Benfica relança-se na final
A equipa do Benfica transfigurou-se para o jogo 3 da final Liga Portuguesa de Basquetebol, reduzindo para 1 a diferença que agora separa as duas equipas (1-2), isto depois de ter derrotado o FC Porto por 86-79.
Competições
21 MAI 2011
Com este triunfo os encarnados não comprometeram a discussão pela renovação do título, se bem que os pressupostos para o próximo encontro desta série pouco ou nada se alteraram para ambas as equipas. Os dois clubes voltam a defrontar-se este Domingo, pelas 17 horas, novamente no pavilhão Império Bonança, na Luz.
O conjunto lisboeta reagiu bem à pressão que tinha sobre si, limpando um pouco a pálida imagem que tinha deixado nos dois jogos do passado fim-de-semana. Era fácil de perceber que uma nova derrota colocaria desde logo os benfiquistas numa posição extremamente complicada, para além do impacto que teria em termos motivacionais e auto-confiança.Talvez por isso os comandados de Henrique Vieira desde o inicio do jogo tentaram impor o ritmo de jogo que mais lhes convinha, demonstrando uma capacidade para jogar em contra-ataque nunca vista nos jogos interiores. O jogo interior era a primeira prioridade ofensiva, explorando depois as vantagens que daí resultavam. A fluidez atacante era visível, alternando o tiro exterior, com cestos interiores fáceis resultantes de assistências após penetrações para o cesto. O domínio exibido pelas águias durante o 1º período (24-15) começou a ser contrariado pelos dragões com recurso ao seu mortífero tiro de três pontos. O segundo quarto foi um autêntico festival de triplos, com ambas as equipas a revelarem mão quente, principalmente o FC Porto que após três lances-livres convertidos por Sean Ogirri a castigar uma falta em acto de lançamento colocava-se na frente do marcador (41-40), com 2.28 minutos para o termo da 1ª parte. Os momentos finais foram de ascendente encarnado, numa altura em que os turnovers passaram a ser o aspecto determinante do jogo, pois quase sempre terminavam em cesto sofrido (51-43).Nos primeiros 10 minutos da etapa complementar o sinal mais pertenceu sempre à equipa da casa, conseguindo-o muito por culpa da boa prestação dos benfiquistas na tabela ofensiva. Os segundos lançamentos conquistados permitiam cestos fáceis ou arrancavam faltas ao adversário e idas para a linha de lance-livre.A formação lisboeta denotava maior colectivismo, contributo muito positivo de alguns jogadores do banco, paciência e eficácia a atacar a zona portista não se limitando a atacar pelo perímetro. Mas quando tudo parecia decidido, Sean Ogirri protagonizou o inconformismo do FC Porto, ao desatar a fazer pontos, quase sempre resultantes do seu tiro longo. Quando faltavam pouco mais de 6 minutos para o final do jogo, os benfiquistas venciam confortavelmente por 16 pontos de diferença (79-63), o temível atirador portista fez 14 pontos consecutivos, reduzindo para seis a diferença (77-83) a 1.35 do final.Dois erros infantis por parte do Benfica na saída de pressão fizeram ainda sonhar mais os nortenhos, que a perder por cinco pontos (79-84) dispuseram de 2 lançamentos triplos para encurtar ainda mais as distâncias.O norte-americano Marquin Chandler (21 pontos e 8 ressaltos) foi o melhor marcador da equipa benfiquista, contabilizados com alguns movimentos de grande classe e obtidos a partir de movimentos ofensivos colectivos. Mais quatro jogadores terminaram na casa das dezenas, se bem que Elvis Évora tenha impressionado pela perseverança colocada na maioria dos seus movimentos dentro de campo.O atirador dos azuis e brancos Sean Ogirri (31 pontos e 4 ressaltos) deu espectáculo a atirar ao cesto, revelando, uma vez mais, que não pode ter espaço para armar o seu temível lançamento.