Título entregue no Dragão
FC Porto e SL Benfica decidem esta quarta-feira, às 20.30 horas, com transmissão Sport TV, quem irá ser o próximo campeão da LPB.
Competições
22 MAI 2012
As duas equipas chegam à negra com o registo de uma vitória e uma derrota em casa, com a curiosidade de ambas já terem estado em desvantagem na eliminatória. No entanto, os dragões conseguiram desenvencilhar-se da difícil posição em que estavam colocados no 4º jogo, pelo que agora está tudo em aberto para o último encontro deste playoff. Que vença o melhor, numa partida que se deseja que seja um grande espetáculo de basquetebol, a fazer jus à qualidade dos jogadores intervenientes nesta final.
Uma finalíssima é sempre um jogo muito especial, em que, mais do que nunca, é difícil prever quem sairá vencedor. Contudo existem aspetos do jogo que ajudam a determinar que uma equipa tenha mais probabilidades de vencer no caso ser superior. Significa dizer que, quem controlar melhor a posse de bola, dominar a luta das tabelas e tiver melhores percentagens de lançamento, ficará certamente mais próximo do título.E foram alguns destes itens que ajudam a explicar a razão pela qual o FC Porto conseguiu transferir para o Dragão Caixa a decisão do campeonato. O modo como se bateu na luta das tabelas, permitindo-lhe segundos lançamentos e cestos fáceis de ressalto ofensivo, a forma como condicionou o tiro dos jogadores encarnados, aliado claro ao sucesso da sua defesa zona, bem como o maior equilíbrio ofensivo que conseguiu no jogo 4 entre o jogo exterior e interior, explicam o sucesso dos azuis e brancos no jogo que podia ter dado o título ao Benfica.Efetivamente, os encarnados têm que elevar a sua eficácia no lançamento, procurar envolver mais os seus jogadores interiores nas tomadas de decisão ofensivas, assim como resolver o problema da zona. Jogar em contra-ataque, já que possui jogadores rapidíssimos, foi sempre uma vantagem para os encarnados, sendo que é uma das melhores formas de bater a defesa zona portista, bem como recuperar a disciplina e paciência ofensiva para saber atacar os diferentes tipos de defesa adversária. Inesperadamente, mérito do ataque portista, surgiram dúvidas na forma como defendiam os bloqueios diretos, bem como as saídas bloqueadas para os atiradores, opções ofensivas utilizadas a miúdo pelo ataque azul e branco.O ressurgir de Rob Johnson, decisivo no jogo interior, e José Costa, assim como a subida de rendimento de Miguel Miranda, face ao momento menos bom de Stempin, são mais-valias que podem ajudar a decidir o próximo jogo a favor do FC Porto. A dupla composta por Carlos Andrade e João Santos tem mantido a regularidade e qualidade habitual, com a rotação João Soares a acrescentar qualidade e pontos ao jogo. A jogar em casa, com o apoio do seu público, não será difícil de adivinhar que, a já de si intensa defesa portista, vai estar num patamar ainda mais sufocante. Grande parte do sucesso dos dragões está no facto de ter conseguido colocar o Benfica em meio-campo, em ataque organizado.Do lado dos encarnados, Marcus Norris está cada vez mais próximo do base líder que encantou Portugal a quando da sua primeira passagem, Heshimu voltou a ser preponderante com a sua presença nas áreas próximas do cesto, Betinho vai dando qualidade ao jogo exterior benfiquista, Ted Scott tem talento para desequilibrar e decidir um jogo a qualquer momento, Doliboa caminha para a sua melhor forma e parece recuperar os seus níveis de confiança no tiro exterior, ficando para Elvis a tarefa de jogar mais de costas para o cesto. O contributo que os jogadores do banco encarnado poderão dar ao desenrolar do jogo, casos de Carreira, Gentry e Minhava, à semelhança do que aconteceu no jogo 2, pode ajudar a decidir o jogo. A inspiração individual e coletiva irão ser decisivas, juntamente com a capacidade para lidar com a pressão do momento. Experiência é o que não falta às duas equipas, jogadores com muitas finais nas pernas, pelo que serão os pormenores, linha de lance-livre é um bom exemplo, que vão ditar a diferença entre as duas equipas no final do jogo.