Uthaya Drye em entrevista
No próximo sábado, a equipa sénior feminina do CAB disputará o primeiro dos jogos da Final da Liga Feminina de Basquetebol.
Atletas | Competições
13 ABR 2011
Nas vésperas de um embate decisivo para as aspirações do CAB na presente edição da Liga Feminina, a tleta Uthaya Drye, uma das estrangeiras da equipa feminina do CAB, concedeu uma entrevista ao site do clube onde abordou a forma como a época tem decorrido à formação Madeirense e as aspirações do conjunto para o futuro próximo.
A Final da Liga Feminina é disputadas à melhor de cinco partidas. Os primeiros dois jogos serão disputados no Pavilhão do CAB e os dois embates seguintes serão disputados em Cascais, no pavilhão do Quinta dos Lombos. Se necessário, o quinto e decisivo jogo será disputado na Madeira, na casa do CAB.Tendo terminado a fase regular da competição em primeiro lugar, factor que permite ao CAB desfrutar da vantagem inerente ao factor casa no decurso dos ‘playoff’, o clube ‘carimbou’ a sua passagem para as meias-finais vencendo a equipa do Torres Novas, e, para as finais, derrotando o mediático Algés. Segue-se o Quinta dos Lombos, uma das equipas mais fortes da presente edição da Liga Feminina, que investiu significativamente em atletas com experiência internacional e de Selecção Nacional.CAB: Que ideia tinha do basquetebol português antes de se juntar ao CAB?UD: Uma vez que este é o primeiro ano que jogo fora dos EUA, não tinha a certeza do que me esperava em Portugal nem do estilo de jogo que é praticado na Liga Portuguesa. Após as primeiras semanas de treinos e de jogos, uma das maiores diferenças que identifiquei entre o basquetebol português e o americano é a intensidade física que se coloca nos jogos que aqui são disputados. Por exemplo, algumas das faltas que são averbadas às jogadoras no basquetebol americano, não são consideradas aqui.CAB: Veio dos EUA, um país muito diferente de Portugal e da Madeira. Quando chegou à Região, o que é que a surpreendeu mais, quer pela positiva, quer pela negativa?UD: Um dos aspectos positivos que destaco acerca de Portugal e da Madeira é o clima. A ilha é linda, as pessoas são simpáticas e há várias actividades de que gosto que estão à minha disponibilidade aqui, como ir às compras e à praia. Outro dos aspectos positivos que destacaria é o facto de estar rodeada de pessoas que falam inglês, o que facilita a comunicação e ajuda a integração no contexto da ilha. Quanto a aspectos negativos, refiro as tempestades passageiras que, por vezesm afectam a ilha, especialmente as que envolvem trovoadas e relâmpagos… Eu não gosto de relãmpagos, por isso fico um pouco assustada quando isso acontece. CAB: Que ideia tem do CAB e da organização do Clube?UD: O Clube e a organização são extremamente sensíveis ao conceito de ‘família’ e virados para as actividades que envolvem as famílias, que é um aspecto que eu adoro e com o qual me identifico. A noção de ‘família’ é uma que é muito importante para mim, e, dado que este é o meu primeiro ano a jogar fora dos EUA, foi muito importante para mim, pessoalmente, encontrar um clube que coloca a família em primeiro lugar.Além disto, sinto que encontrei um ambiente muito saudável no CAB, o que me permitiu criar laços e estabelecer amizades, dentro e fora do Clube. Refiro também o facto de que a Direcção e os funcionários do Clube fazem sempre tudo o que está ao seu alcance para que nos sintamos confortáveis, respeitadas e para que nada nos falte.CAB: Uma das críticas que normalmente são feitas dos jogadores profissionais, em qualquer modalidade, é a distância que mantêm relativamente aos jovens dos escalões mais novos. Como é, no CAB, a relação entre os atletas e as atletas séniores e as escolas de Formação?UD: Não penso que existam distâncias entre os escalões séniores e as camadas da Formação. O CAB esforça-se imenso para envolver os jogadores da Formação nas actividades dos séniores e para integrar os Séniores no espírito que está subjacente aos escalões da Formação. Sentimos que somos todos um Grande Clube, independentemente do nossos escalão etário. Eu, pessoalmente, estabeleci amizades com atletas de equipas da Formação, com as quais partilho conversas e convívios dentro e fora do Pavilhão… Por outras palavras, no CAB, somos uma GRANDE FAMÍLIA!…CAB: Como classifica o basquetebol que é jogado na Liga Portuguesa?UD: É um basquetebol que é muito diverso… Enquanto, nos EUA, verifica-se uma maior ênfase no aspecto atlético e nas capacidades físicas, aqui, a maioria das jogadoras sabe jogar em diversas posições e lançar de diferentes zonas do campo. Por outro lado, acredito que, nos EUA, o basquetebol é jogado a um ritmo mais elevado, o que confere às equipas e às jogadoras características e aptidões basquetebolísticas diferentes. CAB: Que factores permitiram ao CAB chegar à final da Liga Feminina?UD: Para chegarmos à final, a equipa teve de manter um elevadíssimo espírito de grupo e executar na perfeição as pequenas coisas que também existem nos jogos de basquetebol. Por exemplo, tivemos de desenvolver uma atenção especial ao ritmo do jogo e saber quando acelerar e quando aumentar a velocidade a que jogamos. Também, na defesa, tivemos que apurar muito bem a nossa capacidade de funcionar como um grupo coeso e de saber responder, como equipa unida, ao desenvolvimento do jogo e à forma de atacar das adversárias.Quanto ao ataque, tínhamos consciência que é preciso marcar pontos, mas também tivemos que aprender a cuidar da bola, isto é, a aproveitar o melhor possível todas as oportunidades de ataque que temos. Para isto, foi fundamental que tivéssemos ambição, um grande coração e muita alma. Hoje, no CAB, toda a gente quer ganhar, toda a gente quer erguer o troféu de campeão e toda a gente está disposta a se sacrificar para que a equipa possa atingir os seus objectivos. Estamos unidas no nosso propósito.CAB: Que expectativas podemos ter da prestação da Equipa Feminina nos jogos da final que se aproximam?UD: Aquilo que podemos garantir é que vamos jogar no limite e deixar tudo o que temos no campo. Vamos trabalhar como equipa, vamos nos dedicar ao objectivo como equipa e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance de modo a que possamos ganhar o título.CAB: Gostaria de deixar alguma mensagem aos Madeirenses e aos adeptos do basquetebol?UD: Queria agradecer por todo o apoio que nos têm dado ao longo da época e pela forma extraordinária como têm estado do nosso lado ao longo dos vários meses de competição. Quero também pedir que nos continuem a apoiar e que nos ajudem a trazer o título para a Madeira. As nossas vitórias são também vitórias para a Madeira, por isso, venham nos apoiar. As vossas vozes dão-nos força e o vosso apoio é fundamental!