Final regressa ao Dragão

Após quatro jogos disputados da série final da Liga Portuguesa de Basquetebol, FC Porto e SL Benfica estão empatados a dois, pelo que o jogo da próxima quinta-feira volta a assumir carácter importante na definição de para que lado volta a cair esta final.

Competições
24 MAI 2011

Embora os benfiquistas regressem a um pavilhão onde recentemente passaram mal, sabem perfeitamente que para se sagrarem campeões nacionais têm de pelo menos vencer um jogo no Dragão Caixa. Por outro lado, o encontro da próxima quinta-feira, às 20.30 horas, será um importante teste para os dragões se recolocarem na mó de cima, depois do domínio exibido nos dois primeiros encontros desta final.

É indiscutível a superioridade evidenciada pelos dragões nos dois primeiros jogos desta final, com os comandados de Moncho López a “esmagarem”, perante o seu público, o grande rival Benfica, que não teve argumentos e carácter para contrariar o domínio dos azuis e brancos.Surpreendeu o desnível dos resultados verificados, dando a imagem de que os portistas se apresentavam demasiado fortes nesta final. O grupo de trabalho encarnado não escondeu que saiu embaraçado do norte, não só pela má imagem deixada, bem como pela incapacidade demonstrada de lutar contra a adversidade.E talvez seja neste aspecto que muito se irá decidir desta final. Foram notórias as melhorias evidenciadas pelos comandados de Henrique Vieira, ao ponto de empatarem a eliminatória. Os lisboetas foram mais fortes e quase sempre estiveram no comando do jogo. Isto para dizer, que fica a incerteza quanto à capacidade dos encarnados reagirem a maus períodos durante o jogo, já que o acréscimo de moral resultante destes dois últimos triunfos, em teoria, permitirá aos encarnados se comportarem de forma diferente caso se repita o ascendente inicial dos dragões.Em casa, o FC Porto não tem dado hipóteses aos adversários, conseguindo na maioria das vezes ser dominador. Foi assim durante a fase regular e manteve-se desse modo durante todas as rondas do playoff, final incluída. Nas duas derrotas em Lisboa, a turma azul e branca nunca se desuniu, soube sempre correr atrás do prejuízo, mesmo quando parecia difícil, dando a sensação que o espírito de grupo em nada saiu abalado. A defesa zona não surtiu o sucesso dos primeiros jogos, as oportunidades para fazer contra-ataque diminuíram, o tiro de três pontos não foi eficaz, tudo isto se reflectiu na capacidade da equipa em fazer pontos no ataque, já que foi obrigada a jogar mais vezes em ataque organizado e sem a liberdade ofensiva que teve nos dois primeiros jogos. Do lado benfiquista, julgo que as melhorias defensivas foram a base do sucesso, bem longe dos mais de 90 pontos sofridos, fruto do aumento da agressividade defensiva, mas também pelo maior sucesso conseguido no ataque. A melhoria das percentagens de lançamento, a presença no ressalto ofensivo, a melhor recuperação defensiva, em conjunto, alterou por completo a forma como os jogos foram disputados.Será de esperar um FC Porto novamente interessado em aumentar o ritmo de jogo, a procurar uma grande mobilidade nos seus movimentos ofensivos, com alternâncias defensivas de modo a provocar desconforto ofensivo ao adversário e desejoso, com o apoio do seu público em regressar ao comando desta eliminatória.O inicio do jogo poderá representar muito na forma como o Benfica se irá apresentar neste quinto jogo, pois um jogo equilibrado em nada será desfavorável a uma equipa que tem jogadores muito habituados a grandes finais. O tiro exterior, pela forma como ataca as defesas zona, vai ser um aspecto decisivo, tal como a consistência defensiva, quando for necessário compensar o insucesso atacante com o êxito defensivo. As mais-valias individuais julgo que terão um peso superior na performance colectiva da equipa lisboeta, que tem a vantagem de ter “recuperado” alguns atletas que pareciam cartas fora do baralho no arranque deste playoff.É esperada muita emoção, numa final que está a corresponder às expectativas, isto porque as vitórias é que irão decidir o futuro campeão, sendo irrelevante pelos números que são conseguidas. Até a próxima quinta-feira pouco irá a fazer, se bem que, pequenos ajustes podem revelar-se em enormes vantagens durante o desenrolar do encontro.

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24 MAI 2011

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