Petro ganha Supertaça Compal
O FC Porto prometeu muito no inicio da final da 3ª Edição da Supertaça Compal, mas foi o Petro de Luanda a conquistar o troféu.
Competições
20 FEV 2012
A vitória dos angolanos (64-51) explica-se fundamentalmente pelo completo desacerto no jogo exterior, bem como a falta de rotação no banco que acrescenta-se qualidade para fazer pontos. A falta de alguns jogadores influentes pesou no rendimento da equipa, que mesmo assim, conseguiu os objetivos a que se propôs antes da vinda para esta prova. Manteve-se a tradição de ser um técnico português a vencer a competição, com Alberto Babo a suceder a Luis Magalhães na lista dos treinadores vencedores da Supertaça Compal.
Foi um FC Porto muito forte e determinado aquele que iniciou a final da Supertaça Compal. Com o base Reginald Jackson a impor um elevado ritmo ao jogo, as transições ofensivas rápidas dos azuis e brancos muito cedo proporcionaram a primeira vantagem do jogo (9-2). O técnico do Petro, Alberto Babo, interveio na partida e mandou os seus jogadores subirem a defesa no campo.Os dragões, mesmo obrigados a jogar mais vezes em ataque organizado, nunca perdiam de vista as situações de contra-ataque, não fossem dois triplos consecutivos da formação angolana e o campeão português poderia aumentado a sua vantagem pontual. E quando os ataques rápidos não eram a solução, o jogo interior, por parte de Rob Johnson, revelava ser também uma boa solução ofensiva. Chegava ao fim o 1º período com o FC Porto na frente do marcador por 22-16.À medida que o jogo avançava eram cada vez mais os adeptos do Petro, que entusiasticamente e ruidosamente apoiava o campeão angolano. O técnico Moncho López dava inicio à rotação do seu banco, que juntamente com o entusiasmo angolano redundaram numa má reentrada no encontro, parcial negativo de 0-7, que colocava na frente pela primeira vez a equipa do Petro (23-22). O mau momento dos azuis e brancos prolongava-se, 4 minutos sem fazerem pontos, interrompido por triplo de Carlos Andrade que quebrou 12 pontos consecutivos do Petro (25-28).Os jogadores portugueses, apesar da fase de menor inspiração, não se desuniam, mantinham-se fiéis à sua forma de atacar, mas a grande diferença estava na eficácia dos lançamentos triplos, capítulo em que a equipa angolana esteve muito melhor. A inspiração ofensiva dos campeões angolanos ficou bem expressa nos 27 pontos marcados durante os segundos 10 minutos, que colocavam, ao intervalo, a equipa do Petro na liderança do jogo (39-29).O campeão nacional voltou a reentrar muito bem no encontro, e com a lição ofensiva muito bem estudada. A vantagem interior do poste Rob Johnson era a prioridade atacante, e o poste dos dragões correspondeu exemplarmente, já que com cestos consecutivos ajudou a recolocar o FC Porto no jogo (35-39). O conjunto angolano naturalmente fechava mais nas áreas próximas do cesto, mas os lançamentos completamente abertos que disso resultavam teimavam a não entrar, repercutindo-se na eficácia dos dragões.Defensivamente os comandados de Moncho López cumpriam, 54 pontos sofridos no final do 3º período, mas faltavam o tiro exterior (0/5), sua habitual arma ofensiva, à equipa do FC Porto para somar pontos que lhes permitissem aproximar no marcador (42-54). No derradeiro quarto a história do jogo não se alterou muito, e face à diferença pontual não restava outra solução aos portistas que não fosse arriscar defensivamente no sentido roubar bolas ou provocar turnovers ao adversário. Os constantes 2×1 no portador da bola retiraram a estabilidade ofensiva do Petro, bem aproveitada pelo FC Porto para reduzir distâncias (49-58).Os últimos 3 minutos do encontro foram jogados inteligentemente pelos jogadores do Petro, que percebendo que a vantagem pontual era confortável, limitou-se a gerir o tempo de ataque privilegiando as situações de 1×1 como solução ofensiva.O norte-americano Rob Johnson destacou-se durante todo o torneio como sendo o jogador mais valioso dos portistas, e neste jogo não fugiu à regra. Contabilizou 16 pontos e 9 ressaltos demonstrando uma vez mais a sua regularidade. Miguel Miranda (12 pontos, 8 ressaltos e 5 roubos de bola) foi aquele que mais próximo dele ficou em valorização, mas é um bom exemplo da falta de pontaria dos dragões nesta final, ao ter marcado apenas 1 lançamento triplo em 9 tentados.O norte-americano Rod Nealy (14 pontos e 12 ressaltos) foi o MVP do jogo com 22 de valorização, bem acompanhado por Carlos Morais (16 pontos, 5 assistências, 4 ressaltos e 4 roubos de bola), foram sempre os elementos desiquilibradores, onde Kiala (6 pontos, 7 ressaltos e 3 roubos de bola) e Baraulio Morais (13 pontos) são bons exemplos de mais-valias vindas do banco.