Árbitro Sérgio Silva: «Alegria e responsabilidade»
O árbitro internacional Sérgio Silva vai na 4ª feira, dia 15 de Junho de 2011, para a Polónia, onde participará como árbitro neutro no Campeonato da Europa de Seniores Femininos - Eurobasket Feminino Divisão A.
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14 JUN 2011
O árbitro ainda jovem (31 anos), mas já com um palmarés muito interessante a nível internacional, vai estar presente naquela que é a competição mais importante na Europa, a seguir ao campeonato similar de seniores masculinos,
Que sentiu quando recebeu esta nomeação por parte da Federação Internacional e que grau de credibilidade entende que a arbitragem nacional tem além-fronteiras?Quando recebi esta nomeação invadiu-me um misto de alegria e de responsabilidade, por este voto de confiança para participar num campeonato europeu de seniores femininos e como árbitro neutro. É algo que não é fácil de alcançar e muito menos quando olhamos para as nomeações. Dos 12 árbitros neutros convocados, efectivamente só 6 é que são totalmente neutros, pois os outros repetem com árbitros acompanhantes de equipas que participam na competição.Que expectativas tem em relação à sua participação neste importante evento?Apitar bem, ser credível junto de todos os participantes e, claro, estar sempre preparado para quando me “chamarem”. Acima de tudo, desejo ganhar experiência e “crescer” enquanto árbitro.Sendo ainda um árbitro jovem, mas já com um palmarés bastante interessante a nível internacional, como vê que possa ser um bom exemplo de motivação para os árbitros mais novos?Pois… Sinceramente não costumo olhar para trás e pensar no que já apitei. Os jogadores/treinadores (claro que no feminino também) não se preocupam com currículos, querem é que se apite bem. De qualquer forma, penso que este voto de confiança nos árbitros jovens, revela acima de tudo que o mais importante é acreditarmos em nós, trabalhar, envolvermo-nos na arbitragem em particular, no mundo do basquetebol em geral e, naturalmente, saber ouvir, retendo o mais importante para que se possa evoluir.Na sua opinião, quais as qualidades essenciais que um árbitro que atinge o patamar internacional, deve revelar e trabalhar continuamente, para conseguir ascender à elite da arbitragem europeia, no sentido mais restrito da palavra?Não acredito numa ou em duas qualidades básicas, mas sim num conjunto de acções/motivações que devem estar presentes e que fazem com que alguém pertença a uma elite. Acima de tudo, penso que deveremos sempre vencer pelo esforço/trabalho e aproveitar as oportunidades quando elas surgem. Pode dizer-se que “a sorte é quando a oportunidade se cruza com o trabalho e com a competência de desempenho”. Ao contrário do que as pessoas possam pensar, arbitrar um jogo de basquetebol é um acto de gestão e aí sim, a um nível internacional, marca a diferença. Como costumo dizer, nos pré-games dos jogos internacionais, “bons somos todos, alguns podem e conseguem ser muito bons; no entanto, excelentes, esses sim, são muito poucos… e os que são, só o são pela gestão que fazem do jogo e dos intervenientes”.