João Moreira: «Quero ganhar títulos»

O papel que desempenha no seio dos minhotos já fez com que fosse considerado “o norte-americano” da equipa.

Atletas | Competições
24 FEV 2011

Apesar de estar a atravessar um bom momento, João Moreira tenta conciliar diariamente o curso de medicina com o basquetebol, o que nem sempre é fácil, como explica nesta entrevista. Ambiciona chegar à Liga e espera que isso aconteça com o Barcelos, mas para isso, reconhece, há que continuar a “trabalhar e a evoluir como equipa.”

Ansiava por poder estar numa equipa que lutasse por títulos? Claro que sim. Acho que qualquer jogador com alguma ambição quer jogar para ganhar e se possível ganhar títulos.Apesar de esta temporada fazer parte de uma equipa muito mais competitiva, em algum momento da sua carreira se sentiu um pouco “esquecido” pela modalidade? Toda a gente gosta de ser reconhecida pelas coisas boas que faz, pelas coisas a que dedica e sacrifica muito tempo da sua vida, eu não sou excepção. Por isso mesmo, já foram várias as vezes em que me senti “esquecido”, mas se calhar foram esses momentos que me fizeram crescer mais como jogador e pessoa.Está a tirar o curso de medicina. Em algum momento sentiu que esse facto o tenha impedido de ir mais longe no basquetebol? Infelizmente sim. Por muito que me custe reconhecer isso tenho de dizer que o curso me retirou muito do tempo que precisava para evoluir. Ainda para mais no país em que vivemos que tenta dificultar sempre mais e mais a vida a quem pratica desporto e estuda.Como consegue conciliar as duas coisas? Tento conciliar, mas em certas alturas torna-se impossível fazê-lo . Umas vezes sai o basquetebol prejudicado outras o curso. O curso de medicina é um dos mais exigentes e um dos que ocupa mais tempo. Se a isso juntarmos o tempo despendido nos treinos e jogos, torna-se realmente impossível conciliar as duas coisas, mas o que dificulta mais é o cansaço. Quando chegas a casa depois de um treino ou mesmo um jogo, em que só queres é estar sentado no sofá a descansar, mas no dia seguinte tens um exame ou um trabalho para apresentar, aí sim, vês o quanto é difícil fazer as duas coisas.Tem jogado fundamentalmente em equipas com atletas portugueses. Acha que isso se pode tornar, de alguma forma, numa vantagem para o sucesso da equipa? Sim, toda a gente se entende melhor, fora do campo mas principalmente dentro dele. A união e a química entre o grupo é diferente. Mas isso por si só não chega, só tens sucesso se trabalhares e tiveres qualidade, falar a mesma língua não chega.Ser considerado o “americano” da equipa dá-lhe algum prazer ou provoca-lhe responsabilidades extra? As duas coisas. Desde que jogo em seniores, em algumas das equipas em que joguei era considerado o “americano” da equipa, tendo visto sempre isso como um elogio ao meu trabalho e também como uma grande mas boa responsabilidade, que me fazia trabalhar cada vez mais e melhor. Para si, que só este ano chegou a Barcelos, que qualidades destacaria para explicar o sucesso da equipa até este momento? A ” EQUIPA” , o trabalho, o empenho de toda a gente. Depois, claro, vem a ambição, toda a gente tem de o ser para atingir o sucesso quer no desporto quer na vida.Jogar na Liga ainda continua a ser um sonho? Pensa que será no Barcelos que vai chegar lá? Sim, acho que toda a gente sonha em jogar a um nível superior pelo menos é para isso que trabalho diariamente. Quanto ao Barcelos chegar à Liga vamos ver, existem muitas coisas que têm de ser tidas em conta, primeiro para isso acontecer temos de chegar pelo menos à final da Proliga, e isso só é possível se continuarmos a trabalhar e a evoluir como equipa.

Atletas | Competições
24 FEV 2011

Mais Notícias