Sara Filipe: «Estamos a evoluir»
A capitã mostra-se satisfeita com os desempenhos da Selecção Feminina. A equipa é jovem, está ainda em fase de crescimento, mas as limitações vão sendo paulatinamente ultrapassadas.
Atletas | Seleções
18 JUN 2011
“Penso que o caminho é este. Vamos conseguir ganhar a maturidade e a consistência que nos falta”, refere a jogadora.
Os trabalhos da Selecção feminina terminaram, pelo que quisemos saber, em jeito de conclusão, qual o balanço a fazer de semanas de trabalho e muito sacrifício. A capitã Sara Filipe lamenta que a segunda volta não possa começar agora. “No geral, apesar dos resultados, o balanço acabou por ser positivo. Notou-se uma evolução clara ao longo dos três jogos. A equipa cresceu e penso que fica a sensação de que talvez mais jogos competitivos de preparação nos tivessem levado a crescer ainda mais. A equipa mostrou estar à altura da competição.”Os resultados não traduziram o trabalho realizado durante toda a preparação, embora passos tenham sido dados rumo ao nível das Selecções mais fortes europeias. “Penso que o primeiro jogo (com a Noruega) mostrou muita ansiedade e alguma imaturidade de uma Selecção jovem, com sete jogadoras novas em relação ao ano anterior. Mas, os outros dois mostraram um claro acréscimo de confiança dando mais espaço para a equipa mostrar o quanto trabalhou e o quanto se esforçou para que os resultados fossem positivos. O facto de nos batermos de igual para igual com uma equipa como a Suécia mostra claramente a evolução da nossa Selecção.”O grupo de trabalho é jovem, o que faz com que a margem de progressão seja levada. Mas nem tudo é positivo. A falta de consistência e maturidade é algo que se paga caro quando em confronto com equipas mais experimentadas e habituadas a competir ao mais alto nível. “O trabalho que a nossa equipa técnica tem implementado na Selecção tem sido claramente no sentido de que cada jogadora cresça e evolua de forma a integrar-se num grupo, sabendo o seu papel e tirando o máximo partido das suas capacidades. Temos consciência que temos algumas limitações mas isso não tem impedido os treinadores de trabalhar com qualidade, mostrando a cada uma de nós que é possível, mesmo só num mês e meio, evoluir e crescer como atletas. Por isso, penso que o caminho é este e com isto vamos conseguir ganhar a maturidade e a consistência que nos falta.”Esta fase beneficiou a integração das atletas mais jovens, que depois mais uma temporada em que foram imprescindíveis nos seus clubes, começaram a ganhar o seu espaço no interior da Selecção. Um sinal claro, no entender de Sara Filipe, que no basquetebol feminino estão sempre a surgir novos valores. “As atletas mais jovens que integraram este ano a nossa Selecção fazem-no depois de uma temporada em que todas elas mostraram, nos seus clubes, qualidade e capacidade para integrar a nossa Selecção. Isto demonstra a evolução que o basquetebol feminino tem tido nos últimos anos, nomeadamente ao nível da formação, lançando cada vez mais atletas. Sendo assim, é de esperar que a nossa Selecção vá integrando cada vez mais jovens garantindo um futuro com qualidade e competitividade.”Apesar dos resultados não terem sido os desejados, a capitã não tem dúvidas que o grupo evoluiu e saiu reforçado deste período de trabalho. Grandes desafios estão para vir, pelo que não resta outra opção que não seja continuar trabalhar, no sentido de encurtar distâncias relativamente às Selecções mais fortes e com mais tradição no basquetebol feminino. “O grupo saiu reforçado e cheio de vontade de dar continuidade ao excelente trabalho que foi feito.”