Título decide-se na negra

O título da LPB vai decidir-se na negra, já que o FC Porto venceu o 4º jogo da final (74-65), empatando a dois a eliminatória.

Competições
20 MAI 2012

O técnico Moncho López manteve a sua aposta na defesa zona, sendo que o salto qualitativo da equipa se tenha dado no ataque. Os dragões conseguiram, muito pela exibição do seu poste Rob Johnson, fazer pontos através do seu jogo interior, bem como libertar os seus atiradores para os seus mortíferos lançamentos triplos. A luta das tabelas pertenceu-lhes, limitando o adversário a ter apenas um lançamento por cada posse de bola. Os comandados de Carlos Lisboa sentiram dificuldades para ultrapassar o sistema defensivo adotado pelo adversário, muito por culpa da falta de eficácia no lançamento, nomeadamente no de curta e média distância. Tudo em aberto para o 5º jogo, entre duas equipas que já revelaram capacidade para vencer seja ele qual for o ambiente em que encontro seja jogado. Beneficia o espetáculo, a modalidade, já que emoção não tem faltado a esta final.

Os primeiros minutos foram típicos de um jogo com o grau de emotividade e responsabilidade que envolve a possível decisão de um título de campeão. Muita agressividade defensiva, fracas percentagens de lançamento, muita luta, tudo em conjunto fazia com que o jogo fosse parco e pontos. As três faltas de Stempin faziam-no regressar ao banco, numa equipa portista que voltava a apostar na sua zona de forma a condicionar o ataque encarnado. Sem estar brilhante em termos ofensivos, o Benfica comandava o jogo, se bem que por curtas diferenças, tendo terminado na frente o 1º período (14-12).No segundo quarto a boa presença na tabela ofensiva, destaque para Carlos Andrade (9 pontos, 7 ressaltos e 5 assistências), bem como a exploração do jogo interior, permitia aos azuis e brancos chegar à liderança (17-14). O Benfica revelava falhas nas trocas e rotações defensivas na defesa dos bloqueios diretos, mas quando os dragões pareciam fugir no marcador e defendiam “boxe and one”, eis que surge o tiro de três pontos de Seth Doliboa (15 pontos, 8 ressaltos e 3 assistências), que com duas bombas consecutivas volta a fechar o jogo. O Benfica voltava a controlar a luta das tabelas, isso permitia-lhe sair em contra-ataque e a conquistar idas para a linha de lance-livre, mas o Porto respondia bem através de um bom aproveitamento dos bloqueios para os seus atiradores, razão pelo qual foi para intervalo na frente do marcador (32-30).No arranque da segunda parte os jogadores encarnados continuavam a não acertar com os lançamentos de longa distância, e as oportunidades de segundos lançamentos eram escassas já que o Porto dominava a tabela defensiva. A contrastar com as soluções ofensivas do Benfica, os dragões procuravam explorar os lançamentos nas áreas mais próximas do cesto onde as percentagens de lançamento são mais elevadas. À entrada do derradeiro quarto os azuis e brancos venciam por sete pontos de diferença (52-45), e se durante a primeira metade do último período os encarnados foram capazes de responder na mesma moeda às duas bombas consecutivas (58-49) de João Santos (11 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências) e Miranda (14 pontos e 9 ressaltos), com triplos de Ted Scott (8 pontos e 5 ressaltos) e Doliboa (55-60), já não tiveram resposta para o jogo interior de Rob Johnson (18 pontos, 6 ressaltos e 2 roubos de bola), MVP do jogo com 23 de valorização. De facto, o norte-americano do FC Porto voltou a exibir-se ao seu melhor nível, a dominar e castigar, 6 pontos consecutivos, o Benfica na área pintada (66-56). Vitória justa do FC Porto por 74-65, adiando para a próxima quarta-feira, no Dragão Caixa, a decisão do título.

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20 MAI 2012

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