Rui Fonseca: «Confio neste grupo»

O Terceira Basket entrou na Liga a todo o gás. De uma assentada equipa açoriana bateu o Ginásio e o Sampaense, mas agora tem um adversário bem mais complicado pela frente – o FC Porto, a 5 de Novembro.

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22 OUT 2011

É verdade que joga em casa, mas os dragões não são uma equipa qualquer e o treinador dos insulares sabe disso. Saiba nesta entrevista o que Rui Fonseca espera da equipa.

Foi um início prometedor este, em ano de estreia na LPBSim, realmente começámos bem na competição. Sendo o nosso ano de estreia na LPB, é crucial sentirmos que podemos ganhar e que estamos em condições iguais à maioria das equipas. Também é fundamental para os nossos objectivos, ganharmos o máximo de jogos nas jornadas fora de casa. Tinha apontado como objectivo para a equipa vencer esta jornada dupla?Nós temos como objectivo, como não poderia deixar de ser, fazer o nosso melhor para tentarmos ganhar o máximo de jogos possível. Por isso, sim, estava nos nossos objectivos a possibilidade de ganharmos os dois jogos. Jogámos com duas equipas bastante fortes, que, no seu conjunto, criam muitas dificuldades nos embates que realizam nos seus pavilhões. Penso que, embora ganhando, percebemos que tivemos dificuldades que só serão ultrapassadas com muito rigor e disciplina de treino. Penso também que não há equipas fáceis na presente competição da LPB. Por falar em jornadas duplas, é algo que lhe agrada, ou pelo contrário, poderá interferir na forma como a equipa se comportará ao longo do campeonato?Não me agrada em absoluto. As jornadas duplas são sempre complicadas, quando falamos em preparação de jogos. De facto, não é fácil concertarmos e consolidarmos, no treino, estratégias para dois jogos consecutivos, bem como não é possível prevermos os níveis de fadiga que advém dessa conjectura. Para equipas que têm planteis extensos, não será problema, mas, no nosso caso, é extremamente complicado gerirmos este tipo de situações, já que possuímos uma equipa com limitações, no que concerne à rotação de jogadores. O grupo é praticamente o mesmo, o que pressupõe que já teriaqualidade para participar na Liga?Sempre confiei ao máximo neste grupo de jogadores. São atletas jovens, com nenhuma ou pouca experiência nesta competição, mas apresentam-se como Homens que não viram a cara ao trabalho bem como à possibilidade da superação das suas dificuldades, o que permite, logicamente, uma progressão razoável. Com a chegada de dois reforços norte-americanos, penso que ganhamos mais consistência em algumas posições e isso permite-nos apresentar um grupo de 7 ou 8 jogadores que pode disputar com alguma competitividade os embates com os nossos adversários. Grande parte do jogo ofensivo do Terceira assenta nos norte-americanos, especialmente nos dois bases da equipa. Julga que isso torna a equipa previsível, ou tem mais soluções ofensivas para além dessas?Não acho que o TBC seja uma equipa previsível. Aliás, penso precisamente o contrário. Toda a nossa estratégia passa por podermos retirar o máximo do potencial de cada jogador, o que quer dizer que qualquer elemento da nossa equipa tem de estar preparado para cumprir com as suas tarefas, e, de uma forma consistente e organizada, aplicá-las convenientemente, ajudando a equipa, e, simultaneamente, evoluindo individualmente cada vez mais. Nessa conjectura, gostamos de pensar que somos irreverentes do ponto de vista ofensivo, o que poderá ser uma dificuldade para as outras equipas. Na próxima jornada recebem os actuais campeões nacionais. Um jogocertamente especial para o clube. Como está a ser reacção dos adeptos,e dos açorianos de uma maneira em geral, face a este mediatismo dailha Terceira por causa do basquetebol? Neste momento estamos mais focados em perceber e resolver os erros que cometemos na última jornada dupla. Sendo o início da época, devemos trabalhar para a consolidação dos processos de desenvolvimento técnico e táctico da equipa, para que os erros que referi anteriormente, ocorram cada vez menos na competição. Receber o FC Porto é uma grande honra para nós, como é recebermos qualquer clube da LPB, pois entendemos que só o facto de estarmos enquadrados nesta competição é sinónimo de bom basquetebol/espectáculo, e é isso que faz reagir positivamente os nossos adeptos. No entanto, entendo que seja um factor de motivação extra para os habitantes da nossa ilha e da nossa cidade, Angra do Heroísmo, ver no pavilhão Tomás de Borba um emblema nacional como o FC Porto. Acha que tem a fórmula para vencer o FC Porto? Não tenho fórmulas especiais para o sucesso desportivo. Vamos encarar o jogo com o respeito que nos merece, mas tentar fazer o melhor possível, visto jogarmos em casa. Estamos conscientes do desnível existente entre as duas equipas, no que concerne à extensão de jogadores que rodam no jogo, mas temos que fazer o nosso melhor para causarmos dificuldades ao campeão nacional. Mas certamente terá definido objectivos para equipa na presente temporada? Os nossos objectivos estão traçados e são públicos. No nosso percurso, fixamos como objectivo principal a entrada no Play off, garantindo-nos a nossa permanência no mais alto nível do basquete nacional. Paralelamente, é nosso objectivo crescer como jogadores e treinadores, a par do crescimento do próprio clube Terceira Basket que assim ganha instrumentos preciosos para o seu desenvolvimento, contribuindo, inevitavelmente, para a modalidade do basquetebol, a nível local e regional.

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22 OUT 2011

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