«Temos de querer mais do que eles»
Para chegar à final do Troféu António Pratas a Ovarense tem a difícil missão de eliminar o campeão em título que, a acontecer, na opinião do extremo vareiro Fernando Neves, será o resultado do querer, do espírito de entreajuda, sempre tão presente nas equipas de Ovar.
Atletas | Competições
7 OUT 2011
O núcleo duro da equipa, que tão boa conta de si tem dado, foi mantido, sendo que os reforços estrangeiros têm chegado a conta gotas, muito embora Fernando reconheça que todos são poucos para ajudar a ultrapassar os dragões.
A equipa treinada pelo técnico Mário Leite fez uma pré-temporada muito positiva, apesar de não poder contar com o internacional Nuno Cortez – período de paragem entre 45 a 60 dias -, e alguns contratempos com os estrangeiros escolhidos. “A direção optou por manter o núcleo da época passada, a que juntou alguns portugueses que conhecia e sabia como trabalhavam. Uma vez que já tinha sido decidido não ter quatro estrangeiros, a escolha foi mais criteriosa no sentido de trazer americanos que acrescentassem qualidade à equipa e viessem para ajudar.”Persiste ainda a dúvida quanto à utilização de Chris Lee, recentemente contratado, que já conhece os cantos à casa. Esta é uma decisão que compete ao treinador, embora o possível sucesso desta meia-final tenha mais a ver com aquilo que o grupo que trabalha em conjunto desde o inicio da temporada seja capaz de fazer. “Todos os jogadores são bem-vindos desde que cheguem para ajudar. Temos consciência que partimos em vantagem relativamente a outras equipas porque já trabalhamos há vários anos juntos. Dá-me a sensação que estamos mais fortes do que na época passada e estamos conscientes que mesmo que possamos utilizar todos os estrangeiros, eles vão precisar de um período de adaptação, quanto mais não seja para aprenderem os movimentos ofensivos.”A experiência acumulada por Fernando Neves facilita a antevisão desta meia-final, bem como a definição dos aspectos que vão ser determinantes no desenrolar do jogo. “Tal como nós, o FC Porto fez poucas alterações no seu plantel. Em relação ao base, já deu para perceber que organiza bem o jogo ofensivo, é muito rápido e atira bem de fora. Já o poste ainda não deu para ver muito bem qual a sua real valia. Mas acima de tudo, e caso queiramos vencer o jogo, temos que querer mais do que eles, com um grande espírito de ajuda. São uma equipa que joga com grande intensidade, que carrega muito no ressalto, visto serem muito fortes fisicamente. A única solução é sermos mais intensos do que eles e dominarmos a luta das tabelas.”