Benfica supera Vitória

O Benfica conquistou o direito de disputar a final da II edição da Taça Hugo dos Santos este domingo, frente ao FC Porto, detentor do título, pela forma como defendeu na segunda parte, perante um Vitória de Guimarães (70-62), que deu uma imagem bem mais condizente com aquilo que vale e é capaz de fazer comparativamente ao que sucedeu na véspera.

Competições | FPB
15 JAN 2011

Uma grande final em perspectiva entre os dois primeiros classificados da primeira volta do campeonato, que até aqui provaram o favoritismo que lhes era atribuído.

Tendo em conta o que se tinha passado no dia anterior com a equipa do Vitória, os encarnados começaram o jogo a defender zona, quanto mais não fosse para testar a forma como o adversário se comportaria mentalmente perante o mesmo tipo de problema.Rapidamente abandonou a estratégia o técnico benfiquista Henrique Vieira que, não satisfeito com os resultados obtidos, preferiu recorrer ao habitual hxh. Os vimaranenses mostraram-se muito mais consistentes no capítulo do lançamento, de forma a manter até final do período ligeiro ascendente sobre o adversário que colocava como principal problema a ultrapassar a vantagem física de Heshimu Evans (7 pontos) nas áreas próximas do cesto (22-19).No segundo quarto o ritmo do jogo foi bastante elevado, com os dois conjuntos a pretenderem jogar em transições rápidas, ou através da exploração das penetrações em drible, proporcionando bons momentos de basquetebol como resultado de grandes assistências.Se as trocas nos bloqueios directos por parte do Vitória tinham a vantagem de desregular as movimentações ofensivas encarnadas, não é menos verdade que beneficiavam os benfiquistas na luta dos ressaltos, bem como nas diferenças de estatura nos emparelhamentos defensivos. Nesta luta de forças os vitorianos foram conseguindo manter-se na frente do resultado, muito à custa das penetrações em drible, que terminavam em bandejas ou idas para a linha do lance-livre. A vantagem de dois pontos (41-39) favorável aos minhotos deixava tudo em aberto para o segundo tempo.O terceiro período foi intenso, com as duas equipas a lutarem por cada posse de bola, em que nada era conquistado facilmente. Como resultado desta supremacia defensiva, perdeu o jogo em pontos, o que não significou que o jogo se mantinha atractivo e empolgante, pois percebia-se o quanto se batalhava dentro de campo.Nos instantes finais do período os comandados de Henrique Vieira inverteram a sua posição no marcador, indo para o derradeiro quarto a liderar por dois pontos de vantagem (56-54).Ganhou na aposta que fez Henrique Vieira ao colocar em campo um cinco que mais garantias defensivas lhe davam para parar as penetrações do adversário, mesmo tendo que abdicar de um puro base e atribuindo mais responsabilidades ao menos utilizado Eky Viana, que esteve em muito bom nível.A vantagem de 7 pontos (63-56) conquistada pelos encarnados, mesmo antes do meio do período, viria a revelar-se decisiva, pela forma empenhada como a defenderam, resistindo ao espírito abnegado do conjunto minhoto. Mais do que ter feito uma grande exibição ofensiva, os benfiquistas venceram a defender limitando o conjunto orientado pelo técnico Fernando Sá a 21 pontos face aos 41 sofridos durante o primeiro tempo. O internacional Heshimu Evans (17 pontos, 5 ressaltos e 2 assistências) foi o jogador mais valioso do jogo, como consequência da sua eficiência ofensiva. O norte-americano Ben Reed (13 pontos e 2 assitências) acabaria por ser determinante na estratégia defensiva da equipa, bem como Eky Viana que, apesar de não ter grandes números, foi grande no trabalho invisível e que normalmente não aparece nas estatísticas.Nos minhotos, a dupla de norte-americanos composta por Kevin Martin (15 pontos e 4 ressaltos) e Nolan Richardson (14 pontos e 3 assistências) enquanto foi capaz de fazer pontos liderou o Vitória no comando do marcador.

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15 JAN 2011

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