Selecção B na calha

O treinador quer criar uma Selecção de Esperanças, que funcione como uma base de recrutamento para a equipa sénior.

Embora sem ter ficado agradado com o saldo final da equipa portuguesa durante o Europeu da Lituânia, Mário Palma não tem dúvidas quanto à boa prestação dos jogadores durante a competição. “Inexcedíveis” é o adjectivo que utiliza, o que contraria a ideia de que o jogador português “não gosta de trabalhar.” Assim a pessoa responsável seja capaz de “os motivar para darem o seu melhor” todos os dias em todos os momentos do treino.Os resultados foram negativos, mas a avaliação da equipa nacional não pode ser tão redundante. Conseguir o melhor resultado de sempre frente à Espanha, campeã europeia em título, competir em todos os jogos diante de selecções compostas na sua grande maioria por jogadores que jogam nos melhores campeonatos europeus, ou até mesma na Liga americana, é algo que de ser valorizado e tido em consideração. Muito embora alguns resultados tenham sido mais desnivelados, a verdade é que nunca representaram a verdadeira história do jogo, acabando por ser sempre a factura de alguns maus momentos no decorrer dos jogos. Uns por culpa própria, outros nem tanto…Nada que desmoralize a ambição do treinador nacional que está de partida para Angola, onde irá treinar novamente a equipa do 1º de Agosto. O seu regresso está previsto para Maio, mas até lá o restante staff técnico, mais concretamente o seu fiel adjunto Mário Gomes, terá a responsabilidade de observar e reportar tudo aquilo que vai se passando no campeonato português. “O facto de estar em Angola não significa que não existirá o devido acompanhamento aos atletas portugueses. A Selecção é composta por vários treinadores que na minha ausência têm a função de observar a sua evolução ao longo da temporada.”Mas Mário Palma quer ir mais longe e pretende criar uma Selecção de Esperanças, sob a orientação do treinador Mário Gomes, que para além de poder proporcionar competição aos mais jovens, funcionaria como base de recrutamento da equipa sénior. “A ideia seria que os atletas escolhidos pudessem treinar uma vez por semana, ao mesmo tempo que tentaríamos realizar oito jogos, de preferência internacionais, de controlo ao longo da temporada. Esta Selecção começaria a trabalhar a tempo inteiro no mês de Abril com os jogadores que vão ficando sem competição oficial, e iria sendo reforçada com os atletas que vão terminando as sua épocas. A ideia será proporcionar condições de trabalho a possíveis seleccionados, que para além de manterem a sua forma física, vão ganhando etapas com a aprendizagem dos princípios que pretendo implementar na Selecção sénior.”Esta pretensão de Mário Palma vem colmatar o desejo de supervisionar e estabelecer princípios pelos quais as selecções mais jovens se devem reger, por forma a facilitar a integração e a mobilidade dos atletas nos diversos escalões.