A surpresa veio de Penafiel

O CB Penafiel continua a fazer história ao apurar-se para a grande final deste domingo da Taça de Portugal.

Competições | FPB
12 MAR 2011

Os penafidelenses, num jogo em que qualquer uma das equipas poderiam ter terminado como vencedora, à custa de muito esforço e capacidade de sofrimento derrotaram, após prolongamento (84-83), com uma tapinha de Londrick a um segundo do final, a Académica de Coimbra, que no final do tempo extra quase conseguia uma recuperação miraculosa.

O jogo começou amorfo, sem grande intensidade, contrariando o desejo manifestado pelo técnico penafidelense Manuel Povea que pretendia um elevado ritmo de jogo, de modo a beneficiar a estratégia que tinha delineado para esta meia-final.O conjunto de Penafiel demorou bastante tempo a entrar no jogo, muito por culpa da paciência ofensiva da Académica e da qualidade dos minutos dos jogadores que saltaram do banco para darem descanso às pedras fulcrais dos conimbricenses. Ao intervalo a Académica vencia por três pontos de diferença (33-30), resultado que deixava tudo em aberto para o segundo tempo.Na etapa complementar a equipa de Coimbra começou melhor e parecia que iria fugir no resultado, chegando rapidamente a uma vantagem acima dos dez pontos (41-30), fruto de um parcial de 8-0.O Penafiel estancou o avançar do marcador, aproveitando bem os problemas de faltas de alguns dos jogadores mais influentes da Académica para se manterem dentro do jogo à entrada do derradeiro quarto.No último período, Rui Mota (15 pontos, 4 assistências e 3 ressaltos) deu o mote com dois triplos ao inicio da recuperação da equipa de Penafiel, que com três minutos jogados no quarto já perdia por quatro de diferença (55-59).O técnico Norberto Alves, de modo a poder ter Shaw e Tommie Eddie, ambos com 4 faltas, dentro de campo, optou, sem grande sucesso, por uma defesa zona 2×3, coincidindo com o momento do jogo em que o Penafiel passou para a liderança do marcador (62-61), com pouco menos de 4 minutos para se jogar.Até final houve alternâncias no comando do jogo, tendo pertencido à Académica, através de um último lançamento de William Holland (18 pontos, 5 assistências e 4 ressaltos), a derradeira oportunidade para resolver o jogo no tempo regulamentar.Já sem Shaw, excluído com 5 faltas, Norberto Alves perdeu Tommie Eddie pela mesma razão durante o prolongamento. O desgaste fisco era tremendo e, a 51 segundos do final do prolongamento, parecia ter o jogo perdido, quando o resultado estava em 78-72, favorável ao Penafiel.Em apenas 41 segundos a Académica faz um parcial de 11-4, passando novamente para a liderança do marcador, com um triplo de Bruno Costa (83-82), após dois ressaltos ofensivos consecutivos, resultantes de um lance-livre falhado a castigar uma falta de Rui Mota sobre Holland quando em acto de lançamento de três pontos.Desconto de tempo pedido por Manuel Póvea, que colocou a responsabilidade em Jeremy Goode (13 pontos, 5 assistências, 4 ressaltos e 2 roubos de bola) para decidir o jogo. O norte-americano optou por penetrar em direcção ao cesto, surgindo depois a tapinha vitoriosa de Londrick (16 pontos, 9 ressaltos e 4 assistências) a um segundo do termo do prolongamento, que colocava o Penafiel na sua primeira final da Taça de Portugal.O norte-americano Matthew Shaw não esteve ao seu melhor nível, Tommie Eddie (14 pontos e 10 ressaltos) acabou por jogar menos tempo que o habitual, com Tiago Pinto (12 pontos, 4 ressaltos e 2 roubos de bola) a acrescentar qualidade vinda do banco.

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12 MAR 2011

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