«Temos que ser como um relógio»
Exibições rigorosas, com automatismos precisos a assemelharem-se aos mecanismos de um relógio, é a solução prescrita por Moncho López, num género de exigência que alarga a toda a série da final, a começar já pelo jogo 1, agendado para as 20h30 de sexta-feira, no Dragão Caixa.
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13 MAI 2011
Carlos Andrade concorda e reconhece que os detalhes podem ditar o vencedor.
Treinador e extremo fizeram a antevisão do primeiro jogo da final dos playoffs, frente ao Benfica e, mesmo distinguindo o grau de dificuldade, mostram-se preparados para arrancar na frente e conquistar o título. Com ou sem favoritismo, que Moncho assume sem reservas nem receios, mas com muito bons argumentos. Moncho de bem com a pressão do futebol e do andebol«Há que assumir o favoritismo de duas maneiras. Primeiro, com um grande orgulho, porque é real: uma equipa que faz 28 jogos na fase regular e sofre apenas uma derrota tem que assumir o favoritismo. Segundo, porque se o adversário também assumir o favoritismo, tu já estás a ganhar alguma coisa. A nós não nos intimida assumi-lo, até porque estamos num clube tão grande que a nossa competência gera admiração e inveja.»«Será difícil, mas estamos preparados para tudo. Vai ser uma final com muitos jogos, com muito equilíbrio. A experiência diz-nos que o factor casa ajuda, mas que não é assim tão decisivo.»«O Benfica mudou muito ao longo da época. Estamos a falar de uma equipa que alterou muito o plantel, pelo que já não sei dizer se vamos defrontar um Benfica diferente, embora já tenhamos jogado contra este Benfica, com o Marquin Chandler. Mais importante do que isso é que nós somos a mesma equipa desde o primeiro dia, estamos mais consolidados, com os papéis bem assumidos.» «Vencer, depois dos títulos do futebol e do andebol, é uma pressão extraordinária, que eu gosto de sentir. É uma pressão boa, que nos orgulha e nos motiva. É como sentir o êxito de um familiar. Queremos estar com eles e ser como eles, os nossos irmãos mais velhos. Nesta altura, o basquetebol é o miúdo que quer terminar o seu curso e que vai consegui-lo.»«Temos que fazer um jogo disciplinado, controlando todos os pormenores que dependem de nós, tanto a nível estratégico como mental, independentemente do jogo físico e da agressividade extrema que o adversário possa impor. Há outros dados, técnicos e tácticos, que não dependem daquilo que o adversário possa fazer e nos quais temos que revelar grande precisão. Temos que ser como um relógio e os nossos automatismos têm que estar perfeitamente afinados.»«As finais provocam ansiedade e a tensão natural desta altura da época, porque se trata de uma grande decisão. Mas será um nervosismo que teremos de controlar com a força mental de quem irá jogar. E os nossos adeptos também ajudam muito. O factor casa é uma ajuda extra, mais ainda com uma casa como esta e com adeptos como este.»Carlos Andrade diz que é só o «primeiro período»«Quando a bola vai ao ar, acredito mais no trabalho, na dedicação e no orgulho do que na superstição. Por isso, o facto de o jogo se disputar a uma sexta-feira 13 não me diz nada.»Vai ser um jogo duro, um clássico numa final dos playoffs, pelo que não é preciso dizer muito.»«Temos que pensar no que temos que fazer, no que temos vindo a fazer ao longo da época, que nos colocou neste lugar e nos dá o factor casa. Mas a experiência diz-nos que o factor casa não é tão relevante. Esperamos uma série longa e estamos preparados para ela.»«O nosso objectivo principal está intacto e amanhã é só primeiro período.»«Quem melhor conseguir executar o plano táctico tem grandes probabilidades de sair vencedor.»