Penafiel nas meias-finais

A forma dominadora como principiaram o jogo fez com que os penafidelenses não tivessem grandes problemas para ultrapassar a Ovarense Dolce Vita (72-53), que apesar de não se ter apresentado da forma desejável, estava claramente numa noite desinspirada.

A forma como o conjunto orientado pelo técnico Manolo Póvea iniciou o encontro, com grande agressividade defensiva, disputa de cada posse de bola como se fosse a última e determinação na luta por cada ressalto, surpreendeu a equipa de Ovar.Os vareiros entraram de forma demasiado “soft”, um pouco na expectativa de ver o que o jogo dava. À falta de pontaria acrescentava-se uma deficiente recuperação defensiva, bem explorada pela equipa de Penafiel, que nos primeiros 10 minutos de jogo construiu uma vantagem de 18 pontos (22-5).Os cinco pontos marcados eram preocupantes, mas em momento algum o conjunto de Ovar, excepção feita ao internacional português Nuno Cortez, foi capaz de encontrar soluções ou explorar vantagens, que existiam, de modo a poder contornar a total ineficácia do lançamento exterior.Ao intervalo a diferença entre as duas equipas era de 19 pontos (42-23), o que espelha o decréscimo de qualidade do jogo no 2º período, como consequência do elevado número de perdas de bola pelos dois conjuntos.Para o segundo tempo havia a curiosidade em se perceber como iriam reagir as duas equipas a tamanha diferença pontual, acabando por ser o Penafiel a lidar melhor com a pressão de ter que gerir uma larga vantagem pontual.Sempre que a Ovarense ameaçava – chegou inclusive a 14 pontos de diferença no final do 3º período (40-54) – o que o colectivo não resolvia o talento individual de Jeremy Goode (18 pontos, 4 assistências e 3 ressaltos) e Londrick Wilson (16 pontos, 4 ressaltos e 2 assistências), recolocava a diferença entre as duas equipas na casa dos 20 pontos.Até final os penafidelenses controlaram por completo o desenrolar do jogo, frente a uma Ovarense algo desconcentrada, que tardou a entrar no jogo e que quando quis já não estava em condições, fundamentalmente mentais para discutir a passagem na eliminatória.Para além dos já referidos atletas na equipa de Penafiel, uma nota ainda para Rui Mota (13 pontos, 5 ressaltos e 5 assistências), pela especial influência, através dos seus triplos, que teve no disparar no resultado por parte da equipa penafidelense.No descalabro colectivo vareiro salvou-se Nuno Cortez (22 pontos, 6 ressaltos, 4 roubos de bola, 2 assistências e 2 desarmes de lançamento) que, mesmo sem vencer, foi o MVP do jogo com 26.5 pontos de valorização.