«Somos difíceis de bater»

Os encarnados vêm de uma eliminatória com o Lusitânia; os dragões simplesmente não jogaram a meia-final, devido à desistência do CAB Madeira. De qualquer forma, Sérgio Ramos garante que a formação da Luz estará fisicamente apta, salientando que “a defesa terá um papel fundamental”. “Normalmente estes jogos têm uma grande tensão, nem sempre são bem jogados e muitas vezes decidem-se em detalhes”, explica o experiente jogador.De referir ainda que os jogos realizar-se-ão nos dias 12 e 13 Maio, terão transmissão na SportTV, pelas 15.15h e 19.15h, respectivamente.

Com tantos problemas físicos que a equipa teve ao longo da temporada, acha que vão surgir fisicamente aptos na final? A equipa está bem fisicamente e todos os jogadores estão em condições para dar o contributo à equipa quando assim entender o treinador. Todos estamos motivados para jogar esta final. Nas duas rondas anteriores deram alguns sinais de inconsistência. Concorda que numa final com o FC Porto isso poderá ser fatal? Acho que o que se passou nas rondas anteriores não irá influenciar esta final. O FC Porto é uma equipa mais consistente e com mais talento que a Académica e o Lusitânia, mas cada jogo tem a sua história. Temos que pensar um jogo de cada vez e concentrarmo-nos apenas no encontro mais imediato, que neste caso é no próximo sábado.Que comentário faria a uma afirmação do género: a equipa do Benfica tem mais talento mas a do FC Porto é mais coletiva? Não vejo as coisas por esse prisma. A nível de talento as duas equipas estão equiparadas: possuem bons jogadores e a maioria com experiência em jogar finais de playoff. Relativamente ao coletivismo, apesar de não ter visto muitos jogos do FC Porto este ano, trata-se uma equipa que joga junta há bastante tempo, tem um sistema de jogo bem definido e todos os jogadores sabem o seu papel na equipa e o que têm que fazer em cada momento. A equipa do Benfica oscilou mais nesse aspeto durante a temporada: algumas derrotas que averbámos durante este ano devem-se ao facto de termos sido pouco coletivos, quer a atacar quer a defender. No entanto, já demonstrámos em jogos importantes que quando jogamos coletivamente somos uma equipa difícil de bater.Na sua opinião o que poderá vir a ser mais favorável para esta final. Terem-se mantido em competição com a natural sobrecarga de jogos e viagens, ou ficar sem jogar e ter tempo para descansar, com três semanas para preparar a final? Por parte da equipa do Benfica o cansaço não será um fator. Temos praticamente uma semana para recuperar e preparar o primeiro jogo da final. Além disso a nossa equipa tem 12 jogadores preparados para dar o seu contributo à equipa. Relativamente à situação do FC Porto não sei se é prejudicial ou benéfico para eles: por um lado estão descansados e têm mais tempo para preparar a final, mas por outro lado estão há 3 semanas sem competir, o que a esta altura não será a situação ideal. Acho que serão os responsáveis do FC Porto a pronunciarem-se sobre esta matéria. Gostaria apenas de referir que esta situação prejudica principalmente a imagem da nossa modalidade quer cá dentro quer para lá fronteiras. É uma situação que não se deverá repetir e que os dirigentes responsáveis não deverão permitir no futuro sem que haja as devidas consequências. O que se passou foi mau e prejudicial, não para A ou B, mas para todo o basquetebol.Acha que se dominarem a luta das tabelas e defensivamente mantiverem o FC Porto abaixo dos 70 pontos, as vossas probabilidades de vencerem aumentam significativamente? A defesa terá um papel fundamental. Normalmente estes jogos têm uma grande tensão, nem sempre são bem jogados e muitas vezes decidem-se em detalhes. No entanto, na minha opinião, a equipa que for mais consistente a defender e mais coletiva no ataque terá mais probabilidade de vencer.Que cuidados a ter destacaria para a disputa desta esperada final? As duas equipas conhecem-se bastante bem e serão jogos bastante difíceis. O FC Porto tem bastantes pontos fortes que nós conhecemos e queremos contrariar. O controlo das tabelas é um fator chave assim como limitar ao máximo a ação dos jogadores mais influentes do FC Porto.