San Payo Araújo: «Importância decisiva»

Não perca nos detalhes desta notícia a entrevista concedida ao site do Imortal Basket Club, onde o técnico aborda, entre outros aspetos, o minibásquete e a sua importância na formação de uma base de praticantes.

Treinadores
17 MAI 2012

Há 12 anos que trabalha com os mais novos e não esconde o “prazer” que esta atividade lhe dá. Garante que prefere treinar miúdos a graúdos…

b>O que é o minibásquete?O minibásquete tem sido em termos pessoais, principalmente nestes últimos 12 anos da minha vida, um trabalho que é feito com muito prazer, dedicação e empenho.Quando é que descobriu a sua paixão pelo minibásquete?Nunca joguei minibásquete, pois quando comecei a praticar basquetebol apenas existiam oficialmente os escalões de juvenis, juniores e os seniores, que tinham várias categorias. O gosto pelo minibásquete nasceu na minha adolescência através do Prof. Mário Lemos o meu mestre, que tive o privilégio de poder acompanhar em múltiplas atividades ligadas aos minibásquete. Por motivo de lesão tive de deixar a prática muito cedo e dediquei-me ao treino, ao ensino do jogo e, numa trajetória de muitos outros treinadores, treinei vários escalões até aos seniores. Na última vez que treinei seniores exigi, para aceitar a função, treinar em simultâneo minibásquete. Embora essa época de seniores, face aos condicionalismos tenha razoavelmente bem e a direção queria a minha continuidade, percebi de uma vez por todas que o que me dava mais gozo e prazer eram as etapas iniciais da formação. No entanto, posso dizer que não foi por este gosto e que foi por um mero acaso, que fui para a Federação como responsável pelo minibásquete.O que lhe dá mais satisfação quando está a ensinar minibásquete?Sentir a alegria e o prazer das crianças quando aprendem. Sei de muitos anos de experiência, que se elas gostarem do que estão a aprender e praticar, ficarão ligadas à modalidade, se não gostarem, certamente mais cedo ou mais tarde, às vezes claramente cedo de mais, irão abandonar.Quando foi que deu o seu primeiro treino de minibásquete?Os meus primeiros treinos de minibásquete, se é assim que lhes poderei chamar, já lá vão mais de quarenta anos, foram por volta dos meus 16 anos, enquadrado pelo Prof. Mário Lemos, quando treinei uma equipa de bairro, a Nau Bérrio, que participava nos convívios de minibásquete do Colégio Militar e Escola Francisco de Arruda.Na sua opinião qual a importância do minibásquete no basquetebol nacional?A importância, é na minha opinião, já manifestada em diversos textos no Planetabasket, decisiva. Se quisermos desenvolver a nossa modalidade teremos de claramente alargar a nossa base de praticantes. Se não o conseguirmos fazer dificilmente poderemos sonhar com resultados internacionais consistentes, que são uma das metas de qualquer Federação.O que acha que está mal no desenvolvimento do basquetebol em Portugal?O erro estratégico de todo o desenvolvimento desportivo em Portugal, e não só do basquetebol, é a ausência total de um verdadeiro plano de desenvolvimento, em que as primeiras etapas da formação sejam sinceramente levadas em consideração. No entanto este mal, que se enraíza em questões culturais, é de um modo geral transversal, pois passa de um modo geral por opções do estado, das autarquias, das federações, das associações e dos clubes. Costumo dizer isto de um modo muito simples, diz-me onde gastas o dinheiro e eu dir-te-ei o que é importante para ti.Conhece o projeto do Imortal “Minis em movimento”? Que opinião tem?Pelo que pude observar e pelo que me foi dado a conhecer este é um projeto com grande vitalidade, com grande preocupação de ser sustentável e um projeto que poderá vir a ser um caso de estudo e exemplo para muitos outros clubes.O que é o Jamboree? Quantos já organizou? Jamboree é na sua essência uma reunião de jovens, em regime de campo de férias que nos permite fazer criar ou aumentar o gosto pela modalidade. Pelas interações, que permite, pela riqueza do conhecimento mútuo entre os seus participantes este é o evento que decididamente mais gosto de fazer ou participar. Desde 2000 entre jamborees nacionais e europeus já organizei 20 e participei em 24.Qual balanço que faz das festas do basquetebol em Albufeira?Em termos de minibásquete, que foi a razão pela qual estive presente, o balanço foi altamente positivo, pois as condições que me puseram à disposição para trabalhar foram excelentes. Relativamente às festas propriamente ditas, o balanço é positivo, mas penso que poderão ser melhorados vários aspetos, quer em termos do quadro e organização competitiva do evento, assim como penso, que as excelentes condições de pavilhões do concelho devem ser mais potenciadas. Neste caso, contra mim falo, pois vou-me referir aos pavilhões onde o mini trabalhou. Percebi as razões que este ano levaram às decisões tomadas, mas considero, que não faz muito sentido por meia dúzia de quilómetros desaproveitar espaços magníficos como os pavilhões da Guia e dos Olhos de Água.

Treinadores
17 MAI 2012

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