Máquina de multiplicar

Três vitórias, 280 pontos e 43 triplos são números assombrosos para uma semana. Especialmente se no espaço competitivo de oito dias entrarem em cena segundo, terceiro e quinto classificados, derrotados, cada um na sua vez, pela exuberância de um jogo ofensivo que superou os seus próprios números.

Atletas | Competições
28 MAR 2011

Mesmo recordando que os jogadores não são máquinas, Moncho López diz que o ritmo é para manter.

Melhor ataque da fase regular, com 1761 pontos em 20 jornadas, perfazendo uma média de 88 por jogo, o FC Porto Ferpinta suplantou o seu próprio registo numa semana, com um cálculo moderado de mais de 93 pontos por encontro, sendo que em dois deles, frente ao Benfica e à Académica, transpôs a barreira da centena.O acumulado dos oito dias de competição poderia ter sido ainda mais amplo, não tivesse a semana começado em Ovar, diante de uma equipa cuidadosamente talhada para defender e que tem por estratégia a gestão escrupulosa dos 24 segundos para lançar ao cesto, dados que reduzem substancialmente as pontuações dos jogos em que participa.Os dados estatísticos das três partidas vincam, também, a apetência triplista dos Dragões, que acumularam 43 triplos ao longo da semana, proporcionando a soma de 129 pontos, quase metade (46%) dos números globais dos oito dias em que Ovarense, Benfica e Académica não resistiram à alta rotação portista.Com 50 pontos, Sean Ogirri emerge como o mais concretizador do período em análise. Entre assistências e a gestão do ritmo, o base norte-americano converteu a marca impressionante de 14 triplos, cerca de um terço da soma de lançamentos de três pontos marcados pela equipa, numa contabilidade geral em que mais três jogadores ultrapassaram as quatro dezenas de pontos: Greg Stempin, Julian Terrell e Nuno Marçal.Com o primeiro lugar da fase regular garantido desde a vitória na Luz, conseguida na quarta-feira, o FC Porto Ferpinta, que detém também a segunda melhor defesa da prova, alarga o propósito de manter a intensidade de jogo e a qualidade do espectáculo nos dois jogos ainda por disputar, embora Moncho López tenha advertido, depois de derrotar a Académica, que «os jogadores não são máquinas». Compete, agora, a Illiabum e CAB Madeira, os adversários com destino cruzado com os Dragões antes dos playoffs, desfazer as dúvidas sobre a natureza cibernética do plantel azul e branco.

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28 MAR 2011

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