria dos problemas ofensivos dos dragões.Mérito do Benfica, que num período difícil não se desuniu, demonstrou paciência a atacar a zona utilizando um argumento em que o FC Porto tinha sido dominador – o ressalto ofensivo. Uma falta anti-desportiva assinalada a Carlos Andrade rendeu 4 pontos ao Benfica, empatando o jogo a 64 pontos, com 3.40 para jogar.Henrique Vieira decidiu apostar tudo sentindo que era o momento do jogo, fazendo reentrar Sérgio Ramos, que poucos segundos volvidos cometia a 5ª falta na tentativa de um desarme de lançamento.Os 3 minutos finais foram repletos de emoção levando ao rubro o público que enchia o pavilhão do Sabugal. Várias alternâncias no marcador, com ambas as equipas a darem a sensação que tinham o jogo controlado. Primeiro o FC Porto, quando liderava por 3 pontos (73-70), explorando o jogo interior de Greg Stempin, mas um lançamento com falta de Miguel Minhava, seguido da conquista do ressalto ofensivo por parte de Heshimu Evans, colocava o Benfica na frente (74-73).Stempin falhou no ataque seguinte um lançamento triplo, os portistas colocaram na linha de lance-livre Ben Reed que apenas converteu um (75-73), para logo de seguida, quando faltavam apenas 4.5 segundos, cometer falta no meio campo sobre Sean Ogirri que não tremeu na conversão dos dois lançamentos a que teve direito (75-75).Henrique Vieira pede um desconto tempo para preparar um último ataque, dando a oportunidade a Moncho López de colocar em campo um cinco alto na perspectiva de poder efectuar trocas em todos os bloqueios, mas foi surpreendido pelo ataque directo na posição de poste médio com um passe para Heshimu Evans, que sofreu falta quando atacou em drible o cesto.Dois lances-livres com 1.5 segundos no relógio, tendo bastado a Evans converter o segundo para garantir o triunfo e a vitória na prova. O base encarnado Miguel Minhava (15 pontos, 7 ressaltos e 2 assistências) foi o MVP da final, tendo sido bem secundado por Ben Reed que foi o melhor marcador da equipa com 18 pontos.No FC Porto o norte-americano Sean Ogirri (18 pontos, 4 assistências e 2 ressaltos) realizou um encontro de grande nível, onde se destacou também Carlos Andrade (13 pontos e 5 ressaltos) com a sua habitual forma de estar dentro de campo

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16 JAN 2011

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