João Rosa: «União fantástica»

A equipa da CNB1 Zona Sul não entrou na época 2010/11 com o objectivo de subir à Proliga, mas a promoção acabou por acontecer.

Competições
7 JUN 2011

“Foi um prémio merecido”, garante João Rosa. Agora, o Gaeirense prepara-se para defrontar a Oliveirense, no próximo dia 11, em Ílhavo, pelas 18 horas, no jogo de atribuição do título nacional da CNB1 e o atleta garante que o grupo está concentrado na vitória. Leia a entrevista nos detalhes desta notícia.

OSe lhe pedisse para, resumidamente, descrever o clube Gaeirense, que de mais importante teria para dizer? O Gaeirense é um clube com uma expressão significativa no distrito de Leiria, foi fundado em 1946 inicialmente apenas com futebol, mas com o passar dos anos foram chegando novas actividades como o teatro, xadrez, atletismo, futsal, kempo e basquetebol em 2004. Algumas delas acabaram por se extinguir, mas o facto de contar com um campo de futebol e pavilhão desportivo próprio faz do Gaeirense um dos clubes com melhores condições para se praticar desporto. O distrito de Leiria faz muito tempo que não tinha uma equipa nos escalões principais masculinos. A vossa subida vem provar que o basquetebol está vivo nessa região? O basquetebol está vivo na nossa região e o trabalho desenvolvido por alguns clubes do distrito tem de ser reconhecido. O problema é que a qualidade apresentada na formação, de uma forma geral, ainda não está ao nível do que de melhor se faz em Portugal e isso reflecte-se nos campeonatos nacionais. Penso que projectos como o do Gaeirense Basket, se bem acompanhados e acarinhados pelos municípios, podem trazer frutos à modalidade e seus praticantes. Muitos jovens altos têm saído dessa zona para as selecções jovens. Como funciona o processo de recrutamento para a vossa equipa sénior? Temos tido sorte nos atletas que têm chegado ao Gaeirense Basket, não é fácil encontrar jovens com a qualidade necessária para competir no CNB1, quanto mais na Proliga, por isso por vezes temos de recorrer a opções fora de Leiria. Temos atletas de Coimbra, Santarém, e até Braga, que por várias razões acabaram por residir perto de nós ou deslocar-se propositadamente para treinar e jogar. Só quem tem muito amor a este desporto serve para integrar o nosso plantel. Mesmo tendo terminado em 4º lugar a fase regular, garantiram a subida ao vencerem na final da Zona Sul o Imortal de Albufeira. Foi um objectivo conseguido pelo mérito de uma muito positiva prestação durante o playoff, ou sempre tiveram consciência que poderiam discutir a subida à Proliga? O Gaeirense Basket disputava o CNB2 na época passada (2009-2010) e os objectivos passavam pela qualificação à segunda fase. Acabámos por fazer um campeonato acima do esperado e subimos de divisão. Esta época o objectivo inicial era a qualificação para o playoff, mas com o decorrer do campeonato percebemos que era possível alcançar uma boa classificação. Com a chegada do playoff aplicou-se a velha máxima, “vamos até onde nos deixarem ir”. A subida de divisão nunca esteve nos nossos planos iniciais e só foi possível porque este grupo de trabalho tem uma união fantástica e acredita muito no seu potencial, mesmo contra todas as adversidades e “favoritos” conseguimos vencer a Zona Sul com todo o mérito. Foi um prémio merecido para todo o grupo de trabalho. O clube está preparado e tem condições para se manter num patamar mais elevado? Não. Neste campo ou há uma intervenção da autarquia relativamente às infra-estruturas físicas ou teremos de jogar noutro concelho. Óbidos não está neste momento preparado para o desporto de alta competição, apesar de ter um potencial enorme nessa área. Vamos ver o que o futuro nos reserva. Quais as principais limitações com que se deparam no vosso dia à dia? Felizmente temos um pavilhão próprio, mas nem sempre podemos lá treinar, pois é necessário dividi-lo com as restantes modalidades. A alternativa é o pavilhão municipal, o que obriga a andar com as bolas e restante material de um lado para o outro. A final frente à Oliveirense, parece de todo impossível conquistar. Ou vão ter uma palavra a dizer quanto ao vencedor? Apesar do nosso descontentamento quanto ao local da final ela vai ser disputada a “dois passos” de Oliveira de Azeméis por opção da FPB. Isto significa que vamos muito provavelmente encontrar um ambiente bastante desfavorável nas bancadas, mas estamos habituados às adversidades e a lutar contra o favoritismo dos adversários, por isso vamos obviamente ter uma palavra a dizer quanto ao vencedor. Onde pensam que irão sentir mais dificuldades no confronto frente à Oliveirense? As dificuldades serão mútuas, seja no jogo interior como exterior são duas equipas bastante equilibradas. Que vençam os melhores!

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7 JUN 2011

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