CAB na final da Taça

Os insulares bem conduzidos pelo seu base Nathan Menefee (30 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências), revelaram um enorme coração, resistindo bem à forte reacção dos vimaranenses no último período do jogo.

Depois de uma primeira parte equilibrada, em que o CAB terminou na frente (35-32), graças ao seu bom desempenho na tabela ofensiva e à eficácia revelada nos lançamentos de curta e média distância, o inicio do segundo tempo foi decisivo para se encontrar o primeiro finalista da prova.Se durante o 2º quarto os comandados de João Freitas já tinham evidenciado ligeiro ascendente, no recomeço do encontro foi avassalador o domínio dos madeirenses (33-13). Todo o mérito para Nathan Menefee pela forma brilhante como conduziu a equipa, não só pelos pontos que marcou (19 pontos), como também pelo ritmo que impôs e os desequilíbrios que provocou na formação adversária.Foi um período negro para a formação vitoriana, que a determinada altura, como resposta ao insucesso colectivo ofensivo, passou a jogar mais com o coração do que com a cabeça. Os erros sucediam-se, com a agravante de deixar de recuperar defensivamente, permitindo cestos fáceis, ao ponto de se pensar que o jogo se poderia tornar num pesadelo (68-45).Restavam 10 minutos para os minhotos poderem ainda sonhar com a ambicionada final, e tudo fizeram para que isso acontecesse. Com um parcial de 10-0 a abrir o último período, a formação orientada por Fernando Sá voltava a ganhar alento para discutir o encontro até final (68-55). Inexplicavelmente, com algum cansaço à mistura, o CAB que tão bem estava a jogar, perdeu a coesão defensiva que vinha demonstrando, e no ataque aceleraram as suas tomadas de decisões, que em alguns casos terminaram em turnovers.Foram quase 5 minuto sem fazer pontos, e só da linha de lance-livre Shawn Jackson (13 pontos, 9 ressaltos e 3 roubos de bola) cortou o mau momento vivido pela equipa (70-65). Um triplo de Nathan Menefee, repleto de felicidade, a menos de 2 minutos do final do jogo, sentenciou o encontro (78-68), ao recolocar a diferença pontual que separa as duas equipas na casa das dezenas (78-68).O norte-americano da Fred Gentry (20 pontos, 7 ressaltos, 4 roubos de bola e 2 assistências) destacou-se pela sua eficácia, falhando apenas um lançamento de campo (7/8), tornando-o no jogador mais valorizado da meia-final com 29.5 de valorização.Nem o facto de terem terminado com cinco jogadores com mais de 10 pontos foi suficiente para que os vitorianos atingissem a tão desejada final, acabando por ser Paulo Cunha (12 pontos, 8 ressaltos e assistências) o mais valioso da equipa.