Águia puxa dos galões

No segundo jogo da noite o SL Benfica teve capacidade de sofrimento, valendo-se depois na segunda parte da excelência do seu tiro exterior (7 triplos no último período) para levar de vencida uma Académica (86-77) que se bateu dignamente.

Competições
14 JAN 2011

Os problemas colocados pela equipa de Coimbra valorizam ainda mais a vitória encarnada, que voltou a revelar alguns atributos que fizeram dela bicampeã nacional.

No segundo jogo da noite, que colocou frente a frente Benfica e Académica, denotou-se um grande conhecimento mútuo, com ambas as equipas a conhecerem na perfeição os movimentos ofensivos da formação contrária.Os encarnados tentaram surpreender com alternâncias defensivas, defendendo zona de cada vez que convertiam cesto, sendo o hxh a defesa escolhida após cesto falhado. A boa disciplina táctica dos conimbricenses permitiu-lhes superar as dificuldades colocadas, sabendo identificar que tipo de defesa tinham pela frente.No 1º período as defesas superaram os ataques, o que explica em parte as más percentagens de lançamento dos dois conjuntos. O único triplo dos primeiros 10 minutos por parte da Académica acabou por ditar a vantagem dos comandados de Norberto Alves no final do quarto inicial (13-10).No segundo período a qualidade do jogo melhorou, com a Académica a revelar sempre um ligeiro ascendente, explicado pela versatilidade de Tommie Eddie e pelas penetrações de Fernando Sousa, isto sem esquecer o papel desempenhado pelos outros dois estrangeiros, verdadeiros atletas de equipa, que cumpriram quase na perfeição com os seus papéis.Ao melhor momento dos estudantes respondeu o capitão encarnado, Sérgio Ramos, que, depois de um período em branco marcou 8 pontos, tornando-se na referência ofensiva do ataque encarnado. Sem jogar bem, os benfiquistas conseguiram evitar que o adversário disparasse no marcador, terminando a 1ª parte, embora a perder, na discussão do resultado (27-32).A etapa complementar começou a todo gás com os conjuntos a revelarem grande acerto nos lançamentos longos, algo que não se tinha verificado durante os primeiros 20 minutos. Obviamente como consequência dessa melhoria a qualidade e a espectacularidade do jogo aumentou significativamente, para contentamento das muitas pessoas que praticamente enchiam a bancada do pavilhão.Os benfiquistas aumentaram a pressão defensiva, sentindo-se pela primeira vez na partida, alguma intranquilidade da equipa da Académica, que à passagem do 4º minuto já perdia pela diferença mínima (41-42). Um triplo de Tommie Eddie restabelecia a confiança na equipa de Coimbra, seguindo-se até final ao final do período um grande o equilíbrio com alternâncias no comando do marcador, acabando por ser o Benfica a terminar na frente pela vantagem mínima (56-55).Os minutos iniciais do derradeiro quarto foram intensos, com as duas equipas a apostarem na defesa, houve contacto físico, tornando-se num jogo duro mas leal. Até que sensivelmente a meio do período a qualidade do tiro de longa distância dos encarnados começou a fazer a diferença no resultado. Quatro triplos consecutivos, todos por jogadores diferentes, colocavam as águias (que nos últimos 5 minutos acabaram por efectuar 7 triplos…) na frente do marcador por 71-63.A Académica nunca abanou, mantendo-se unida procurando sempre manter-se no jogo, que até o poderia ter conseguido, não fossem dois ressaltos ofensivos por parte dos encarnados, em situações pouco comuns, já que é o próprio lançador a capturar o ressalto do seu tiro.Demonstrando grande capacidade de sofrimento e frieza nos momentos de assumir a importância dos lançamentos, as individualidades do Benfica, mais concretamente Diogo e Ben Reed matariam o jogo com mais dois triplos no nono minuto, pese embora a fantástica atitude da Académica que lutou até final.O capitão de equipa Sérgio Ramos (17 pontos, 5 ressaltos e 3 roubos de bola), que dividiu o estatuto de melhor marcador da equipa com Ben Reed, foi aquele que deu o primeiro passo em frente, no sentido de abanar o conformismo encarnado que se vinha a instalar durante a 1ª parte. Na parte final os jogadores exteriores encarnados, Diogo Carreira (13 pontos), Ben Reed (17 pontos e 6 assistências) e Miguel Minhava (13 pontos e 5 assistências) fizeram a diferença.De nada valeu o prémio de MVP atribuído a Tommie Eddie (23 pontos, 8 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 desarmes de lançamento), que mesmo com o valioso contributo do seu compatriota Matthew Shaw (20 pontos, 7 ressaltos e 3 assistências), não evitou a derrota da equipa.

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14 JAN 2011

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