FC Porto segue para as “meias”

O FC Porto foi a primeira equipa a apurar-se para as meias-finais da LPB, depois de ter conseguido, em Guimarães, a terceira vitória da série (69-65), frente a um Vitória abnegado, que mais uma vez foi capaz de equilibrar o jogo até final.

Competições
18 ABR 2012

Sem retirar de algum modo o brilhantismo do apuramento dos portistas, a exibição protagonizada pelos jogadores vimaranenses foi em tudo fantástica, numa enorme demonstração de profissionalismo, superação e competitividade. Excelente espetáculo de basquetebol, que certamente não deixou indiferentes aqueles que verdadeiramente apreciam a modalidade.

Quando tudo parecia ter acontecido esta época à equipa vimaranense eis que dois dos estrangeiros do plantel decidem recusar-se a jogar este terceiro jogo da eliminatória. Uma situação, como o próprio técnico Moncho López reconheceu no final do encontro, em nada favoreceu os dragões, uma vez que a atitude e espírito de sacrifício revelada pelos 5 heróis do Vitória tornou ainda mais complicada a tarefa dos atuais campeões nacionais.Nada levava a crer que no final do primeiro tempo o Vitória comandasse o jogo por oito pontos de vantagem (40-32), um resultado que só surpreende para quem não acompanhava o jogo. João Torrie era enorme nas ações defensivas na posição de poste baixo; Paulo Cunha equilibrava a luta das tabelas, enquanto que os três pequenos bases se mostravam com a mão quente nos movimentos ofensivos.O descanso fez bem aos azuis e brancos que regressariam para a segunda parte com outra determinação, bem como com outras soluções defensivas. A defesa zona era utilizada como forma de proteger as penetrações em drible dos jogadores minhotos, assim como as situações de bloqueio direto, principal opção atacante dos vitorianos. O resultado foi se aproximando, Moncho continuava a promover a rotação no plantel, algo que naturalmente provocava o desgaste físico nos adversários. E quando isso acontece, é a capacidade física para defender é menor, como naturalmente a eficácia ofensiva diminui, pois a precisão do lançamento altera-se e passa a existir menos discernimento para pensar o jogo.À entrada do quarto período o FC Porto já era líder (55-50), com as duas equipas a jogarem de forma distinta quando em situações de ataque. Os portistas a privilegiarem nas suas ações ofensivas a procura do seu jogo interior, do outro lado os desequilíbrios eram criados pelas situações de 1×1 ou então do jogo do bloqueio direto. A meio do quarto parecia ter terminado a resistência do Vitória (68-58), mas com o apoio incansável do seu público afeto, responde com uma parcial de 7-0, fazendo voltar a emoção ao jogo (65-68). Os minhotos ainda tiveram dois triplos para empatar o jogo, mas seria Carlos Andrade a sentenciar o jogo da linha de lance livre.O base Diogo Correia (16 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências) esteve muito bem, especialmente da linha de três pontos, de onde converteu cinco lançamentos. O norte-americano Greg Stempin (15 pontos e 15 ressaltos) voltou a ser a resposta nos momentos decisivos, sempre bem acompanhado pelo inevitável Carlos Andrade (10 pontos e 12 ressaltos).Fica difícil destacar alguém na equipa do Vitória já que os cinco que praticamente jogaram todo o jogo, Bessa, Blanks, Mota, Cunha e Torrie, personificaram tudo aquilo que um treinador deseja nos seus atletas, bem como a forma como se dignifica uma camisola e um clube. Mesmo sem Maris Gulbis e Brian Morris, o Vitória foi capaz de discutir o jogo e assim houvessem pernas e fôlego para lutar como desejariam, e o FC Porto teria passado por ainda maiores apertos. Uma exibição para a nova direção do Vitória Sport Clube apreciar, cabendo-lhe agora retirar as ilações da forma como estes atletas defendem o clube que representam.

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18 ABR 2012

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