“Temos condições para discutir o jogo”
A escassas horas do segundo embate da 2ª volta do Campeonato da Europa de Seniores Femininos, Divisão B, quisemos saber qual o estado de espírito do grupo de trabalho às ordens de Ricardo Vasconcelos para tentar levar de vencida a Eslovénia, logo à noite, em partida cujo início está agendado para as 20h30, no Pavilhão Municipal de Casal de Cambra.
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6 JUN 2011
A autarquia de Sintra é mais uma vez parceiro da F.P.B., apoiando a organização no tocante ao recinto para treinos e jogos (há também o Portugal-Suécia no próximo sábado, às 16h30) e suportando os encargos de alojamento e alimentação das equipas intervenientes. Também a Associação de Basquetebol de Lisboa, Junta de Freguesia de Casal de Cambra e o GD Escola Maria Alberta Menéres dão o seu contributo à organização. Depois do desaire em Bergen, no passado domingo, ante a Noruega, subsistia a dúvida em relação às marcas decorrentes do resultado negativo. Será que isso já faz parte do passado ou ainda permanece na cabeça de todos os que integram o grupo de trabalho?O seleccionador nacional Ricardo Vasconcelos confessou-nos a sua opinião:« A equipa trabalha sempre de forma muito séria e intensa e isso por si só traz motivação e níveis de confiança! Lógico que a derrota foi sentida pois foi um jogo que ficámos com a sensação que podíamos ter ganho, mas é passado. Não pode nem vai alterar a forma de abordar esta partida frente à Eslovénia». Para baralhar ainda mais as coisas, a Eslovénia impôs a primeira derrota à Suécia (70-63), mantendo-se todavia as suecas na liderança, por cesto-average, visto que na 1ª volta haviam vencido por maior diferença (78-61). Como é que o nosso adversário de logo à noite, desfalcado de pedras influentes, casos da poste Sandra Pirsic (lesionada), da extremo Maja Erkic e da base Nika Baric, que no final de Maio ganhou o prémio de melhor jogadora jovem dos campeonatos europeus de 2010, atribuído pela FIBA, conseguiu suplantar uma forte Suécia, com todas as suas trutas à excepção de Frida Aili? «A Suécia perdeu uma jogadora muito influente no seu jogo, mas a independentemente disso, também a Eslovénia perdeu centímetros e isso joga a nosso favor, pois também os perdemos. Acredito que temos condições, perante o nosso público, de jogarmos de igual para igual. Condicionar o jogo dos bases adversários será essencial para levar de vencida esta equipa», referiu o seleccionador luso. Na partida frente às norueguesas foi patente a principal pecha das nossas representantes: a falta de eficácia nos lançamentos de campo (29%), nomeadamente na 1ª parte. Registou-se alguma melhoria (pouca) na 2ª metade, nos lançamentos duplos (de 28% para 34%), mas sobressaiu a dificuldade em atacar o cesto com êxito na área pintada. Como é que se poderá ultrapassar esta lacuna?«Sem dúvida que as baixas percentagens constituíram o maior dos males no passado domingo, mas acredito que vamos melhorar. Temos trabalhado para isso. Precisamos de controlar melhor a ansiedade e lutar mais pelo ressalto ofensivo», explicou o nosso interlocutor.A capitã Sara Filipe regressou da Noruega afectada por uma amigdalite. Foi naturalmente medicada, não treinou por precaução ontem de manhã, mas já trabalhou com as suas companheiras no treino da tarde e hoje no apronto matinal. Estará em perfeitas condições para logo à noite? «A Sara está disponível para dar o seu melhor!».